domingo, 27 de novembro de 2022

Tratamento de choque

 


Que razão existe ao persistir, em caminho pouco promissor, para se obter boas soluções? Tente resposta antecipada de seu íntimo. Se positiva e promissora, siga em frente. Caso seja resposta negativa e arrasadora, refaça o comando, mude o destino, evite a “roubada”.

Pense rápido: o que você já fez de diferente? Vá mais longe: o que gostaria de fazer diferentemente e ainda não fez? A hora de acontecer, é você quem escolhe. Impeça o desconsolo da ausência de tentativa.

Que explicação para a fragilidade diante da ação? Se é importante, supere possíveis medos e parta em busca do que vale a pena. Nunca é tarde.

Se o tempo é sábio conselheiro, sua vontade é fundamental. Sem ela, o tempo é só o tempo que segue servindo outros interesses, já que inexistem os seus.

Recomece! Falta disposição para o recomeço? Imagine o que traria a recompensa de um belo êxito. Qual o impacto para o resto da vida?

Isso não empolga? Melhor jogar a toalha, pedir para rezar a missa de sétimo dia, porque você deixou de viver.

Fugir nem sempre é assertivo. Causa desconforto e, a longo prazo, sofrimento. A obra prima prescinde da genialidade de seu autor, mas não da ação. Sem ação, a genialidade é somente abstração.

Ninguém vê um belo quadro no cérebro de seu criador, o vê em suas telas. Faça o mesmo. Sua tela é o ambiente onde atua; são as pessoas de seu convívio, a família, os colegas, o trabalho, testemunhas ativas de seu comportamento.

Mas são testemunhas. O protagonismo é seu, quem recolhe os frutos é você. A satisfação pode até se propagar; a conquista é só sua. Troque o incerto pelo certo, siga em frente com coragem, tudo depende de você!

Texto do livro “Pensar para sair do lugar – As vertentes da vida”.


domingo, 20 de novembro de 2022

Autocrítica


Autocrítica é importante. Erramos, sim, com frequência, do mesmo jeito acertamos. São derivativos da idêntica atitude: a das tentativas.

Só quem deixa de tentar, ou pereceu, fica livre disso!

Já que estou vivo, a autocrítica passa a ter o peso do tiro de misericórdia ou de salvação. Consiste na análise das implicações diretamente na fonte, onde surgem sentimento, consciência e coração. Pertencem ao autor!

Esse pertencimento permite comemorar ou aprimorar sucessos, rejeitar ou aceitar erros apenas como passo anterior ao novo sucesso ou como medida preventiva para que não se cometa igual deslize.

Maturidade é quando o equilíbrio acontece acima de qualquer compaixão autodestrutiva. Os únicos erros impraticáveis, nessa estatística, são os ceifadores de vida.  Resta torcer por continuidade em um possível e diferenciado plano.

Fora a circunstância extremada, tudo é passível de recomeço: há necessidade de humildade, disciplina, capacitação. Desenlaces ruins podem, simplesmente, ser precursores de belas novidades.

Portanto, fundamental é insistir nas tentativas, assimilar e aprender com cada uma delas.

Esse é o combate necessário e desafiador. Incomoda muita gente, provoca inveja, ciúmes; porém, é libertador. Quem combate faz, da dificuldade, uma aliada na solução dos problemas e tenta, tenta, tenta, até cravar o alvo.

Quando exigimos mais do que a estrutura interior suporta, geramos a ruína, a decadência dos princípios importantes, o abandono dos pretextos essenciais. Dessa forma, os conflitos se alastram, transformam potenciais em amontoados inúteis, amorfos, esfacelados, fossas fedorentas de lamúrias, alçapões de aspirações e de inspirações incríveis.

Urge o fortalecimento dos mecanismos de combate. É bom lembrar que, nem sempre, vitórias são vitórias, acertos são acertos, erros são erros. A vivência não entrega prato pronto, tampouco cogita facilidades, sequer presume regularidade, ao contrário, é imprevisível.

Lembre-se de que o acerto está longe do fim. É só um novo começo!

Trecho do livro “Pensar para sair do lugar – As vertentes da vida”.


sábado, 12 de novembro de 2022

Faça o que é certo!

 

“Nem vem que não tem”, desculpa não “cola”; reclamação não se ampara! Certo ou errado, justo ou injusto, gentileza ou grossura, positivo ou negativo, ético ou aético, bom ou ruim. Sempre, em qualquer questionamento, surgem apenas duas alternativas. Qual é a sua?

Tenta terceirizar as resoluções, “dourar a pílula”, mostrar provas que, mesmo errando, pensou ter acertado. Errou! A presunção é só areia movediça e, quem a pisa, afunda.

Portanto, o azar é seu se decide por ficar em cima do muro. Se deslizar, “bata no peito”. É melhor retomar do que perder tempo em justificativas. Se existe apenas uma dupla resposta, existem inúmeras opções de reverter equívocos, desde que se use a vontade para modificar.

Responda rapidamente: Quantas vezes você quis errar propositadamente, conscientemente e decididamente? E quantas vezes quis acertar? Será que foi em número menor, igual?

O viver tira do erro o acerto; do injusto, a euforia pela justiça; do incorreto, a necessidade de correção; da grosseria, o apelo à gentileza; do negativo, o encontro do positivo; do aético, a liberdade da ética; do ruim, a claridade da bondade.

O mundo não é mau, nem bom, ao contrário. É independente de nossa ambição, “nem bola ou pelota” nos dá. Má ou boa é a vida que nos propomos experimentar enquanto encontramo-nos nele. Nós passamos, ele fica.

Responda outra vez: O que tem feito para melhorar o seu mundo e o daqueles que convivem com você? Para quem não responde, o muro aumenta a sua altura e o tombo é mais doído.

Não seja a próxima queda!

Trecho do livro “Pensar para sair do lugar – As vertentes da vida”.









sábado, 5 de novembro de 2022

Não se acanhe, resolva!

 

Não é sucesso a todo instante, tampouco fartar-se de tantos elogios, de ter o passeio pautado pelo engrandecimento, pela gratidão e por aduladores.

Trata-se de observar a serventia que se dá à própria existência e o conteúdo que se pensa usufruir. Trata-se de contemplar as infindáveis projeções e anuir percorrer os caminhos pretendidos.

Decisões, quem sabe tomá-las? Efetivamente, escolhemos ou somos escolhidos? Seguimos ou somos atropelados; compreendemos ou a compreensão está, simplesmente, no seguir em frente, em busca das alternativas menos doloridas?

Contrassenso: as mais doloridas, nem sempre se revelam mais trágicas. As mais modestas podem conter armadilhas sorrateiras, sutilmente, instaladas nas curvas do trajeto. As mais tensas têm resultantes; o triunfo ou a desgraça. Pense nelas apenas como alternativas, só isso!

Elas são, várias vezes, tão simples, que chega a ser desagradável e chato concluir que, em função do valor que lhes damos, foi fácil. Poderíamos sofrer menos durante o processo; poderíamos decidir tranquilamente; poderíamos deixar que as consequências fossem inseridas na linha do tempo. “Curtir” será um encargo seu, único, exclusivo, intransferível e “não curtir”, também.

Preze por sua paz. Se é você quem sofre, quem responde, quem recolhe os frutos, bons ou ruins, a colheita e as conclusões são suas. Pondere, a colheita é só sua, mas pode não ser a definitiva. O horizonte projetará diversas demandas e, novamente, pedirá uma ação sua cuja conta lhe será cobrada. Você presta conta de suas contas.

Portanto, se estamos em constante contato com posicionamentos e, deles dependem os avanços e retrocessos, por que postergá-los? Isso poderia desgastar relações, alterar expectativas, anular possibilidades.

Acompanho a angústia de lideranças, no dia a dia, que sofrem o ônus, sentem medo de decidir. São lideranças “meia boca”, porque lideranças decidem naturalmente, e, naturalmente, assumem aquilo que decidem.

Decidir é um trato com a vida: eu admito o risco e ela me permite reconhecer o erro ou o acerto. O que minimiza os impactos negativos? O conhecimento, a habilidade, os bons juízos, a aceitação de nossa eterna condição de aprendizes.

Não existe saída. Então, decida!

Trecho do livro “Pensar para sair do lugar – As vertentes da vida”.