Ter uma informação não basta
Existe uma linha de raciocínio, que
não pode ser descartada, quando o assunto envolve a utilização de determinada
notícia.
Primeiro, é preciso checar se a
fonte é correta, confiável, segura e precisa. Várias vezes, ficamos
consternados ao saber que determinada notícia, que já permitimos propagar, não
corresponde à realidade ou contém algum tipo de armadilha.
Daí, não tem jeito. É como quando,
precipitadamente, clicamos o “enter”, disparamos um e-mail e, depois, vamos observar que determinado dado não deveria
constar, ou pior, que seguiu para alguém, em cópia, que não deveria recebê-lo.
Não tem jeito, já foi.
Lamentar e corrigir o problema, nem
sempre é o melhor a se fazer, pois a expressão popular “Quanto mais mexe, mais
fede”, pode ser aplicada nessas circunstâncias, apoiada pela eterna “Lei de
Murphy” que considera a possibilidade de tudo dar errado e de pode ficar ainda
pior do que o previsto, em qualquer tentativa de melhoria.
Portanto, simplifique e conheça a
fonte!
Em segundo lugar, certificada a
veracidade e precisão do material informativo, é preciso avaliar se a redação
está clara, correta e permite evitar a interpretação inadequada, o “achismo”, o
erro de julgamento.
Pode-se mesmo corrigir o texto
original, desde que o conhecimento de todo o processo seja pleno, para poder
atingir o objetivo da comunicação correta. Aí, sim, transmitem-se os dados,
caso contrário, corre-se o risco de propagar a confusão e promover a discórdia.
Quando a informação chega ao outro
lado, o lado do receptor, deve chegar, contemplado pela conjugação do verbo
“clarear” em todos os tempos e modos. A
ninguém é dada a permissão da dúvida. Qualquer tipo de questionamento deve
ocorrer a partir dele, para que haja definições e cumprimento de tarefas nele
evidenciadas. Esse é o fundamento, o mecanismo que permite as ações adequadas e
o movimento certeiro.
Portanto, não é ter excesso de
informações que conta, muito menos saber tudo e, menos ainda, acreditar que é o
“soberano” de determinada bagagem de informação. Conta, mesmo, o que fazer com
a informação, o que se aproveita dela, o que
é, realmente, importante em seu conteúdo.
Por outro lado, tão perigoso quanto
a crença infundada na informação, é não cultivar a sensibilidade de como
transmiti-la aos outros, não conhecer o público a ser informado, não saber do
potencial de compreensão e assimilação dos receptores e esquecer-se de que nem
sempre o seu entendimento é o mesmo para pessoas distintas. Significa “descer
do pedestal” e colocar-se no lugar do outro. Isso tem nome: é a empatia.
Quando a empatia se propaga, a
informação se consolida, torna-se eficaz, promove o clima ideal de
desenvolvimento nas relações pessoais e profissionais. Ela transporta o “vírus”
do respeito, da verdade, da transparência. Contra esses “vírus”, todos os argumentos
destrutivos caem por terra.
Texto do livro "Pensar para sair do lugar - as vertentes da vida"