domingo, 27 de dezembro de 2020

Decisão

 

O que nos leva a seguir em frente chama-se determinação. Uma ação determi­nada elimina a periferia que contorna o poder de uma decisão, dela tentando nos afastar. É preciso sempre avaliar, mas avaliar para decidir. Ficar em cima do muro é para partidos políticos, não para executivos. Executivos avaliam, todavia decidem!

Iniciamos o processo de tomar decisões em tenra idade. A vida é uma prova de múltiplas escolhas. Sempre tem aquela que parece resposta correta e não é, aquela pegadinha, montada em cima de um alçapão que sempre atrai, confunde e aquela absurda, que nada tem a ver com a matéria, entretanto, o despreparo faz com que seja assinalada. Também existem respostas corretas, diversas alternativas, e precisamos marcar apenas uma delas, como se o examinador estivesse nos provocando, inserindo a opção da dúvida.

Decisão! Um peso muito grande para muitos e, para outros, uma simples rotina, alguns se descabelam, outros, incólumes, agem com naturalidade, uns perdem a vida e outros nem perdem o sono. É assim, em cada fase da vida, uma bifurcação aguar­dando pela decisão. Vai ser festejada ou lastimada, mas o passo será dado, sob pena de retrocesso, de mesmice ou até de morte.

Ingrediente presente nas decisões: preparo! Sem ele, riscos, dos mais contunden­tes, dos mais variados, dos mais assustadores. Quem decide sem preparo não é líder, é aventureiro. A empresa que lhe confiou o poder da decisão está em maus lençóis, uma nau suscetível a problemas, passageira de uma aventura que poderá ser bastante desagradável, amarga mesmo.

Cuidado é pouco! Esteja preparado, vá atrás da informação, conheça à exaustão, avalie o ambiente, cenários, participantes. Busque subsídios que atenuem a possibi­lidade desses mesmos riscos, ampliando a de sucesso. Só não peque pela famigerada indecisão ou de meias decisões, após a escolha do caminho.

Aí seria ouvir a sentença condenatória: lamentável! Merecidamente!

Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 20 de dezembro de 2020

A Luz está próxima!

 


Desde quando a comemoração do Natal necessita de aval sanitário, autorização governamental ou intervenção, de qualquer natureza, para ocorrer?

É hilária a preocupação em determinar o mecanismo de comemoração, o número de participantes, os detalhes do que pode ou não ser realizado.

A dimensão humana, quando afasta-se de sua essência espiritual, passa a cometer o desvario da soberba.

Independente da causa, a morte sempre nos causa preocupação. Luta-se pela vida!

Hemingway citou em uma de suas obras, trecho do poema de John Donne, que diz: “A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

Todos têm a sua importância; os sinos do amor, dos sentimentos afetuosos, dos relacionamentos que encantam, badalam em nossos corações e as perdas são sempre sentidas.

Mas equivoca-se quem confunde a morte com a comemoração da vida, e da vida em abundância, que nos é oferecida em memória Daquele que a venceu.

Não é o número de participantes que importa; é secundária a mesa farta; os enfeites, os presentes. Indispensável, mesmo, somente o espírito natalino, inspirado pela Divina presença do Menino Deus.

É preciso sentir a vida, na extensão humana e espiritual, para compreender o significado da Noite Santa, a dimensão da esperança, da fé, da salvação que representa.

São 2020 anos de exaltação ao Mestre dos Mestres. Como um vírus pode impedir sua celebração ou tolher a manifestação no sentido de diminui-la?

Não pode, não é capaz, impossível; o vírus é físico, o Natal é espírito e os sinos dobram por Ele: o Cristo Luz, o Cristo Vida, o Cristo Esperança, o Cristo Criança, o Cristo Amor.

Nada impede a comemoração, nem você de comemorar!

Feliz Natal! Cuide-se e não deixe de comemorar! Um iluminado 2021 aguarda por sua presença!

domingo, 6 de dezembro de 2020

Corneteiros

 


Custa admitir que um cidadão pode ser bem-sucedido por seus méritos. É menos doído “cornetear” os atributos negativos que, “imaginados”, contribuíram para esse sucesso.

Aí vem a ladainha: no trabalho, é “puxa-saco”, ou serviu a propósitos pouco elogiáveis, ou é parente, amigo, amante, qualquer coisa que o valha para curar a “dor de cotovelo”.

No casamento, é sempre o parceiro que não teve compreensão, sensibilidade, provocou a discussão ou deixou chegar ao fim, como se fosse possível esquivar-se da responsabilidade mútua pelo equilíbrio matrimonial.

Na política, melhor nem tecer comentários, já que discutir virou sinônimo de batalha e racionalizar tornou-se “palavrão”. O comportamento predominante é o de torcedor de futebol, que xinga, odeia o time e a torcida adversária, sem ter a menor ideia das razões desse comportamento.

Esse é o sentimento que fica quando projetamos em outros as impressões que são nossas. Uma olhada de viés; aquele disfarce ao olhar para alguém e que revela sua real intenção.

Imediatamente descoberta, sem graça, a preocupação é dissimular. Parece um “cachorro com o rabo entre as pernas”, após ser tocado de algum lugar onde sua presença incomodava.

E assim caminha a humanidade, até que fenômenos naturais, “choque de retorno”, em contínuo movimento circular, acabam atingindo, em cheio, os que teimam em definir o mundo através de seu raciocínio miúdo.

Quem percorreu essa estrada, sabe que não compensa apontar o dedo para o próximo e sim em sua própria direção. Dedicar-se à construção de um interior fortalecido, gerador dos estímulos necessários para conquistas diferenciadas, estimuladoras dos encantamentos profissionais e pessoais.

O resto é pura perda de tempo.

domingo, 29 de novembro de 2020

É sabedoria

 


Quando em situações extremas, de alguma maneira, a proposta da ação contraria suas crenças, seus valores e princípios, cuidado! A armadilha da aceitação, será causa de apreensão futura.

Você está a um passo de tornar-se prisioneiro do erro, escravo da atitude, compromissado com alguém que lhe trará a ruína da alma, negociada pela pechincha de ser aceito.

Jamais faça nada que possa se arrepender mais tarde. Melhor enfrentar o medo, as consequências da retidão, do que amargar os efeitos do desvio de comportamento.

Não há emprego, não há pagamento, não há relacionamento, que satisfaça uma essência destruída. Pensa nisso, quando a oportunidade estiver contaminada pela maldade.

É como estar confinado em uma ilhota, no meio de um rio, cercado por jacarés. A opção de pular na água deixa de existir, resta aguardar por ajuda, se acostumar com a solidão ou tornar-se mais um jacaré, e juntar-se a eles.

Quando “pintar” a dúvida, questione: Eu condeno alguém agir dessa forma comigo?  Eu acredito que é bom, justo e necessário? É a atitude que confirma a confiança das gerações que me antecederam e daqueles que em mim confiam?

Se a condenação, o acreditar e a confirmação não provocar dúvidas, olha nos olhos do proponente e diga sim, com convicção!

Caso contrário, um sonoro não deverá ecoar por sua história.

Basta a consciência serena, que transforma a ameaça de um tremendo pesadelo, em sonho de crescimento, satisfação íntima, realização pessoal, continuidade do processo evolutivo rumo à conquista da liberdade, da excelência profissional.

O melhor dos acertos!

domingo, 22 de novembro de 2020

Como implantar qualquer coisa

 

Atenção: afirmo que não existe outra forma de implantar, seja lá o que for, esquecendo-se que a informação deve fluir por todos os cantos, para todos os níveis de usuários e interessados! Todos, significa todos! Não há exceções. Qualquer descuido, e pronto, lá se vão horas e horas de planejamento ralo abaixo.

Quando todas as variáveis e possíveis problemas tornam-se resolvidos. Quando todos os estudos apontam que é hora e momento de ocorrer o tão aguardado instante mágico da implantação, o pulo do gato está em disparar as teias de uma enorme rede de contatos, até que ela atinja os últimos e mais distantes participantes.

Cada etapa deverá ser minuciosamente programada em linguagem simples e objetiva, facilmente compreendida e rapidamente absorvida por todos. Como a uma progressão geométrica, o engajamento, o comprometimento devem aflorar naturalmente. O conhecimento será um belo diferencial e a certeza de que se está fazendo parte do processo, aliviará a alma dos aflitos e estimulará a colaboração em níveis muito mais altos.

O jogo é simples, mas deve ser jogado com muito cuidado. E cada etapa vencida tem que ser, efetivamente, acompanhada de avaliações e agradecimentos. Elogios são estímulos e fazem uma diferença inacreditável, principalmente, quando auxiliar na solução de algum entrave, daí é imprescindível. Reconhecer o trabalho da equipe é direcionar uma energia vigorosa, capaz de oferecer um retumbante sucesso, muito maior do que o vangloriar solitário possa oferecer.

Coloque para liderar, o processo de implantação, alguém que conheça todos os meandros e caminhos que deverão ser percorridos. Não precisa ser, necessariamente, alguém que conheça tecnicamente todas as etapas, porém, que tenha duas qualidades básicas: bom articulador e estrategista na comunicação, além, é claro, de ser alguém respeitado por todos na empresa.

Dessa escolha, vai depender o sucesso da caminhada!

                                                                                         Texto do livro "Pensar para sair do lugar"


domingo, 8 de novembro de 2020

Ser forte

 

Caminhava cabisbaixo, acompanhando os passos que revezavam, à vista de seus olhos, direito e esquerdo, num ritmo pouco denso, marcado pela mesma apatia que impingira à sua vida. Acabara de sair de mais uma jornada frustrante de trabalho.

Sabia que o dia seguinte seria a repetição tediosa do hoje, do ontem, do sempre. Desde que fora preterido para um cargo de confiança, como o mundo desabasse, sobreveio-lhe a imersão na mais profunda apatia.

Seu brilho apagara naquele dia, de tal forma, que a simples menção sobre o assunto, lhe causava um profundo sentimento de impotência.

Os dias se arrastavam, vagarosos, desprovidos de emoções. Como chegou a esse ponto, alguém reconhecido como ótimo colaborador? Qual o atalho que se esqueceu de seguir para, rapidamente, escapulir dessa condição lamentável de caramujo arrastando lentamente seu pesado fardo?

Existem duas explicações: a primeira sobre a insensibilidade de lideranças na empresa e, a segunda, sobre a incapacidade pessoal de lidar com revezes. Uma ou outra causam quebra na frágil estrutura emocional, criada apenas para as não decepções.

O pecado das lideranças, não está no fato de preterir o candidato a uma promoção, de jeito nenhum. Guardados os critérios de avaliações corretos e profissionais, nada há de equívoco no fato de promover alguém melhor preparado para a missão.

O mal se instala na ausência de perspicácia na compreensão do clima e expectativas existentes, ou seja, dificuldade de se colocar no lugar do preterido e tentar entender como ele elaborava a questão.

Por outro lado, nada justifica, e até corrobora a escolha recair em outro colaborador, que alguém se deixe levar ao desespero, pelo simples fato de não obter algo que esperava, comportamento próprio do público infantil.

Decepções não são muletas para abdicação da luta. Ao contrário, deveriam constar na lista dos mecanismos de superação, dos incentivadores da resistência.

É preciso absorver o impacto da frustração, no menor tempo possível, e lembrar sempre: sua qualidade independe do cargo que ocupa, sua reputação vai muito além dos limites da empresa onde atua no momento.

Portanto, insira mais afinco em sua determinação, mais vigor em seu cérebro, mais energia em sua alma. É apenas mais um desafio, encare-o de frente e reverta o processo, ainda que isso ocorra em uma outra empresa.

                                                                                          Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 18 de outubro de 2020

SUPRASSUMO

 


Tem gente que se considera o suprassumo, muito próximo de estar entrando para o seleto grupo das divindades. Consideram-se excelentes em tudo que fazem, como fazem, onde fazem. Narizinhos empinados, sob o olhar complacente e entediado, ob­servam a trajetória dos demais mortais, acompanhando aqueles que foram eleitos para viver na mediocridade, com um certo desconforto. Soberba dez, humildade zero.

Mais impressionante, é a reação de admiração, exaltação, idolatria e até excita­ção, demonstrada pela plebe que desprezam. São os paradoxos, mecanismos cujas reações são exatamente contrárias às expectativas que, teoricamente, provocariam. Talvez a prova de que não somos tão racionais assim. Alguém faz um barulho qualquer, e pelo efeito “manada”, seguimos a multidão, sem conhecer ou sem que­rer saber para onde estamos sendo conduzidos.

Quantos desencontros desastrados a humanidade presenciou em sua história, vítima de decisões dessa natureza. Ao seguir os passos equivocados do personalismo, da ânsia por líderes, viu-se metida em guerras, massacres, misérias, destruição, mas ainda não aprendeu a lição, talvez porque goste da posição de massa de manobra, desprezando a capacidade de reflexão, por comodismo ou ausência de educação.

Vamos retornar ao ponto de partida, os suprassumos. Pessoas que acham ter atingido o topo do conhecimento e se sentem poderosas por isso. Dizem ter al­cançado a excelência. Será?

Excelência, na minha opinião, é uma linha de chegada que sempre se afasta quando dela nos aproximamos, cobrando ainda mais empenho, dedicação e pai­xão pelo que se faz, num movimento contínuo. É preciso ser humilde no enten­dimento que somos eternos aprendizes, necessitados do conhecimento e sempre dependentes das ações que resgatem os sonhos de nossas mentes e os tornem reais.

Como podem ter atingido a excelência, pessoas que desprezam princípios bá­sicos para obtenção da excelência? Não faz sentido, é um processo de aprimora­mento infindável, constante, enraizado no convívio sadio com outras pessoas, que abrange conhecimentos e experiências vivenciadas, que vai muito além de uma conquista individual e passa a ter o caráter coletivo, pelo pressuposto da participa­ção de muitos, para almejar sua possibilidade.

Portanto, suprassumos, sempre é tempo de retomar o bonde da história, descer do pedestal e refazer suas trajetórias na qualidade de cidadãos comprometidos, canalizando o potencial que representam, para a construção de um mundo melhor para todos. Não é só uma decisão acertada, é uma decisão necessária, que inclui aí, a salvação da própria alma.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Integridade

 


Integridade

Poucas virtudes são tão avassaladoras quanto a integridade. Um ser íntegro é aquele completo, reto, justo, inatacável, perfeito em sua condição humana. Faz parte de uma elite, aquela que não abre mão dos seus valores, ainda que o mundo convide a isso. Pessoas que cultivam o bem e o bom caráter, acima de qualquer tentação, mesmo que isso resulte em reveses.

São os santos, os anjos, que convivem conosco e, invisíveis, passam por seres normais. Não são! Pertencem a uma dimensão diferenciada, carregam nos ombros o fardo da esperança, da crença no amanhã. Ainda que discretos, representam a possibilidade de continuidade da espécie humana. Espalhados por aí, num número bastante considerável, exercem o sacerdócio da esperança, utilizam a logística do exemplo e seguem o princípio da soma e multiplicação.

Agem pela convicção do amor, da gratidão e do perdão. Há coerência na firmeza dos posicionamentos, nas virtudes que exprimem o sentimento a favor do outro, não importa quem seja, origem, condição social. Encaram os homens com firmeza, mas enxergam suas almas frágeis em busca da liberdade perdida na ausência de luminosidade, cobertas pelo manto do individualismo, da paixão pelo ter e desprezo pelo ser.

Modernos, utilizam os recursos tecnológicos, porém, não deixam de lado gestos, atenção, olho no olho, em razão disso, são confundidos com extravagantes quando, na realidade, ao estabelecer contatos onde há cumplicidade, sentimento e emoção, simplesmente, agem, humanamente. Essa humanidade é o grande diferencial!

Provavelmente fazem parte de sua vida, mas pelas características da invisibilidade, sentidos destreinados, provavelmente, não lhes permitiram identificá-los. Procure lembrar-se do último acolhimento, da última palavra de carinho, do incentivo despretensioso, do abraço, da palavra certeira, do resgate em momentos delicados de sua vida. Quem estava ali?

Estão por aí mesmo, talvez você seja um deles, entretanto, se não for, há sempre a oportunidade de sê-lo, o potencial é o mesmo, as oportunidades também, basta força de vontade, desejo de ter uma vida com sentido, útil para si e para todos, capaz de revolucionar o mundo a partir da recuperação, valorização e crença no amor, precursor de toda manifestação de integridade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Cair do cavalo

 


Você já deve ter passado por um momento de desequilíbrio! Tipo causador de um escorregão, de um tombo, de um estatelamento lamentável, aquele que sempre acontece na presença de inúmeras testemunhas, via de regra.

E os desequilíbrios resultantes da falha de conexões dos neurônios? Uma olhada de lado e quando retorna ao que fazia, o que fazia mesmo? Ou então uma palavra tão usual e, no exato momento que mais necessitava dela, não há meio de se manifestar? E quando alguém lhe chama pelo nome? Você olha, olha, olha! Quem é essa pessoa, meu Deus? Momentos que lembram o som emitido pelos computadores quando algo falha. Aquele “tum”, o branco total, pagador de incríveis micos.

Certa vez, para exibir seus dotes de cavaleiro, montou num cavalo, desses de estância turística que refuga a possibilidade de se distanciar muito de seu estábulo. O danado foi até determinado ponto e, mesmo com a rédea curta, fez questão de retornar ao ponto de partida, sob o olhar triunfante e cínico de seu treinador, um senhor de idade avançada e um mal humor estranho para uma atividade turística. Soltou para todo mundo ouvir “esses bostas da cidade não conseguem tirar meus cavalos daqui”, com um risinho de deboche.

Não se deu por vencido, ainda mais que a assistência era grande e o sorriso debochado lhe causou indignação. Desmontou, pegou no chão uma pequena haste de madeira que lhe serviria para fazê-lo cavalgar e montou de novo. O bicho percebeu a intenção e já começou a querer lhe tirar de seu lombo. Esperneou, empinou, mas não o intimidou. Só com o zunido da vara no ar, sem acertá-lo, percebeu que era melhor colaborar. O velho olhando com o canto do olho!

Subiu ladeira acima, em grande estilo. O bicho ficou manso, recebeu seus afagos de gratidão, tornou-se parceiro. Cavalgou um pouco lá no alto, mas tinha que retornar para permitir o passeio de outros turistas. Foi o que fez, ladeira abaixo, a galopar em boa velocidade, para impressionar a assistência. Bem na curva, próximo da linha de partida, a sela se deslocou para baixo.

Por sorte, aprendeu a deixar só as pontas do sapato no estribo e foi o que lhe salvou de um vexame maior, o de ser arrastado até aquele homem ranzinza e mal humorado. Todo mundo preocupado, inclusive seus filhos e esposa, que correram até onde estava, mas ele se levantara e limpava a calça da poeira acumulada no atrito com a terra. Nada demais havia ocorrido, fora o constrangimento do tombo.

As rédeas já nas mãos daquela figura antipática, que se aproximou também, provavelmente para mais uma de suas tiradas. Antes que abrisse a boca, ouviu a batatada, que todo mundo escutou: “tem uns bostas no campo que falam muito, mas nem sabem selar o cavalo que oferecem para montaria.”. Passou batido e levou o animal para descansar, tentando disfarçar o aborrecimento. Confessou, mais tarde, que não tinha o hábito de apertar muito a sela, porque os cavalos não saiam dali.

Mico generalizado! E como podemos aproveitar esse episódio para aprender sobre comportamento no ambiente corporativo e evitar o famoso “tum”?

Primeiro, antes de se aventurar a montar em um cavalo estranho, verifique você mesmo as condições existentes para montaria. Segundo, não faça nada para impressionar terceiros, faça apenas pelo seu próprio prazer, isso alivia a carga de preocupação e você aproveita muito mais a cavalgada. Terceiro, lembre-se que ambientes desconhecidos propiciam oportunidades para o inusitado, dessa forma, para realmente impressionar a assistência, utilize da prudência.

O outro lado também deixa lições! Primeiro, nunca despreze alguém porque veio de onde veio. Não existe um local definido para apresentar grandes talentos. Segundo, esteja onde estiver, trabalhe com bom humor, respeito e consideração por seus clientes. Terceiro, dê sempre o seu melhor, não importa o quanto isso lhe custe agora, faça tudo como se o usuário final fosse você. Jamais treine ou capacite alguém para o confinamento. Ao contrário, apresente-lhe a liberdade, o espaço, os inúmeros caminhos, os novos horizontes.

Afinal, todos devem contribuir, de alguma forma, para que ninguém caia do cavalo!

                                                                                                                                                                                    Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 27 de setembro de 2020

Arame farpado!

 


A cerca de arame farpado lhe impedia a passagem.

Todas as tentativas causavam ferimentos, sangravam, doíam, cutucavam, avisavam para recuar. Não suportando vencê-la, recuava para abrandar o sofrimento.

Mirava-a! Aquela estrutura circular, de pontiagudas farpas, tinha tanto poder, causava enormes estragos, alimentava seus temores, limitavam seus passos.

Admirava-a por seu poder de contenção, ao mesmo tempo que se perguntava: “quem a colocou ali?”. Tanta maldade, só poderia ser obra de inimigos perversos, gente sem coração, disposta a destruir seus valores mais caros.

Foi assim, por muito tempo! Não havia alicate, porteira, picareta e pá para tentar uma passagem subterrânea. Nada, só a incômoda acomodação: relacionamentos imprecisos, empregos insatisfatórios, talentos tolhidos, alegrias abafadas, restava a cerca, solidão em meio à turba.

Tanta pressão ameaçou-lhe a depressão!

Foi socorrida! Alguém perguntou: “em tempos bicudos, onde escondeu seu sorriso?” e o sorriso surgiu tímido, suficiente para iluminar o que estava apagado.

Conquistou maior brilho ainda, quando provocado: “que tal reconstruir com a matéria esquecida do seu melhor?”. E refletiu: “qual o meu melhor?”.

Seu melhor estava por vir! Reunidas as sobras da negativa experiência, havia talento, desejos, sonhos, só faltava respeito, amor próprio, mudar de direção.

Incrível, de repente, sumiu a cerca farpada, não pertencia à paisagem, era sua alma cercada que gritava por socorro, por óbvia atenção.

Surpreendeu-se ao perceber o colorido em sua volta! Tanto tempo limitado a passos curtos, horizontes próximos, dores antigas. Ousou encarar o céu azulado de um dia ensolarado, sentiu acolhimento, renovação, decisão.

Fixou o olhar para o alto, repensou: “Por que não a mudança?”.

Num gesto de humildade, resgatou memórias, libertou-se do trágico, das considerações alheias. Ousou enxergar-se, reconciliou-se com a verdade, sua verdade, paz para o passado.

Superada, a cerca fantasmagórica deixou lugar à espaços livres, percursos abertos, temores abrandados, salvo conduto ao risco de errar. Emergiu nova criatura, aceitou deixar de se importar com as miudezas para agarrar-se ao projeto de ser feliz com o que tinha e com aquilo que ainda conquistaria.


domingo, 20 de setembro de 2020

O copo ao meio

 


Já ouviu aquela história sobre o copo meio cheio ou meio vazio, com certeza. Se já ouviu, por que venho perturbar sua cabeça com esse papo novamente? Realmente, é algo antigo! Para alguns otimistas o copo está meio cheio, para os pessimistas, meio vazio, ou seja, faz lembrar aquela antiga máxima da física que diz tudo depender do ponto de referência.

Podemos estar em movimento ou não, podemos visualizar uma curva e de outro ponto de referência, uma reta. Dessa forma, precisamos sempre esclarecer de qual posição observamos determinado fato. Aí está o segredo, só posso afirmar tal coisa, se essa coisa estiver referenciada, posto que, poderá existir mais do que uma verdade.

Quando palestrantes sugerem associação entre otimista e pessimista, ao ver metades distintas de um copo, pode haver uma inversão de valores. Por exemplo, quem observa o copo meio vazio, poderá enxergar a oportunidade que existe na metade vazia do copo, no sentido de preenchê-la e, de repente, tornar pessimista quem enxerga meio cheio e se satisfaz com essa resposta.

Aliás, podemos reformular alguns conceitos. Por exemplo, o copo está cheio ou vazio em relação a que? Ao líquido ou ao ar que contém? Se despejarmos a água para um copo menor, qual seria a impressão? E, se ao contrário, um copo enorme? Hora, o volume é o mesmo, mas assume dimensões distintas, de acordo com o recipiente utilizado.

Quanto vale meio copo d’água para quem está sedento? E para quem está tomando um refrigerante, qual valor do mesmo meio copo d’água? Alguns, ao ver um copo pela metade de água, simplesmente, lançam o líquido pelo ralo. Outros, entretanto, podem aproveitá-lo para molhar uma planta, por exemplo.

O fato é que não importa o conteúdo e toda parafernália de observações, explicações, conceitos, dinâmicas. Importa o ponto de referência. Esse sim define as razões pelas quais você concluiu alguma coisa sobre determinado fato, o restante é mera especulação, uma tentativa de moldar o raciocínio livre das pessoas.

Tachar alguém pela resposta que deu, como otimista ou pessimista, é mais uma das tentativas de enquadramento da diversidade na unicidade. E o interessante é que as pessoas incorporam o raciocínio como verdade, enquanto se distanciam da capacidade de reflexão e, se de fato, aquilo tem sentido, até mesmo, se tem validade didática.

Ainda prefiro algo mais determinante para citar como exemplo. Lembro-me de um texto onde dois vendedores, representantes de uma empresa de calçados, são enviados para a Índia. Um encaminha seu relatório para a matriz informando do equívoco existente ao enviá-lo para aquele local. Ninguém usava sapatos. O outro, diz em seu relatório que aquela é a oportunidade de sua vida e que realizará grandes vendas, pois naquele país ninguém usava sapatos.

Vejam “ninguém usava sapatos” é uma constatação da observação, uma referência idêntica. O que fazer dela é uma opção efetiva, que pode distinguir atitudes consideradas otimistas ou pessimistas. Observaram bem a palavra “pode”? Mesmo que sirva para identificar um comportamento humano, é preciso cuidado para não ferir também o princípio da inteligência, a sua e a dos outros, que permite interpretações distintas, observações inesperadas, conclusões desconcertantes.

Enfim, lembre-se do ponto de referência, antes de rotular alguém.

Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 13 de setembro de 2020

“Homo Fungo”

 


Talvez você conheça, talvez conviva com alguém dessa natureza, talvez trabalhe com esse fenômeno ou, pelo menos, já tenha ouvido falar sobre os exemplares mais pitorescos da espécie. Gosto de apelidá-los de “homo fungo” e classificá-los distantes dos fungos que não fazem mal e auxiliam a humanidade na proteção contra pragas, em alimentos, na alimentação ou como decompositores naturais. Esses fazem mal sim, para os outros ou para eles mesmos.

Querem exemplos? É só correr os olhos, agitar a lembrança ou puxar pela memória. Vê se não são conhecidos alguns conceitos sobre certas características marcantes. Temos o “homo fungo” bolor ou mofo, obcecado por permanecer sempre na mesma, nunca sai do lugar ou tem disposição para mudanças. Na sua casa, é um “ajuntador” de coisas empoeiradas, quase um colecionador de trecos inúteis. No trabalho, é mais conhecido como o que não tira o traseiro da cadeira, nem por decreto, exceção para horário de refeição ou saída.

O bolor está no pensamento, na dificuldade de participação, na intolerância por trabalho em equipe. É um organismo simples, sem qualquer tipo de pretensão, pronto a não colaborar com nada, disposto a criticar qualquer coisa que lhe perturbe o sossego, segue arrastando, ou melhor, sendo arrastado pela vida.

O “homo fungo” micose, aquele que gruda e coça muito. Você quer se livrar dele, mas não consegue. É o cidadão pegajoso por natureza, aquele que elogia se tirar algum proveito, trabalha somente quando está sob supervisão, tem a característica da mala sem alça, nos relacionamentos familiares e profissionais. É de sua índole bajular ou puxar sardinha para seu lado. Exímio galanteador dos superiores e eficaz no autoelogio assume realizações que jamais foram suas, sem o menor constrangimento.

É aquele que chega pensando em abafar, com piadinhas sem graças, quer roubar a festa, mas a grande roubada é estar ao seu lado, porque a coceira começa a incomodar, de tal forma que as pessoas vão se afastando e, mesmo assim, ainda ficam com aquela sensação de ardência, porque a lembrança teima em permanecer. É preciso dar um tempo para desanuviar. Esse incômodo não tem remédio que cure, só a paciência.

Finalmente, apresento o “homo fungo” parasita, especialista em sugar energia, confiança, alegria. Vive para retirar de terceiros todo entusiasmo, reduz a pó qualquer tentativa de estar bem, feliz, realizado. No lar, nada está bom, mas não faz ou realiza coisa alguma, apenas critica os outros que tentam fazer, mas como um soberano, quer que lhe sirvam o tempo todo. É aquele que acredita que todos têm deveres e somente ele, direitos.

No ambiente corporativo, faz questão de marcar posição, normalmente, contrária a qualquer coisa que possa representar o sucesso de alguém. Argumenta sem conhecimento, poda conversas, quando não tem o que dizer, inventa algo do tipo “se a coisa estourar quero ver o prejuízo”, às vezes, tão completamente sem sentido, mas com tanta veemência, que consegue desestabilizar o proponente. Duro é tê-lo em posição de comando, aí sim o estrago é bem maior.

E agora, conseguiu visualizar a presença de alguns deles? Tenho certeza que sim! Suas características são inconfundíveis e marcam presenças onde quer que estejam. Não é preciso um grande esforço para identificá-los, porém, conviver com essas pragas não é tarefa das mais agradáveis. É preciso serenidade e capacidade de reação adequada para espantá-los. Não se trata de eliminação, trata-se de ter consciência do que podem causar e provocar. Diante disso, capacitar-se para combatê-los, é essencial.

Antes que destruam suas resistências, aprender a dizer o que pensa, diretamente, para cada um deles, é um bom passo. Ter conhecimento e segurança evitará que interfiram em suas vidas de modo negativo e, finalmente, estar de bem com a vida, aumentará seu potencial combativo. Um ambiente arejado, repleto de luz, respeito e autoconfiança, pode não eliminar, mas afasta esses fungos e impede sua proliferação.

                                                                                                                                                                                     Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 6 de setembro de 2020

Propósito é só proposta?



Você acha que, realmente, foi inútil a tentativa de realizar aquele projeto que mantinha sua cabeça ocupada, na certeza de um incrível sucesso?
A dor que sentimos, quando a frustração participa do resultado, não é nada agradável. Após dias, meses, anos de preparo, ajustes, certeza de concretização, uma rasteira era tudo o que não se contava.
Feito tsunami, arrasta as expectativas criadas, invade as proteções internas, ataca com violência o inconsciente que reverbera no consciente ao registrar a amargura, ao catalisar as energias negativas em transtornos, meio caminho andando para a depressão.
Mas não se impressione. O tempo é limitado para essas ocorrências, quando o propósito não se perde diante do aparente fracasso. Questão de horas ou até dias para que os efeitos sejam neutralizados e o serão!
Não porque o impacto foi pouco, os estragos desprezíveis. Ao contrário, atingiram brios, abalaram convicções, assustaram, impuseram a dúvida sobre a capacidade de realização, além do custoso tempo dispensado para a missão.
O propósito esteve ali, não se perdeu! O essencial não se confunde ou desaparece com a frustração! Continua firme, atrelado às crenças, valores, objetivos de vida, significados, importâncias. É o bem maior que levamos em nossas almas e desejamos compartilhá-lo com o mundo.
Esse desejo é a fonte de águas renováveis, limpas, fresquinhas que saciarão a sede provocada pelo tropeço. Trarão compreensão, maior lucidez, revisão dos posicionamentos, reengenharia a partir de informações depuradas, provocadoras de novas tentativas, jamais de desistência.
É preciso discernimento entre o que é propósito e proposta. Proposta serão inúmeras em cada momento da existência, mas proposta desacompanhada de propósito é mera satisfação de necessidades.
Proposta causa dissabores, dos pequenos aos grandes, ao não ser conquistada! É a responsável por um fardo pesado demais para ser suportado por vidas medíocres, embaladas pelo universo do poder, da ganância, do desejo exacerbado e voltado para satisfação única do próprio ego. Nesses casos, danos sérios podem ser provocados.
Quem tem propósito claro, definido, se sustenta em meio às privações, não se altera pressionado por derrotas, tombos, incompreensões. Considera-os parte integrante da caminhada, por isso, diante dos imprevistos se refaz rapidamente, segue em frente, sem medo de ser feliz.
O propósito é alimento, a existência seu campo de atuação, a gratidão pela vida a força que o sustenta, a espiritualidade o fim almejado, desde a sua elaboração!  

domingo, 30 de agosto de 2020

Olhe para dentro!



Como a muralha da China, temos uma barreira imensa construída para nos proteger dos perigos e controvérsias da vida. Aquilo que nos dá sustentação está seguro atrás dessa coluna, onde ninguém, livremente, pode transpô-la, onde nada pode ser expurgado, tão somente, trabalhado!
Fronteira entre o consciente e inconsciente, o que somos, como chegamos, o quanto percorremos, registros dos temores, acervo das histórias, atrás dessa muralha encontram-se os aspectos mais insondáveis de nossa existência, entretanto, o que lhe dá sustentação e guarida.
Justifica aonde chegamos, explica desvios, resguarda fragilidades, contém emoções e inúmeros mecanismos desenvolvidos para alicerçar essas mesmas justificativas. Encerra em si, princípios, valores, crenças, fortemente enraizadas ou, fragilmente, distribuídos entre os escombros dos sonhos destruídos.
Lá está a alavanca que nos impulsiona ou as amarras que nos fazem retroceder, a vibração ou apatia, o vigor que liberta ou o temor que encarcera. O mais interessante, convivem no mesmo espaço, uma unidade dividida e íntegra, sabe-se lá como.
Inútil ignorá-la, inútil desprezá-la, ela é a própria vida contada através da utilização dos materiais disponibilizados para construí-la. Carinho, afeto, desprezo, compreensão, exemplos, imposições, violências, frustrações, amores, desilusões, amizades, traições, gratidões, reconhecimentos, tristezas, os mais diferentes produtos, das mais diferentes fontes, nos mais diferentes momentos.
É o seu retrato, é o nosso retrato! Encerra-se em cada um, independente, única, poderosa. Faz estragos, traz vitórias, sempre é convite para a superação. Quando se resgata todos os efeitos e se busca o entendimento, compreensão das razões e implicações derivadas, é possível alterar a trajetória e a história.
Por isso é necessário encarar a muralha quando ela se torna empecilho para a felicidade, motivo de dor, fardo pesado para se carregar sozinho. Por isso a importância da busca pelo autoconhecimento, pela estabilidade emocional, pela segurança nos procedimentos.
Estar um passo à frente, significa ter ou conquistar a habilidade de descobrir as brechas que acessam o interior da muralha, conquistá-la sem agredi-la, interceder sem criar dependências, respeitá-la porque ela lhe contará os segredos mais íntimos, amá-la porque é a sua história, a de ontem, a de hoje e aquela que ainda será escrita.
                                                                                                                                                                                                  Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 9 de agosto de 2020

Tenha fome, tenha sede!



Uma bela caminhada! É a grande sugestão de enredo para definir trajetória profissional. Se, ao final de cada etapa, essa for sua melhor definição, comemore intimamente o resultado, você cumpriu com maestria a jornada e se prepara para a próxima, em grande estilo.
Qual é o posicionamento de boa parte dos profissionais “meia boca”? “Tô aqui de passagem, não quero compromissos”; “empreguinho trampolim, só para dar um tempo”; “vou me esforçar por quê, se aqui ninguém faz nada?”; “recebo uma merreca, só faço minha obrigação”; “se quiserem melhor produtividade, me paguem por isso”.
É o tão conhecido “cumprimento de tabela”, sem interesse nenhum pela disputa do campeonato. Pessoas inclusas nesse perfil, acreditam se dar bem no futuro, também acreditam em Papai Noel, duende, fada madrinha, ou seja, ficarão na espera, enquanto crescem raízes que avançam cada vez mais na terra, imobilizando-as. 
Profissional que se preza, atua bem em qualquer palco, ainda que as condições não se apresentem como as melhores. Sabe que seu crescimento profissional está atrelado a valores que cultiva, a atitudes diferenciais que acionam dispositivos preparatórios para qualificação, habilitação e ampliação do conhecimento, fatores que conduzem, naturalmente, às oportunidades.
Ser bom naquilo que faz, não importa onde faz, com quem faz, verdadeiramente gostar ou aprender a gostar do que faz, tem uma importância vital para que a frase inicial deste texto possa se materializar na manifestação sincera de realização.
Tenha fome pelo saber, tenha sede de justiça, praticando com outros aquilo que gostaria para si. Imagine-se no papel de proprietário, quais os comportamentos gostaria de ver presente nos colaboradores, o que você valorizaria no perfil, que tipo de ação faria brilhar seus olhos, seria digno de elogios, seria passível de uma futura promoção, o que inspiraria amar sua equipe e dar um enorme prazer de atuar junto deles?
Respostas obtidas, inverta agora a situação e caia na real. São esses os seus posicionamentos quando atua numa empresa? Você faz brilhar os olhos de alguém? Você atua para futura promoção? Você promove o trabalho em equipe e tem prazer de atuar no meio de seus colegas? Se houver coerência, você se realiza, caso contrário, o caminho é o das pedras, sem grandes perspectivas.
Opte pelo caminho da satisfação, essa carga positiva que ao ter contato com seu cérebro libera substâncias relaxantes, desintoxicantes, prazerosas, motivadoras. Seja alguém sensacional no mundo corporativo, para que seu mundo se torne também sensacional, repleto de boas surpresas e gratas conquistas.
É possível que a felicidade lhe dê o ar de sua graça!
Texto do Livro "Pensar para sair do lugar"