domingo, 26 de setembro de 2021

A raridade está em você!

    

Fortes influências, capazes de se fixar em seu cérebro, consciente e inconscien­te, explica as razões pelas quais você é o que é, age como age, pensa como pensa, vive como vive.

Nem deu os primeiros passos e já foi bombardeado por sensações boas e ruins. Afetos, desprezos, acolhidas, sons, vozes, anunciavam o que estava por vir, en­quanto iniciava sua jornada, naquele mágico ambiente líquido. Posteriormente, os vínculos, os exemplos, os relacionamentos, os medos, as emoções, a carga genética, acrescidas, ainda, dos inquestionáveis instintos, preservadores da espécie, eis aí o resultado: você!

E o incrível, apesar de todas as probabilidades que apontam pela igualdade, você é um ser único, dotado de competências próprias, dono de seu nariz, único exemplar, uma raridade surpreendente. Ainda assim, alguns optam por desqualifi­car essa característica incomum no reino animal e se prestam ao terrível papel do cidadão de segunda classe, permitindo que terceiros tomem conta de sua vida, a ponto de perder a habilidade de reflexão, a paixão pela vida.

É o esposo, a esposa, que buscam cercear a liberdade do outro em nome de um suposto amor; é o poderoso que induz à típica submissão dos humildes, é o sistema econômico ou político que prefere cidadão desprovido de crítica para alçar seus projetos limitadores. Por outro lado há aquele que se sente confortável em não assumir responsabilidades, deseja ser conduzido, despreza a liberdade, entrega sua preciosidade em nome do horror diante da menor dificuldade.

O que lhe faz forte não está no outro, está em você. Às vezes você esquece disso e permite que alguém tome para si esse papel. Lembre-se, ao abrir espaço para o outro, abra o espaço do compartilhamento, nunca o de sua essência. Honre seu passado, honre a herança genética recebida de seus antepassados, mais que isso, honre cada célula, cada elemento de sua constituição. Essa estrutura elaborada por um artesão sem igual é pura energia, não a consuma em causa perdida.

Quando a tendência estiver forte na direção oposta, procure as respostas em seu interior. Procure entender em qual momento se perdeu a convicção do amor próprio e trate de resgatá-la, o mais rápido possível. Isso justifica a presença de alguém que lhe ajude a entender a si mesmo, um pescador de alma, aquele anjo que atende pelo nome de amigo, ou daquele profissional que navega nas ondas da Psicologia.

Aí deixa de ser invasão, aí é compartilhamento da solidariedade, do conheci­mento que favorece a libertação, resgata você para a vida e lhe dá coragem para seguir fiel a sua origem.

                                           Texto do livro "Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional"

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