domingo, 26 de dezembro de 2021

Vaso quebrado

 

    A palavra tem força, muita força, um peso extraordinário. Interfere nos humores, abala emoções, alavanca ou destrói vidas, transforma ou imobiliza, arrebata ou afasta, ilumina ou escurece, sempre deixa rastros, ainda que já silenciada.

A favor ou contra, é assim que muitos utilizam desse fator evolutivo da comunicação. A manifestação verbal encontra morada nas mais díspares personalidades, porém, algo em comum a faz semelhante quando seu som é captado por outros ouvidos, o potencial para transformar a realidade.

Guardadas as devidas proporções entre vida social e profissional, o uso da palavra irá encantar ou decantar em qualquer um dos ambientes. Encantar nas ressonâncias positivas, incentivadoras de bons comportamentos, de atitudes dignas, mobilizadoras, capazes de promover bons movimentos de mudanças. Decantar, no esforço de separar as impurezas, os traumas e dramas ocasionados por palavras enviesadas, duras de digerir e, potencialmente, capazes de aniquilar esperanças.

Esse será o embate constante, destinado a separar aqueles que se utilizam da palavra como forma de elevação da condição humana e daqueles que a utilizam como degradação dessa mesma condição. Trabalho árduo e disciplinado para aqueles que conseguem visualizar as características mais íntimas dos candidatos, futuros protagonistas do mundo corporativo.

Existe a confiança e a desconfiança, a sinceridade e a falsidade, a convicção e a reticência, a certeza e a dúvida, tudo embutido na palavra e na forma de pronunciá-la. O tom, o timbre, a altura, denunciam uma particularidade, decisiva para o fim que se destina, os ouvidos de terceiros.

Cuide bem de suas palavras, faça-as seguras e sustentadas nas atitudes e exemplos. O pior orador é aquele que discursa um discurso que não se sustenta, vazio pela ausência do fundamento essencial da honestidade. Quando se depara com profissionais dessa categoria, tem-se um ambiente aflitivo, onde impera a confusão e o medo de fazer dos ouvidos pinicos.

Lembre-se, um vaso quebrado, será sempre um vaso quebrado, mesmo que seja totalmente restaurado, com perfeição, ainda será um vaso quebrado. É assim que acontece quando se perde o controle sobre as palavras, escorregaram de sua boca, explodiram no cérebro de outros e os cacos não mais serão colados.

                                         Trecho do livro "Pensar para sair do lugar - Crescimento pessoal e profissional"


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domingo, 19 de dezembro de 2021

Reputação

 

Reputação, o que isso significa para você? Qual é o local onde, ao adentrar, ela lhe escora ou lhe derruba?  Enfim, na sua percepção, em que patamar ela está definida?

É bom que saiba, antes de responder, que não é você que irá definir a reputação que ostenta, mas os outros. Trata-se de um conceito, reflexo das consequências de suas atitudes, dos impactos causados, dos movimentos provocados.

Mas é possível avaliar, mesmo superficialmente, através das reações pessoais, nos ambientes frequentados, se você está bem ou mal quanto a esse quesito.

A reputação é uma construção, sem previsão para término, constante, permanente, que se utiliza de blocos opacos ou transparentes para erguer suas paredes.

Quanto mais usados, os blocos opacos impedem a passagem da luz, induzem à escuridão. Selado em sua interiorização, impossível projetar as ressonâncias de seus valores para o mundo externo; em qualquer circunstância você será um corpo sem brilho, fechado para balanço.

Já os blocos transparentes permitem a liberdade da luz, que entra, sai, flutua, reverbera, permite a visualização do seu interior sem qualquer esforço. Translúcida, atinge rapidamente o nível de compreensão, revelador da alma que habita um corpo presente.

Quanto de transparência você tem utilizado na construção de sua reputação? Como pretende fazer prosperar a sua obra?

São diversos os motivos para que ela permaneça enclausurada. O principal talvez esteja atrelado ao medo da revelação, do julgamento, da insegurança.

São também amplas as razões para superar tais barreiras, quem sabe a mais notória esteja relacionada com o prazer de viver uma vida com sentido, livre de opressões, que não esteja restrita aos limites da empresa, onde você atua, mas que esteja incorporada ao seu cotidiano, como algo libertador.

Consolide sua reputação!

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sábado, 11 de dezembro de 2021

Observe o que diz

 

O rótulo que acompanha um produto, oferece especificações e dados para sua correta utilização. Quantas vezes você se preocupou em ler as instruções? Quase nunca, não é mesmo?

Mas é um hábito que devemos adquirir para evitar transtornos futuros, possíveis aborrecimentos ou até mesmo alguns desastres. Tomei juízo quando ao encostar o ferro quente, numa camisa novinha, tatuei sua base na coitada.

Na vida é assim também, ela vai nos oferecendo instruções, alguns as observam, outros deixam que as roupas se queimem. Qual a sua preferência?

Estamos numa imensa passarela dotada de instrumentos de informações e persuasões incríveis. Se os observarmos atentamente, talvez os níveis de importância que damos para valores, conceitos, modos de encarar os acontecimentos, poderiam ser revistos ou reforçados.

Enquanto há caminhada, é possível reter o que é digno de nota, direcionar as expectativas, definir propósitos, alterar a rota, reconhecer os erros, resistir nos acertos. Só é proibido ficar estático, sem esboçar qualquer reação, diante de tantos sinais lançados.

Existe uma força extraordinária que parece engendrar mecanismos de soluções para as percepções afloradas enquanto se percorre a longa trajetória.

Se as antenas estiverem abaixadas, pouca coisa poderá ser captada. As etapas vencidas nada de positivo acrescentarão à jornada, cada vez mais pobre e sem graça.

É preciso atenção afiada, compreensão dos detalhes, ânimo para a análise dos apontamentos e, principalmente, entusiasmo para seguir em frente, jamais aceitar como definitivos e imutáveis, qualquer tropeço.

Tropeços são as consequências de quem caminha. Só não tropeça quem resolveu parar e se tornou o próprio tropeço. Fora isso, a satisfação do percurso estará na constante superação e correção dos possíveis desacertos, na busca pelo equilíbrio.

Ocorreu-me uma frase de um livro infanto-juvenil, que não me recordo o autor e o título da obra, mas que apontava: “enquanto houver vida, viverei”. Em resumo, é isso!

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domingo, 5 de dezembro de 2021

Múltiplas escolhas

 

Persiste, no imaginário de muitos, que liberdade é ausência de compromisso, dispor dos recursos disponíveis (físicos, intelectuais, materiais, espirituais, profissionais) da maneira como bem se entender, sem importar-se com as consequências de cada gesto, palavra ou ação.

Liberdade. na ausência de sintonia com o “outro”, aproxima-se da construção de alicerces para prisões, caminha em direção à soberba, rigidez descabida, ignorância, sordidez. Saber distinguir, resistir se necessário, a essas tentadoras manifestações, poderá evitar o risco de ocupar uma das celas preparadas.

Enfim, viver é um teste de múltiplas escolhas. Todas podem ser, total ou parcialmente, verdadeiras. A liberdade está aí, é a sua vontade que crava a resposta no gabarito.

As consequências das escolhas, bônus e ônus, não têm jeito, serão herdadas, imediatamente, por você.  

Por isso, sempre que o abalo for traiçoeiro, repentino, apavorante; resista embarcar, de imediato, em barcos furados.

Resistir não é ato violento, é declaração de amor pela vida, evidência de que a liberdade pode não ser apenas ficção desprovida de fundamentos, mas resultado do compromisso e do desejo de conquistá-la.

A recompensa virá quando o que aprisiona for percebido como celas sem chaves, onde fechaduras imaginárias as mantêm lacradas; ao menor contato com a realidade o ranger das dobradiças escancarará a luz das oportunidades, retida enquanto a opção pela prisão permaneceu interiorizada.

É a sua vontade que liberta ou aprisiona. Resistir é a essência da superação.

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domingo, 28 de novembro de 2021

O tempo retroage?

 

É só escolher entre a ou b? Se fosse assim, as decisões certeiras seriam unanimidade. O importante é saber o que você faz com a opção escolhida.

Como será trabalhada, aprimorada, quais as emendas necessárias, evolução, aprendizado?

Essas respostas sedimentarão a escolha, como positiva, negativa ou neutra. A neutralidade é a confirmação do equívoco, a negativa exigirá encontrar novas alternativas e a positiva ampliará a responsabilidade pela continuidade.

Portanto não são só as escolhas, mas o que fazer delas!

O que você tem feito com as suas? Quais as opções de suas escolhas abriram ou abrirão novas portas para a continuidade de seu projeto de vida?

São questões simples, mas objetivas, com implicações extensas, duradouras, permanentes e insubstituíveis. Feito está feito e ficará marcado, considerada a impossibilidade de retornar no tempo e a escassez do mesmo a medida que avança.

Ninguém deve ter a ilusão quanto aos resultados das escolhas: boas, estrategicamente elaboradas, trabalhadas com afinco, apontam para resultados alentadores; ruins, resta refletir sobre as razões do fraco desempenho, juntar os cacos e partir para outra.

Como já observado, o tempo é matreiro, sagaz, não permite que se repasse pela mesma fração, de sua passagem, além de uma única vez. Isso lhe traz poder, ou melhor, lhe confere o poder imensurável da irretroatividade, que muitas vezes pretendemos desprezar.

Passou, passou, não tem jeito, nem volta. O que permite voltar é a inteligência, capaz de analisar o passado para obter respostas no presente que permitam escolher entre novas opções, aquela com chances de acerto.

Permanecer no “quadrado” errado, querer ocupar aquele que não lhe pertence, exagerar na euforia, desprezar caminhos alternativos, se recusar a observar outros “quadrados”, por conforto ou temor, resvalam na mesma possibilidade de chegar, ao fim da jornada, flertando com a frustração.

Qualquer realização futura estará atrelada ao bom desempenho diante das escolhas realizadas e dos tipos de opções escolhidas para fortalecê-la. O resto é balela, conversa para “boi dormir”, pura perda do imprescindível tempo.

Pense a respeito!

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domingo, 21 de novembro de 2021

Sem confusão


Nós somos nós em qualquer espaço que ocupamos. Não tem como deixar na portaria os seus sentimentos e valores ao adentrar na empresa.

O comportamento é que não pode ser o mesmo, porque as razões para estar naquele local são de outras esferas e não se confundem com os relacionamentos familiares e sociais.

Levar ao ambiente profissional os conflitos particulares e querer resolvê-los como se em casa estivesse é, no mínimo, bizarro.

Quantos atritos inúteis, desvios de objetivos ocorrem quando a confusão se instala. Sentimentos de desprezo, insatisfação são lançados abruptamente, desconcertando, acinzentando e desestabilizando a condução serena de determinado tema.

Debater é essencial para o crescimento do grupo, desde que o debate se paute pela diretriz racional e desatrelada da imposição, própria dos que se acham detentores da verdade.

Os resultados, nessas ocasiões, são sempre promissores. O medo de expor ideias se dilui, pois o risco de ser ridicularizado não se sustenta, já que o objetivo é comum, necessita de divergências e alternativas para lhe dar consistência.

Há construção de um alicerce sólido, embasado na importância que todos detêm na condução da empresa e perspectivas de novos horizontes. Uma sintonia, verdadeiramente fina, dissipa possíveis desvios ou tentativas pouco profissionais nas abordagens do dia a dia, diminuindo os riscos de conflitos pessoais.

Enriqueça o seu trabalho com valores, experiências, ética, dedicação, bons exemplos, mas acima de tudo, contribua para que se respire um ar saudável de colaboração e respeito entre todos. Você marcará para sempre a sua presença! 


Reflexões de cabeceira:



domingo, 14 de novembro de 2021

Inevitável

 

É imensa a dor quando as expectativas não se concretizam. Imagine uma mulher apaixonada que vê, em seu futuro marido, a possibilidade de um relacionamento amoroso equilibrado, de respeito, de crescimento, fulminantemente interrompido por agressões físicas ou morais.

Como mensurar o sofrimento daquela criança sem atenção dos pais, sem a educação direcionada para o bem, abandonada em sua sorte, íntima da tecnologia, lamentavelmente distante do carinho, dos valores que marcam a infância e propiciam a maturidade sadia.

O que dizer ao dedicado colaborador, que buscou de todas as formas honrar a confiança nele depositada pela empresa, agiu com retidão, dedicou-se a oferecer o seu melhor para que a jornada de trabalho se tornasse realizadora, mas um líder de araque aparece, detona com sua prepotência toda o ambiente corporativo e o acusa, sem qualquer razão, de ser um “zero à esquerda”?

Qual o sentimento gerado em um empresário que promove o funcionário no qual confia, conhece o potencial, aposta suas fichas em sua competência. Repentinamente, o impacto doído, estarrecedor da traição, verdadeiro conto do vigário finalizado por um desvio de verba?

Situações decepcionantes, capazes de deixar cicatrizes abertas por muito tempo; afinal, parte de uma vida foi tolhida e esse tempo não volta mais, para tentar de novo, de uma outra forma.

Recuperar-se irá demandar tempo, paciência, serenidade e fé em seu próprio poder de superação. Passa, como tudo passa na vida, mas causa aborrecimentos que poderiam não ter ocorrido ou, com um mínimo de claridade, seriam evitados.

A claridade, aliás, é uma ótima companhia. Evitaria a escolha de uma parceria indesejável, uma paternidade irresponsável, um líder despreparado, um trabalhador sem escrúpulos.

Abriria a porta para o sucesso, em suas diversas manifestações, de acordo com o significado que cada pessoa lhe dá, diminuindo bastante as chances do fracasso.

Se acaso você vivenciou situações como as descritas, não se perturbe e deixe a resposta por conta do Universo, afinal, sucesso é uma conquista, não um assalto.

Aos conquistadores o reconhecimento, aos assaltantes a decadência futura, inevitável.

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domingo, 7 de novembro de 2021

Liderar-se

 

Quantas vezes você se questionou sobre os rumos de sua existência? Você a tem liderado ou, resignadamente, aceitou que outros exercessem esse papel? Se sente frustrado em não liderá-la ou assumiu, com tranquilidade, o papel de coadjuvante?

Estranho, mas muitos desprezam a titularidade que lhes foi conferida pelo existir e trocam um dos seus bens mais valiosos, a liberdade de expressão, pela submissão que os poupe de refletir, avaliar, dirigir, enfim, outorgam para terceiros o mandato recebido para cuidar dos seus destinos, e seguem sem perspectivas.

Tempos conturbados, experiências pouco convencionais trazem indagações sobre o fenômeno de preferir ser sombra em detrimento da luz. E o mais interessante, a polaridade exacerbada produz uma batalha feroz nas mídias sociais, onde todos querem ter razão e poucos a utilizam.

Isso respinga e traz consequências. As mais preocupantes referem-se a incapacidade de ver, mesmo enxergando, ouvir mesmo escutando, encontrar fundamento onde não existe nenhum, se apropriar de teorias como se suas fossem e brigar por elas, mesmo não as compreendendo.

Miscelânea generalizada que abre espaço para alimentar mais a fogueira, já ensandecida, de cidadãos que perderam o fio da meada, embarcaram na arrogância, escandalizam pela tentativa de enaltecer a liberdade enquanto provocam todos os tipos de ações que a afrontam.

Afinal, enquanto você não se lidera, outros vão liderar você e, contando com a sua colaboração, vão buscar todos os meios para impor o que acreditam ser a estabilidade do mundo deles; a do seu, já foi consumida.

Lembrança positiva: a qualquer momento pode ser o instante da guinada, de recolocar os vagões nos trilhos e liderar o comboio com sua máquina poderosa, corpo, cérebro e espírito, rumo às mudanças de comportamento que interrompam a continuidade dessa vergonhosa história.

 

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domingo, 31 de outubro de 2021

Força “descomunar”

 


Em minha existência, fui privilegiado pelos estímulos, carinho, amor de meus pais. Em meio a tantos ensinamentos, exemplos, dedicação, houve um episódio peculiar e marcante.

Embora franzino, meu pai queria que eu tomasse consciência de que tinha força. Para me fazer crer nisso, desafiava-me sempre para brincar de “quebra de braço” ou “braço de ferro”.

Ele nunca perdia, mas elogiava minha força e comentava, com todos, que eu tinha uma força “descomunar” no braço.

Assim, “descomunar”, para enfatizar a palavra em linguagem caipira e dar-lhe ênfase. Mesmo magro, o “descomunar” me fazia acreditar em algo que extrapolava minha condição física.

Desafiava minhas irmãs, meu irmão, meus primos, meus amigos a uma disputa de “braço de ferro”. A cada disputa, incorporava a força “descomunar” e, por incrível que possa parecer, desconheci derrota entre amigos e parentes.

Aconteceu da infância até a última disputa, já adulto. O pessoal concordava: eu tinha uma força “descomunar”!

Não tinha, contudo fui possuído pelas mágicas palavras de meu pai, confiava nele. Meu cérebro assumiu aquilo como verdadeiro, levou para o braço a força, essa sim, descomunal, porque jamais é física, é um poder que se adquire na crença.

Todos temos essa força “descomunar”, basta saber despertá-la ou solicitar a ajuda de alguém capaz de auxiliar em sua liberação. Ela existe, está aguardando o gatilho disparar, pulsa e pede a sua liberação.

Quer estudar, trabalhar, vencer obstáculos, atingir metas, transpor adversidades, sinta a força latente em seu interior.

A intuição da presença, do potencial imensurável, inicia o processo de sua liberação.

Essa é a razão de sermos joias raras. As inspirações nos fazem diferenciados. Deixamos de ser apenas uma estrutura molecular, criada para nascer, viver e morrer.

Somos obra de um Artesão Espetacular, diferenciada de tudo o que nos rodeia. Há um propósito desconhecido racionalmente, que se manifesta como energia (a força “descomunar”) a cada aceitação de sua possibilidade.

Não são os erros, os medos que nos derrotam; só somos derrotados quando ignoramos a força que temos.

Texto do Livro "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida". Adquira o seu!



sábado, 23 de outubro de 2021

Deslize não é o fim

 


Se existe uma pessoa a quem você deve explicações sobre seus atos, essa pessoa é você. Pode parecer um tanto egoísta, mas ninguém, ninguém mesmo, sofrerá ou se sentirá pior diante de um deslize.

Ah, mas a pessoa atingida está arrasada. Ok, um problema sério, que precisa ser corrigido e o será, bem mais facilmente. E você? E a sua consciência, seu amor-próprio, esfacelados; quem poderá ajudar na reconstrução?

Assuma o deslize, peça perdão se atingiu alguém com seu erro ou pela mágoa causada, retire da pedra bruta ensinamentos, vire a página e siga em frente!

Eternizar o resultado é atitude de duvidosa eficácia; nada sai do lugar e a paralisia enrustida, além de não auxiliar, carrega em sua perpetuação a possibilidade do surgimento de outros problemas, talvez mais graves, como o descontrole emocional.

Deixe fluir em seu interior a água corrente da superação e renovação. O líquido que continha o gosto amargo de uma ocorrência, irá se diluir, cada vez mais, durante o percurso, até que resquícios ínfimos não terão o poder de perturbar o seu sossego.

Descarte a obrigação de nunca cair. Quem nunca caiu, não aprendeu a se equilibrar numa bicicleta e muito menos na vida.

Considere a oportunidade de poder se levantar quando muitos não a tiveram. Isso talvez não amenize os estragos de um deslize, mas com certeza, se converterá num bom argumento para seu enfrentamento.

Trate as feridas, os arranhões; deixe o tempo cuidar do resto.

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domingo, 10 de outubro de 2021

Saudável

 

A ilusão de que o poder desprovido de decência e coerência é o máximo; mandar e desmandar, um espetáculo de luxo com enormes retornos pessoais; cuidado!

Você poderá ser surpreendido calçando sapatos com pedras pontiagudas dentro: irão ferir seus pés e talvez a oportunidade de trocá-los por sandálias confortáveis, alicerçadas no poder que tem o significado de servir, tenha passado da hora.

Servir não se traduz por submissão, mas é o serviço que deve ser prestado quando algum nível de poder for conquistado ou delegado. Acredite, ao servir, o poder não aumenta, torna-se competente, representativo, sustentável.

É bem diferente de imposição. Imposto é o tributo que se paga por ser contemplado por ações que, teoricamente, beneficiam toda a sociedade, mas as multas estão sempre presentes como belas promotoras do incentivo aos pagamentos. Se não existissem, as arrecadações estariam sempre deficitárias.

O caso aqui é de conquista! O poder conquistado pelo serviço tem razão de ser, mesmo sem a ingerência de qualquer penalidade. E detalhe importante; existem ressonâncias, sempre positivas.

Chamo a isso de “fluir”. Tudo flui; a percepção de que há um líder preparado, com propósitos honestos, habilidade para ouvir, respeitar e ser respeitado, joga por terra todas as fontes de possíveis receios ou de insatisfações. A harmonia que se desfruta no ambiente corporativo ou social traz a capitulação ou diminuição das resistências presentes.

Dedique-se ao poder do serviço. Desde Cristo, é o único capaz de identificar-se com a solidez de um saudável atributo, com retorno garantido.

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domingo, 3 de outubro de 2021

Claridade

 

          Aceitar-se para aceitar, ou ter a necessária clareza para poder, ao entender com o que se está lidando, encontrar alternativas que levem à sua compreensão, aceitação e superação, rumo às alternativas de mudanças, não é só ação inteligente, é ação libertadora.

O cerco aos que sofrem do mal da incompreensão é terrível. Na ausência do entendimento, esfacelam-se os mecanismos de proteção da saúde física e mental.

Quantas pessoas conhecemos ou fomos informados, cuja debilidade não se colocava à mostra em suas atitudes visíveis aos olhos da sociedade?

Uma proteção que incluía ótima apresentação pessoal, alegrias constantes nas mídias sociais, dedicação às atividades profissionais, simpatia, disponibilidade, nada de “não”, só “sim” para todos e presença constante em tudo.

E, de repente, depressão, angústia, doenças. Quem poderia imaginar? Aquela pessoa, tão segura, querida, admirada; deprimida? Não pode ser... Pode sim!

Nossa compreensão de fatores externos é muito maior do que as dos fatores internos, aqueles que expressam o que se é, a essência, a maturidade ou a falta dela. Até fugimos deles, porque também queremos nos espelhar nas coisas glamorosas.

Mas é ali, onde a exploração toca em assuntos delicados, experiências malsucedidas, desilusões, arrependimentos, frustrações, onde nada pode ser disfarçado ou suprimido, que está a verdade, o eu verdadeiro.

É preciso adquirir coragem para poder encarar essa aventura ao “país” da realidade nua e crua. Nada fácil, vai exigir paciência, talvez auxílio profissional, entretanto, determinação é a palavra-chave, até que tudo se encaixe e as aparências deixem de existir, abrindo alas para o bloco “aquilo que se é”.

E você, já encarou?


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domingo, 26 de setembro de 2021

A raridade está em você!

    

Fortes influências, capazes de se fixar em seu cérebro, consciente e inconscien­te, explica as razões pelas quais você é o que é, age como age, pensa como pensa, vive como vive.

Nem deu os primeiros passos e já foi bombardeado por sensações boas e ruins. Afetos, desprezos, acolhidas, sons, vozes, anunciavam o que estava por vir, en­quanto iniciava sua jornada, naquele mágico ambiente líquido. Posteriormente, os vínculos, os exemplos, os relacionamentos, os medos, as emoções, a carga genética, acrescidas, ainda, dos inquestionáveis instintos, preservadores da espécie, eis aí o resultado: você!

E o incrível, apesar de todas as probabilidades que apontam pela igualdade, você é um ser único, dotado de competências próprias, dono de seu nariz, único exemplar, uma raridade surpreendente. Ainda assim, alguns optam por desqualifi­car essa característica incomum no reino animal e se prestam ao terrível papel do cidadão de segunda classe, permitindo que terceiros tomem conta de sua vida, a ponto de perder a habilidade de reflexão, a paixão pela vida.

É o esposo, a esposa, que buscam cercear a liberdade do outro em nome de um suposto amor; é o poderoso que induz à típica submissão dos humildes, é o sistema econômico ou político que prefere cidadão desprovido de crítica para alçar seus projetos limitadores. Por outro lado há aquele que se sente confortável em não assumir responsabilidades, deseja ser conduzido, despreza a liberdade, entrega sua preciosidade em nome do horror diante da menor dificuldade.

O que lhe faz forte não está no outro, está em você. Às vezes você esquece disso e permite que alguém tome para si esse papel. Lembre-se, ao abrir espaço para o outro, abra o espaço do compartilhamento, nunca o de sua essência. Honre seu passado, honre a herança genética recebida de seus antepassados, mais que isso, honre cada célula, cada elemento de sua constituição. Essa estrutura elaborada por um artesão sem igual é pura energia, não a consuma em causa perdida.

Quando a tendência estiver forte na direção oposta, procure as respostas em seu interior. Procure entender em qual momento se perdeu a convicção do amor próprio e trate de resgatá-la, o mais rápido possível. Isso justifica a presença de alguém que lhe ajude a entender a si mesmo, um pescador de alma, aquele anjo que atende pelo nome de amigo, ou daquele profissional que navega nas ondas da Psicologia.

Aí deixa de ser invasão, aí é compartilhamento da solidariedade, do conheci­mento que favorece a libertação, resgata você para a vida e lhe dá coragem para seguir fiel a sua origem.

                                           Texto do livro "Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional"

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domingo, 19 de setembro de 2021

Olho no olho

 

Tenho, por hábito, provocar discussões sobre os mais diferentes assuntos. Tal­vez ser generalista, tenha beneficiado, em muitos aspectos, minha vida pessoal e profissional. O fato de não escolher assunto para participar de uma conversa, evidente, excluindo aquilo que só a convicção do conhecimento e estudos espe­cíficos podem permitir, a gente sempre aprende algo interessante.

Quantos exemplos, que surgiram de papos descontraídos, puderam ser utiliza­dos em meus trabalhos de consultor, palestrante, coach, professor ou escritor, auxiliando passar uma mensagem, um ensinamento ou, até mesmo, permitindo esclarecer uma dúvida que não se dissipava.

A utilização de exemplos é um grande auxiliar do aprendizado. Torna mais interessante uma apresentação, não exige tanto da atenção de quem dela participa, o que facilita o mecanismo de memorização e assimilação das ideias, além, é claro, de quebrar a monotonia de muitas explanações.

O que quero afirmar com isso? Temos que estar atentos, sempre! Onde menos se espera, a atenção, a captura de um termo, pode ser o sinal aguardado, há muito, para dar início a uma ação, ou inovação, ou, até mesmo, uma revolução em nossas vidas.

E tem gente que não lhes dá o devido valor! Pessoas que reclamam da sorte, se acham injustiçados, mas fecham os ouvidos. O que pensam é válido e correto, o restante do mundo só fala asneira e inutilidades. Essa excessiva conduta narcisista cria os famosos “malas sem alças”, aqueles que dispersam rodas de amigos e obrigam seus ouvintes a de­senvolver novas técnicas de fugas.

Não permita que esse lamentável rótulo faça parte integrante do seu cotidiano. Desenvolva a habilidade de valorizar as mensagens recebidas e delas fazer bom uso.

Afinal, o sucesso tem várias formas. Cultivar amizades é uma delas, e isso depende, basicamente, de sua vontade. Não gera custos, mas pode ser um belo investi­mento, talvez o principal deles, o que poderá trazer, em seu bojo, outros sucessos mais.

Trechos do livro “Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional”.

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domingo, 12 de setembro de 2021

Limite

O que acontece quando a realidade é expurgada do contato racional?

Loucura? Alienação? Alucinação? Destempero?

Pode ser, mas de todas as consequências, creio que a pior delas seja como tratar sua eventual ausência e o seu reencontro posterior.

Imagino o choque: “epa; não é nada disso...”; “como fui cair nessa esparrela?”; “maldito, me fez acreditar...”; “aquilo era certeza...”; “por quê não chequei antes?”; “a que papel me emprestei...”; “onde estava com a cabeça?”.

Dessa arapuca, só tem um jeito de se livrar: conhecimento e informação.

Já sabemos o mal que faz para a humanidade optar por uma única perspectiva, o assombro derivado da intolerância, da cegueira, da ausência de questionamentos, da amplitude dos horizontes reduzidos ao desejo de ver presente, na “realidade”, aquilo que faz parte da própria essência.

Se coincide ótimo, verdade absoluta; caso contrário, qualquer manifestação passa a ter caráter ofensivo, quase um ato de guerra e só a violência verbal, física, psicológica, servem como elementos de combate aos inimigos imaginários, que ousam divergir daquilo que foi construído por mentes obscuras.

Leia mais, estude mais, critique mais, ouça mais, aguce a atenção, analise os dados, dependa menos do “ouvi falar” e mais dos fatos inquestionáveis.

A liberdade é uma trajetória de superação, vigilância, serenidade, firmeza, disciplina, nunca de atalhos. Os atalhos são canais para o ralo da história e da dignidade humana.