Desde quando a comemoração do Natal necessita de aval sanitário,
autorização governamental ou intervenção, de qualquer natureza, para ocorrer?
É hilária a preocupação em determinar o mecanismo de comemoração,
o número de participantes, os detalhes do que pode ou não ser realizado.
A dimensão humana, quando afasta-se de sua essência espiritual,
passa a cometer o desvario da soberba.
Independente da causa, a morte sempre nos causa preocupação.
Luta-se pela vida!
Hemingway citou em uma de suas obras, trecho do poema de John
Donne, que diz: “A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do
gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram
por ti”.
Todos têm a sua importância; os sinos do amor, dos sentimentos
afetuosos, dos relacionamentos que encantam, badalam em nossos corações e as
perdas são sempre sentidas.
Mas equivoca-se quem confunde a morte com a comemoração da vida, e
da vida em abundância, que nos é oferecida em memória Daquele que a venceu.
Não é o número de participantes que importa; é secundária a mesa
farta; os enfeites, os presentes. Indispensável, mesmo, somente o espírito
natalino, inspirado pela Divina presença do Menino Deus.
É preciso sentir a vida, na extensão humana e espiritual, para
compreender o significado da Noite Santa, a dimensão da esperança, da fé, da
salvação que representa.
São 2020 anos de exaltação ao Mestre dos Mestres. Como um vírus
pode impedir sua celebração ou tolher a manifestação no sentido de diminui-la?
Não pode, não é capaz, impossível; o vírus é físico, o Natal é
espírito e os sinos dobram por Ele: o Cristo Luz, o Cristo Vida, o Cristo
Esperança, o Cristo Criança, o Cristo Amor.
Nada impede a comemoração, nem você de comemorar!
Feliz Natal! Cuide-se e não deixe de comemorar! Um iluminado 2021
aguarda por sua presença!
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