Se existe uma pessoa a quem você deve explicações sobre seus atos,
essa pessoa é você. Pode parecer um tanto egoísta, mas ninguém, ninguém mesmo,
sofrerá ou se sentirá pior diante de um deslize.
Ah, mas a pessoa atingida está arrasada. Ok, um problema sério,
que precisa ser corrigido e o será, bem mais facilmente. E você? E a sua
consciência, seu amor-próprio, esfacelados; quem poderá ajudar na reconstrução?
Assuma o deslize, peça perdão se atingiu alguém com seu erro ou
pela mágoa causada, retire da pedra bruta ensinamentos, vire a página e siga em
frente!
Eternizar o resultado é atitude de duvidosa eficácia; nada sai do
lugar e a paralisia enrustida, além de não auxiliar, carrega em sua perpetuação
a possibilidade do surgimento de outros problemas, talvez mais graves, como o
descontrole emocional.
Deixe fluir em seu interior a água corrente da superação e
renovação. O líquido que continha o gosto amargo de uma ocorrência, irá se diluir,
cada vez mais, durante o percurso, até que resquícios ínfimos não terão o poder
de perturbar o seu sossego.
Descarte a obrigação de nunca cair. Quem nunca caiu, não aprendeu
a se equilibrar numa bicicleta e muito menos na vida.
Considere a oportunidade de poder se levantar quando muitos não a
tiveram. Isso talvez não amenize os estragos de um deslize, mas com certeza, se
converterá num bom argumento para seu enfrentamento.
Trate as feridas, os arranhões; deixe o tempo cuidar do resto.
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