Persiste, no imaginário de muitos, que liberdade é ausência de
compromisso, dispor dos recursos disponíveis (físicos, intelectuais, materiais,
espirituais, profissionais) da maneira como bem se entender, sem importar-se
com as consequências de cada gesto, palavra ou ação.
Liberdade. na ausência de sintonia com o “outro”, aproxima-se da
construção de alicerces para prisões, caminha em direção à soberba, rigidez
descabida, ignorância, sordidez. Saber distinguir, resistir se necessário, a
essas tentadoras manifestações, poderá evitar o risco de ocupar uma das celas preparadas.
Enfim, viver é um teste de múltiplas escolhas. Todas podem ser, total
ou parcialmente, verdadeiras. A liberdade está aí, é a sua vontade que crava a
resposta no gabarito.
As consequências das escolhas, bônus e ônus, não têm jeito, serão herdadas,
imediatamente, por você.
Por isso, sempre que o abalo for traiçoeiro, repentino,
apavorante; resista embarcar, de imediato, em barcos furados.
Resistir não é ato violento, é declaração de amor pela vida,
evidência de que a liberdade pode não ser apenas ficção desprovida de
fundamentos, mas resultado do compromisso e do desejo de conquistá-la.
A recompensa virá quando o que aprisiona for percebido como celas
sem chaves, onde fechaduras imaginárias as mantêm lacradas; ao menor contato
com a realidade o ranger das dobradiças escancarará a luz das oportunidades,
retida enquanto a opção pela prisão permaneceu interiorizada.
É a sua vontade que liberta ou aprisiona. Resistir é a essência da
superação.
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