sábado, 23 de outubro de 2021

Deslize não é o fim

 


Se existe uma pessoa a quem você deve explicações sobre seus atos, essa pessoa é você. Pode parecer um tanto egoísta, mas ninguém, ninguém mesmo, sofrerá ou se sentirá pior diante de um deslize.

Ah, mas a pessoa atingida está arrasada. Ok, um problema sério, que precisa ser corrigido e o será, bem mais facilmente. E você? E a sua consciência, seu amor-próprio, esfacelados; quem poderá ajudar na reconstrução?

Assuma o deslize, peça perdão se atingiu alguém com seu erro ou pela mágoa causada, retire da pedra bruta ensinamentos, vire a página e siga em frente!

Eternizar o resultado é atitude de duvidosa eficácia; nada sai do lugar e a paralisia enrustida, além de não auxiliar, carrega em sua perpetuação a possibilidade do surgimento de outros problemas, talvez mais graves, como o descontrole emocional.

Deixe fluir em seu interior a água corrente da superação e renovação. O líquido que continha o gosto amargo de uma ocorrência, irá se diluir, cada vez mais, durante o percurso, até que resquícios ínfimos não terão o poder de perturbar o seu sossego.

Descarte a obrigação de nunca cair. Quem nunca caiu, não aprendeu a se equilibrar numa bicicleta e muito menos na vida.

Considere a oportunidade de poder se levantar quando muitos não a tiveram. Isso talvez não amenize os estragos de um deslize, mas com certeza, se converterá num bom argumento para seu enfrentamento.

Trate as feridas, os arranhões; deixe o tempo cuidar do resto.

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