domingo, 31 de outubro de 2021

Força “descomunar”

 


Em minha existência, fui privilegiado pelos estímulos, carinho, amor de meus pais. Em meio a tantos ensinamentos, exemplos, dedicação, houve um episódio peculiar e marcante.

Embora franzino, meu pai queria que eu tomasse consciência de que tinha força. Para me fazer crer nisso, desafiava-me sempre para brincar de “quebra de braço” ou “braço de ferro”.

Ele nunca perdia, mas elogiava minha força e comentava, com todos, que eu tinha uma força “descomunar” no braço.

Assim, “descomunar”, para enfatizar a palavra em linguagem caipira e dar-lhe ênfase. Mesmo magro, o “descomunar” me fazia acreditar em algo que extrapolava minha condição física.

Desafiava minhas irmãs, meu irmão, meus primos, meus amigos a uma disputa de “braço de ferro”. A cada disputa, incorporava a força “descomunar” e, por incrível que possa parecer, desconheci derrota entre amigos e parentes.

Aconteceu da infância até a última disputa, já adulto. O pessoal concordava: eu tinha uma força “descomunar”!

Não tinha, contudo fui possuído pelas mágicas palavras de meu pai, confiava nele. Meu cérebro assumiu aquilo como verdadeiro, levou para o braço a força, essa sim, descomunal, porque jamais é física, é um poder que se adquire na crença.

Todos temos essa força “descomunar”, basta saber despertá-la ou solicitar a ajuda de alguém capaz de auxiliar em sua liberação. Ela existe, está aguardando o gatilho disparar, pulsa e pede a sua liberação.

Quer estudar, trabalhar, vencer obstáculos, atingir metas, transpor adversidades, sinta a força latente em seu interior.

A intuição da presença, do potencial imensurável, inicia o processo de sua liberação.

Essa é a razão de sermos joias raras. As inspirações nos fazem diferenciados. Deixamos de ser apenas uma estrutura molecular, criada para nascer, viver e morrer.

Somos obra de um Artesão Espetacular, diferenciada de tudo o que nos rodeia. Há um propósito desconhecido racionalmente, que se manifesta como energia (a força “descomunar”) a cada aceitação de sua possibilidade.

Não são os erros, os medos que nos derrotam; só somos derrotados quando ignoramos a força que temos.

Texto do Livro "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida". Adquira o seu!



sábado, 23 de outubro de 2021

Deslize não é o fim

 


Se existe uma pessoa a quem você deve explicações sobre seus atos, essa pessoa é você. Pode parecer um tanto egoísta, mas ninguém, ninguém mesmo, sofrerá ou se sentirá pior diante de um deslize.

Ah, mas a pessoa atingida está arrasada. Ok, um problema sério, que precisa ser corrigido e o será, bem mais facilmente. E você? E a sua consciência, seu amor-próprio, esfacelados; quem poderá ajudar na reconstrução?

Assuma o deslize, peça perdão se atingiu alguém com seu erro ou pela mágoa causada, retire da pedra bruta ensinamentos, vire a página e siga em frente!

Eternizar o resultado é atitude de duvidosa eficácia; nada sai do lugar e a paralisia enrustida, além de não auxiliar, carrega em sua perpetuação a possibilidade do surgimento de outros problemas, talvez mais graves, como o descontrole emocional.

Deixe fluir em seu interior a água corrente da superação e renovação. O líquido que continha o gosto amargo de uma ocorrência, irá se diluir, cada vez mais, durante o percurso, até que resquícios ínfimos não terão o poder de perturbar o seu sossego.

Descarte a obrigação de nunca cair. Quem nunca caiu, não aprendeu a se equilibrar numa bicicleta e muito menos na vida.

Considere a oportunidade de poder se levantar quando muitos não a tiveram. Isso talvez não amenize os estragos de um deslize, mas com certeza, se converterá num bom argumento para seu enfrentamento.

Trate as feridas, os arranhões; deixe o tempo cuidar do resto.

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domingo, 10 de outubro de 2021

Saudável

 

A ilusão de que o poder desprovido de decência e coerência é o máximo; mandar e desmandar, um espetáculo de luxo com enormes retornos pessoais; cuidado!

Você poderá ser surpreendido calçando sapatos com pedras pontiagudas dentro: irão ferir seus pés e talvez a oportunidade de trocá-los por sandálias confortáveis, alicerçadas no poder que tem o significado de servir, tenha passado da hora.

Servir não se traduz por submissão, mas é o serviço que deve ser prestado quando algum nível de poder for conquistado ou delegado. Acredite, ao servir, o poder não aumenta, torna-se competente, representativo, sustentável.

É bem diferente de imposição. Imposto é o tributo que se paga por ser contemplado por ações que, teoricamente, beneficiam toda a sociedade, mas as multas estão sempre presentes como belas promotoras do incentivo aos pagamentos. Se não existissem, as arrecadações estariam sempre deficitárias.

O caso aqui é de conquista! O poder conquistado pelo serviço tem razão de ser, mesmo sem a ingerência de qualquer penalidade. E detalhe importante; existem ressonâncias, sempre positivas.

Chamo a isso de “fluir”. Tudo flui; a percepção de que há um líder preparado, com propósitos honestos, habilidade para ouvir, respeitar e ser respeitado, joga por terra todas as fontes de possíveis receios ou de insatisfações. A harmonia que se desfruta no ambiente corporativo ou social traz a capitulação ou diminuição das resistências presentes.

Dedique-se ao poder do serviço. Desde Cristo, é o único capaz de identificar-se com a solidez de um saudável atributo, com retorno garantido.

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domingo, 3 de outubro de 2021

Claridade

 

          Aceitar-se para aceitar, ou ter a necessária clareza para poder, ao entender com o que se está lidando, encontrar alternativas que levem à sua compreensão, aceitação e superação, rumo às alternativas de mudanças, não é só ação inteligente, é ação libertadora.

O cerco aos que sofrem do mal da incompreensão é terrível. Na ausência do entendimento, esfacelam-se os mecanismos de proteção da saúde física e mental.

Quantas pessoas conhecemos ou fomos informados, cuja debilidade não se colocava à mostra em suas atitudes visíveis aos olhos da sociedade?

Uma proteção que incluía ótima apresentação pessoal, alegrias constantes nas mídias sociais, dedicação às atividades profissionais, simpatia, disponibilidade, nada de “não”, só “sim” para todos e presença constante em tudo.

E, de repente, depressão, angústia, doenças. Quem poderia imaginar? Aquela pessoa, tão segura, querida, admirada; deprimida? Não pode ser... Pode sim!

Nossa compreensão de fatores externos é muito maior do que as dos fatores internos, aqueles que expressam o que se é, a essência, a maturidade ou a falta dela. Até fugimos deles, porque também queremos nos espelhar nas coisas glamorosas.

Mas é ali, onde a exploração toca em assuntos delicados, experiências malsucedidas, desilusões, arrependimentos, frustrações, onde nada pode ser disfarçado ou suprimido, que está a verdade, o eu verdadeiro.

É preciso adquirir coragem para poder encarar essa aventura ao “país” da realidade nua e crua. Nada fácil, vai exigir paciência, talvez auxílio profissional, entretanto, determinação é a palavra-chave, até que tudo se encaixe e as aparências deixem de existir, abrindo alas para o bloco “aquilo que se é”.

E você, já encarou?


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