Ética é ou não é comigo
Sou favorável aos líderes que sabem dizer não; na hora certa, ele
é sempre bem-vindo, mais do que a infinidade de “sim”, perigoso até para a
harmonia, condução e satisfação do grupo.
Tenho receio do “não” como ausência de compromisso com a empresa e
com os parceiros, colegas de caminhada. Agora não dá! Estou super ocupado. Isso
não é comigo. É problema de fulano. Nem vem! Vá atrás de sua turma! Isso se
considerarmos os líderes propensos à educação.
Que tal nova perspectiva: Agora está confuso, mas podemos marcar uma
hora para conversar? Estou atarefado; podemos falar quando terminar este serviço?
Vamos ver quem pode responder por isso. Podemos contribuir com o fulano. Calma,
que já falaremos disso. Será que tem alguém que pode ajudá-lo neste momento?
Soam melhor e geram receptividade.
Também sou partidário dos funcionários que têm personalidade para
colocar o “não devido”, para seus líderes ou para seus colegas, desde que se
mantenha semelhante condição, a de evitar perder a noção referente ao
necessário e a fuga da responsabilidade, aquela velha mania de desviar-se do
comprometimento.
O mundo corporativo está afastado do “mar de rosas”, ao contrário,
assemelha-se ao “octógono do vale tudo”; contudo pode-se estabelecer um meio
termo; arriscar mesmo e “colocar um jardim sobre o ringue”. Esse jardim
responde pelo “apelido” de ética!
Ética humaniza a corporação: menos conflitos, maiores chances de
que o cooperativismo, o comprometimento, a claridade do outro se manifestem.
Presente é indicativo da projeção de necessidade do conjunto, da
solução de questões intrincadas e da leveza que permite a projeção de ideias,
imprescindíveis para o surgimento da inovação.
Ausente, o sim é não e o não é sim, ou pior, mais ou menos!
Texto do livro "Pensar para sair do lugar - as vertentes da vida"