Aceitar-se para aceitar, ou ter a necessária clareza para poder, ao entender com o que se está lidando, encontrar alternativas que levem à sua compreensão, aceitação e superação, rumo às alternativas de mudanças, não é só ação inteligente, é ação libertadora.
O cerco aos que sofrem do mal da incompreensão é terrível. Na
ausência do entendimento, esfacelam-se os mecanismos de proteção da saúde
física e mental.
Quantas pessoas conhecemos ou fomos informados, cuja debilidade
não se colocava à mostra em suas atitudes visíveis aos olhos da sociedade?
Uma proteção que incluía ótima apresentação pessoal, alegrias
constantes nas mídias sociais, dedicação às atividades profissionais, simpatia,
disponibilidade, nada de “não”, só “sim” para todos e presença constante em
tudo.
E, de repente, depressão, angústia, doenças. Quem poderia
imaginar? Aquela pessoa, tão segura, querida, admirada; deprimida? Não pode
ser... Pode sim!
Nossa compreensão de fatores externos é muito maior do que as dos
fatores internos, aqueles que expressam o que se é, a essência, a maturidade ou
a falta dela. Até fugimos deles, porque também queremos nos espelhar nas coisas
glamorosas.
Mas é ali, onde a exploração toca em assuntos delicados,
experiências malsucedidas, desilusões, arrependimentos, frustrações, onde nada
pode ser disfarçado ou suprimido, que está a verdade, o eu verdadeiro.
É preciso adquirir coragem para poder encarar essa aventura ao “país”
da realidade nua e crua. Nada fácil, vai exigir paciência, talvez auxílio
profissional, entretanto, determinação é a palavra-chave, até que tudo se
encaixe e as aparências deixem de existir, abrindo alas para o bloco “aquilo que
se é”.
E você, já encarou?
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