Fortes influências,
capazes de se fixar em seu cérebro, consciente e inconsciente, explica as razões pelas quais você é o que é, age como age, pensa como pensa,
vive como vive.
Nem deu os primeiros
passos e já foi bombardeado por sensações boas e ruins. Afetos, desprezos,
acolhidas, sons, vozes, anunciavam o que estava por vir, enquanto iniciava sua
jornada, naquele mágico ambiente líquido. Posteriormente, os vínculos, os
exemplos, os relacionamentos, os medos, as emoções, a carga genética,
acrescidas, ainda, dos inquestionáveis instintos, preservadores da espécie, eis
aí o resultado: você!
E o incrível, apesar de
todas as probabilidades que apontam pela igualdade, você é um ser único, dotado
de competências próprias, dono de seu nariz, único exemplar, uma raridade
surpreendente. Ainda assim, alguns optam por desqualificar essa característica
incomum no reino animal e se prestam ao terrível papel do cidadão de segunda
classe, permitindo que terceiros tomem conta de sua vida, a ponto de perder a
habilidade de reflexão, a paixão pela vida.
É o esposo, a esposa,
que buscam cercear a liberdade do outro em nome de um suposto amor; é o
poderoso que induz à típica submissão dos humildes, é o sistema econômico ou
político que prefere cidadão desprovido de crítica para alçar seus projetos
limitadores. Por outro lado há aquele que se sente confortável em não assumir
responsabilidades, deseja ser conduzido, despreza a liberdade, entrega sua preciosidade
em nome do horror diante da menor dificuldade.
O que lhe faz forte não
está no outro, está em você. Às vezes você esquece disso e permite que alguém
tome para si esse papel. Lembre-se, ao abrir espaço para o outro, abra o espaço
do compartilhamento, nunca o de sua essência. Honre seu passado, honre a
herança genética recebida de seus antepassados, mais que isso, honre cada
célula, cada elemento de sua constituição. Essa estrutura elaborada por um
artesão sem igual é pura energia, não a consuma em causa perdida.
Quando a tendência
estiver forte na direção oposta, procure as respostas em seu interior. Procure
entender em qual momento se perdeu a convicção do amor próprio e trate de
resgatá-la, o mais rápido possível. Isso justifica a presença de alguém que lhe
ajude a entender a si mesmo, um pescador de alma, aquele anjo que atende pelo
nome de amigo, ou daquele profissional que navega nas ondas da Psicologia.
Aí deixa de ser invasão,
aí é compartilhamento da solidariedade, do conhecimento que favorece a
libertação, resgata você para a vida e lhe dá coragem para seguir fiel a sua
origem.
Texto do livro "Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional"
LEVE PARA CASA O NOVO LIVRO DA SÉRIE "PENSAR PARA SAIR DO LUGAR"