domingo, 29 de novembro de 2020

É sabedoria

 


Quando em situações extremas, de alguma maneira, a proposta da ação contraria suas crenças, seus valores e princípios, cuidado! A armadilha da aceitação, será causa de apreensão futura.

Você está a um passo de tornar-se prisioneiro do erro, escravo da atitude, compromissado com alguém que lhe trará a ruína da alma, negociada pela pechincha de ser aceito.

Jamais faça nada que possa se arrepender mais tarde. Melhor enfrentar o medo, as consequências da retidão, do que amargar os efeitos do desvio de comportamento.

Não há emprego, não há pagamento, não há relacionamento, que satisfaça uma essência destruída. Pensa nisso, quando a oportunidade estiver contaminada pela maldade.

É como estar confinado em uma ilhota, no meio de um rio, cercado por jacarés. A opção de pular na água deixa de existir, resta aguardar por ajuda, se acostumar com a solidão ou tornar-se mais um jacaré, e juntar-se a eles.

Quando “pintar” a dúvida, questione: Eu condeno alguém agir dessa forma comigo?  Eu acredito que é bom, justo e necessário? É a atitude que confirma a confiança das gerações que me antecederam e daqueles que em mim confiam?

Se a condenação, o acreditar e a confirmação não provocar dúvidas, olha nos olhos do proponente e diga sim, com convicção!

Caso contrário, um sonoro não deverá ecoar por sua história.

Basta a consciência serena, que transforma a ameaça de um tremendo pesadelo, em sonho de crescimento, satisfação íntima, realização pessoal, continuidade do processo evolutivo rumo à conquista da liberdade, da excelência profissional.

O melhor dos acertos!

domingo, 22 de novembro de 2020

Como implantar qualquer coisa

 

Atenção: afirmo que não existe outra forma de implantar, seja lá o que for, esquecendo-se que a informação deve fluir por todos os cantos, para todos os níveis de usuários e interessados! Todos, significa todos! Não há exceções. Qualquer descuido, e pronto, lá se vão horas e horas de planejamento ralo abaixo.

Quando todas as variáveis e possíveis problemas tornam-se resolvidos. Quando todos os estudos apontam que é hora e momento de ocorrer o tão aguardado instante mágico da implantação, o pulo do gato está em disparar as teias de uma enorme rede de contatos, até que ela atinja os últimos e mais distantes participantes.

Cada etapa deverá ser minuciosamente programada em linguagem simples e objetiva, facilmente compreendida e rapidamente absorvida por todos. Como a uma progressão geométrica, o engajamento, o comprometimento devem aflorar naturalmente. O conhecimento será um belo diferencial e a certeza de que se está fazendo parte do processo, aliviará a alma dos aflitos e estimulará a colaboração em níveis muito mais altos.

O jogo é simples, mas deve ser jogado com muito cuidado. E cada etapa vencida tem que ser, efetivamente, acompanhada de avaliações e agradecimentos. Elogios são estímulos e fazem uma diferença inacreditável, principalmente, quando auxiliar na solução de algum entrave, daí é imprescindível. Reconhecer o trabalho da equipe é direcionar uma energia vigorosa, capaz de oferecer um retumbante sucesso, muito maior do que o vangloriar solitário possa oferecer.

Coloque para liderar, o processo de implantação, alguém que conheça todos os meandros e caminhos que deverão ser percorridos. Não precisa ser, necessariamente, alguém que conheça tecnicamente todas as etapas, porém, que tenha duas qualidades básicas: bom articulador e estrategista na comunicação, além, é claro, de ser alguém respeitado por todos na empresa.

Dessa escolha, vai depender o sucesso da caminhada!

                                                                                         Texto do livro "Pensar para sair do lugar"


domingo, 8 de novembro de 2020

Ser forte

 

Caminhava cabisbaixo, acompanhando os passos que revezavam, à vista de seus olhos, direito e esquerdo, num ritmo pouco denso, marcado pela mesma apatia que impingira à sua vida. Acabara de sair de mais uma jornada frustrante de trabalho.

Sabia que o dia seguinte seria a repetição tediosa do hoje, do ontem, do sempre. Desde que fora preterido para um cargo de confiança, como o mundo desabasse, sobreveio-lhe a imersão na mais profunda apatia.

Seu brilho apagara naquele dia, de tal forma, que a simples menção sobre o assunto, lhe causava um profundo sentimento de impotência.

Os dias se arrastavam, vagarosos, desprovidos de emoções. Como chegou a esse ponto, alguém reconhecido como ótimo colaborador? Qual o atalho que se esqueceu de seguir para, rapidamente, escapulir dessa condição lamentável de caramujo arrastando lentamente seu pesado fardo?

Existem duas explicações: a primeira sobre a insensibilidade de lideranças na empresa e, a segunda, sobre a incapacidade pessoal de lidar com revezes. Uma ou outra causam quebra na frágil estrutura emocional, criada apenas para as não decepções.

O pecado das lideranças, não está no fato de preterir o candidato a uma promoção, de jeito nenhum. Guardados os critérios de avaliações corretos e profissionais, nada há de equívoco no fato de promover alguém melhor preparado para a missão.

O mal se instala na ausência de perspicácia na compreensão do clima e expectativas existentes, ou seja, dificuldade de se colocar no lugar do preterido e tentar entender como ele elaborava a questão.

Por outro lado, nada justifica, e até corrobora a escolha recair em outro colaborador, que alguém se deixe levar ao desespero, pelo simples fato de não obter algo que esperava, comportamento próprio do público infantil.

Decepções não são muletas para abdicação da luta. Ao contrário, deveriam constar na lista dos mecanismos de superação, dos incentivadores da resistência.

É preciso absorver o impacto da frustração, no menor tempo possível, e lembrar sempre: sua qualidade independe do cargo que ocupa, sua reputação vai muito além dos limites da empresa onde atua no momento.

Portanto, insira mais afinco em sua determinação, mais vigor em seu cérebro, mais energia em sua alma. É apenas mais um desafio, encare-o de frente e reverta o processo, ainda que isso ocorra em uma outra empresa.

                                                                                          Texto do livro "Pensar para sair do lugar"