Custa admitir que um cidadão pode ser
bem-sucedido por seus méritos. É menos doído “cornetear” os atributos negativos
que, “imaginados”, contribuíram para esse sucesso.
Aí vem a ladainha: no trabalho, é “puxa-saco”,
ou serviu a propósitos pouco elogiáveis, ou é parente, amigo, amante, qualquer
coisa que o valha para curar a “dor de cotovelo”.
No casamento, é sempre o parceiro que não teve
compreensão, sensibilidade, provocou a discussão ou deixou chegar ao fim, como
se fosse possível esquivar-se da responsabilidade mútua pelo equilíbrio
matrimonial.
Na política, melhor nem tecer comentários, já
que discutir virou sinônimo de batalha e racionalizar tornou-se “palavrão”. O comportamento
predominante é o de torcedor de futebol, que xinga, odeia o time e a torcida
adversária, sem ter a menor ideia das razões desse comportamento.
Esse é o sentimento que fica quando projetamos
em outros as impressões que são nossas. Uma olhada de viés; aquele disfarce ao
olhar para alguém e que revela sua real intenção.
Imediatamente descoberta, sem graça, a
preocupação é dissimular. Parece um “cachorro com o rabo entre as pernas”, após
ser tocado de algum lugar onde sua presença incomodava.
E assim caminha a humanidade, até que fenômenos
naturais, “choque de retorno”, em contínuo movimento circular, acabam
atingindo, em cheio, os que teimam em definir o mundo através de seu raciocínio
miúdo.
Quem percorreu essa estrada, sabe que não
compensa apontar o dedo para o próximo e sim em sua própria direção. Dedicar-se
à construção de um interior fortalecido, gerador dos estímulos necessários para
conquistas diferenciadas, estimuladoras dos encantamentos profissionais e
pessoais.
O resto é pura perda de tempo.
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