domingo, 26 de dezembro de 2021

Vaso quebrado

 

    A palavra tem força, muita força, um peso extraordinário. Interfere nos humores, abala emoções, alavanca ou destrói vidas, transforma ou imobiliza, arrebata ou afasta, ilumina ou escurece, sempre deixa rastros, ainda que já silenciada.

A favor ou contra, é assim que muitos utilizam desse fator evolutivo da comunicação. A manifestação verbal encontra morada nas mais díspares personalidades, porém, algo em comum a faz semelhante quando seu som é captado por outros ouvidos, o potencial para transformar a realidade.

Guardadas as devidas proporções entre vida social e profissional, o uso da palavra irá encantar ou decantar em qualquer um dos ambientes. Encantar nas ressonâncias positivas, incentivadoras de bons comportamentos, de atitudes dignas, mobilizadoras, capazes de promover bons movimentos de mudanças. Decantar, no esforço de separar as impurezas, os traumas e dramas ocasionados por palavras enviesadas, duras de digerir e, potencialmente, capazes de aniquilar esperanças.

Esse será o embate constante, destinado a separar aqueles que se utilizam da palavra como forma de elevação da condição humana e daqueles que a utilizam como degradação dessa mesma condição. Trabalho árduo e disciplinado para aqueles que conseguem visualizar as características mais íntimas dos candidatos, futuros protagonistas do mundo corporativo.

Existe a confiança e a desconfiança, a sinceridade e a falsidade, a convicção e a reticência, a certeza e a dúvida, tudo embutido na palavra e na forma de pronunciá-la. O tom, o timbre, a altura, denunciam uma particularidade, decisiva para o fim que se destina, os ouvidos de terceiros.

Cuide bem de suas palavras, faça-as seguras e sustentadas nas atitudes e exemplos. O pior orador é aquele que discursa um discurso que não se sustenta, vazio pela ausência do fundamento essencial da honestidade. Quando se depara com profissionais dessa categoria, tem-se um ambiente aflitivo, onde impera a confusão e o medo de fazer dos ouvidos pinicos.

Lembre-se, um vaso quebrado, será sempre um vaso quebrado, mesmo que seja totalmente restaurado, com perfeição, ainda será um vaso quebrado. É assim que acontece quando se perde o controle sobre as palavras, escorregaram de sua boca, explodiram no cérebro de outros e os cacos não mais serão colados.

                                         Trecho do livro "Pensar para sair do lugar - Crescimento pessoal e profissional"


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domingo, 19 de dezembro de 2021

Reputação

 

Reputação, o que isso significa para você? Qual é o local onde, ao adentrar, ela lhe escora ou lhe derruba?  Enfim, na sua percepção, em que patamar ela está definida?

É bom que saiba, antes de responder, que não é você que irá definir a reputação que ostenta, mas os outros. Trata-se de um conceito, reflexo das consequências de suas atitudes, dos impactos causados, dos movimentos provocados.

Mas é possível avaliar, mesmo superficialmente, através das reações pessoais, nos ambientes frequentados, se você está bem ou mal quanto a esse quesito.

A reputação é uma construção, sem previsão para término, constante, permanente, que se utiliza de blocos opacos ou transparentes para erguer suas paredes.

Quanto mais usados, os blocos opacos impedem a passagem da luz, induzem à escuridão. Selado em sua interiorização, impossível projetar as ressonâncias de seus valores para o mundo externo; em qualquer circunstância você será um corpo sem brilho, fechado para balanço.

Já os blocos transparentes permitem a liberdade da luz, que entra, sai, flutua, reverbera, permite a visualização do seu interior sem qualquer esforço. Translúcida, atinge rapidamente o nível de compreensão, revelador da alma que habita um corpo presente.

Quanto de transparência você tem utilizado na construção de sua reputação? Como pretende fazer prosperar a sua obra?

São diversos os motivos para que ela permaneça enclausurada. O principal talvez esteja atrelado ao medo da revelação, do julgamento, da insegurança.

São também amplas as razões para superar tais barreiras, quem sabe a mais notória esteja relacionada com o prazer de viver uma vida com sentido, livre de opressões, que não esteja restrita aos limites da empresa, onde você atua, mas que esteja incorporada ao seu cotidiano, como algo libertador.

Consolide sua reputação!

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sábado, 11 de dezembro de 2021

Observe o que diz

 

O rótulo que acompanha um produto, oferece especificações e dados para sua correta utilização. Quantas vezes você se preocupou em ler as instruções? Quase nunca, não é mesmo?

Mas é um hábito que devemos adquirir para evitar transtornos futuros, possíveis aborrecimentos ou até mesmo alguns desastres. Tomei juízo quando ao encostar o ferro quente, numa camisa novinha, tatuei sua base na coitada.

Na vida é assim também, ela vai nos oferecendo instruções, alguns as observam, outros deixam que as roupas se queimem. Qual a sua preferência?

Estamos numa imensa passarela dotada de instrumentos de informações e persuasões incríveis. Se os observarmos atentamente, talvez os níveis de importância que damos para valores, conceitos, modos de encarar os acontecimentos, poderiam ser revistos ou reforçados.

Enquanto há caminhada, é possível reter o que é digno de nota, direcionar as expectativas, definir propósitos, alterar a rota, reconhecer os erros, resistir nos acertos. Só é proibido ficar estático, sem esboçar qualquer reação, diante de tantos sinais lançados.

Existe uma força extraordinária que parece engendrar mecanismos de soluções para as percepções afloradas enquanto se percorre a longa trajetória.

Se as antenas estiverem abaixadas, pouca coisa poderá ser captada. As etapas vencidas nada de positivo acrescentarão à jornada, cada vez mais pobre e sem graça.

É preciso atenção afiada, compreensão dos detalhes, ânimo para a análise dos apontamentos e, principalmente, entusiasmo para seguir em frente, jamais aceitar como definitivos e imutáveis, qualquer tropeço.

Tropeços são as consequências de quem caminha. Só não tropeça quem resolveu parar e se tornou o próprio tropeço. Fora isso, a satisfação do percurso estará na constante superação e correção dos possíveis desacertos, na busca pelo equilíbrio.

Ocorreu-me uma frase de um livro infanto-juvenil, que não me recordo o autor e o título da obra, mas que apontava: “enquanto houver vida, viverei”. Em resumo, é isso!

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domingo, 5 de dezembro de 2021

Múltiplas escolhas

 

Persiste, no imaginário de muitos, que liberdade é ausência de compromisso, dispor dos recursos disponíveis (físicos, intelectuais, materiais, espirituais, profissionais) da maneira como bem se entender, sem importar-se com as consequências de cada gesto, palavra ou ação.

Liberdade. na ausência de sintonia com o “outro”, aproxima-se da construção de alicerces para prisões, caminha em direção à soberba, rigidez descabida, ignorância, sordidez. Saber distinguir, resistir se necessário, a essas tentadoras manifestações, poderá evitar o risco de ocupar uma das celas preparadas.

Enfim, viver é um teste de múltiplas escolhas. Todas podem ser, total ou parcialmente, verdadeiras. A liberdade está aí, é a sua vontade que crava a resposta no gabarito.

As consequências das escolhas, bônus e ônus, não têm jeito, serão herdadas, imediatamente, por você.  

Por isso, sempre que o abalo for traiçoeiro, repentino, apavorante; resista embarcar, de imediato, em barcos furados.

Resistir não é ato violento, é declaração de amor pela vida, evidência de que a liberdade pode não ser apenas ficção desprovida de fundamentos, mas resultado do compromisso e do desejo de conquistá-la.

A recompensa virá quando o que aprisiona for percebido como celas sem chaves, onde fechaduras imaginárias as mantêm lacradas; ao menor contato com a realidade o ranger das dobradiças escancarará a luz das oportunidades, retida enquanto a opção pela prisão permaneceu interiorizada.

É a sua vontade que liberta ou aprisiona. Resistir é a essência da superação.

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domingo, 28 de novembro de 2021

O tempo retroage?

 

É só escolher entre a ou b? Se fosse assim, as decisões certeiras seriam unanimidade. O importante é saber o que você faz com a opção escolhida.

Como será trabalhada, aprimorada, quais as emendas necessárias, evolução, aprendizado?

Essas respostas sedimentarão a escolha, como positiva, negativa ou neutra. A neutralidade é a confirmação do equívoco, a negativa exigirá encontrar novas alternativas e a positiva ampliará a responsabilidade pela continuidade.

Portanto não são só as escolhas, mas o que fazer delas!

O que você tem feito com as suas? Quais as opções de suas escolhas abriram ou abrirão novas portas para a continuidade de seu projeto de vida?

São questões simples, mas objetivas, com implicações extensas, duradouras, permanentes e insubstituíveis. Feito está feito e ficará marcado, considerada a impossibilidade de retornar no tempo e a escassez do mesmo a medida que avança.

Ninguém deve ter a ilusão quanto aos resultados das escolhas: boas, estrategicamente elaboradas, trabalhadas com afinco, apontam para resultados alentadores; ruins, resta refletir sobre as razões do fraco desempenho, juntar os cacos e partir para outra.

Como já observado, o tempo é matreiro, sagaz, não permite que se repasse pela mesma fração, de sua passagem, além de uma única vez. Isso lhe traz poder, ou melhor, lhe confere o poder imensurável da irretroatividade, que muitas vezes pretendemos desprezar.

Passou, passou, não tem jeito, nem volta. O que permite voltar é a inteligência, capaz de analisar o passado para obter respostas no presente que permitam escolher entre novas opções, aquela com chances de acerto.

Permanecer no “quadrado” errado, querer ocupar aquele que não lhe pertence, exagerar na euforia, desprezar caminhos alternativos, se recusar a observar outros “quadrados”, por conforto ou temor, resvalam na mesma possibilidade de chegar, ao fim da jornada, flertando com a frustração.

Qualquer realização futura estará atrelada ao bom desempenho diante das escolhas realizadas e dos tipos de opções escolhidas para fortalecê-la. O resto é balela, conversa para “boi dormir”, pura perda do imprescindível tempo.

Pense a respeito!

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domingo, 21 de novembro de 2021

Sem confusão


Nós somos nós em qualquer espaço que ocupamos. Não tem como deixar na portaria os seus sentimentos e valores ao adentrar na empresa.

O comportamento é que não pode ser o mesmo, porque as razões para estar naquele local são de outras esferas e não se confundem com os relacionamentos familiares e sociais.

Levar ao ambiente profissional os conflitos particulares e querer resolvê-los como se em casa estivesse é, no mínimo, bizarro.

Quantos atritos inúteis, desvios de objetivos ocorrem quando a confusão se instala. Sentimentos de desprezo, insatisfação são lançados abruptamente, desconcertando, acinzentando e desestabilizando a condução serena de determinado tema.

Debater é essencial para o crescimento do grupo, desde que o debate se paute pela diretriz racional e desatrelada da imposição, própria dos que se acham detentores da verdade.

Os resultados, nessas ocasiões, são sempre promissores. O medo de expor ideias se dilui, pois o risco de ser ridicularizado não se sustenta, já que o objetivo é comum, necessita de divergências e alternativas para lhe dar consistência.

Há construção de um alicerce sólido, embasado na importância que todos detêm na condução da empresa e perspectivas de novos horizontes. Uma sintonia, verdadeiramente fina, dissipa possíveis desvios ou tentativas pouco profissionais nas abordagens do dia a dia, diminuindo os riscos de conflitos pessoais.

Enriqueça o seu trabalho com valores, experiências, ética, dedicação, bons exemplos, mas acima de tudo, contribua para que se respire um ar saudável de colaboração e respeito entre todos. Você marcará para sempre a sua presença! 


Reflexões de cabeceira:



domingo, 14 de novembro de 2021

Inevitável

 

É imensa a dor quando as expectativas não se concretizam. Imagine uma mulher apaixonada que vê, em seu futuro marido, a possibilidade de um relacionamento amoroso equilibrado, de respeito, de crescimento, fulminantemente interrompido por agressões físicas ou morais.

Como mensurar o sofrimento daquela criança sem atenção dos pais, sem a educação direcionada para o bem, abandonada em sua sorte, íntima da tecnologia, lamentavelmente distante do carinho, dos valores que marcam a infância e propiciam a maturidade sadia.

O que dizer ao dedicado colaborador, que buscou de todas as formas honrar a confiança nele depositada pela empresa, agiu com retidão, dedicou-se a oferecer o seu melhor para que a jornada de trabalho se tornasse realizadora, mas um líder de araque aparece, detona com sua prepotência toda o ambiente corporativo e o acusa, sem qualquer razão, de ser um “zero à esquerda”?

Qual o sentimento gerado em um empresário que promove o funcionário no qual confia, conhece o potencial, aposta suas fichas em sua competência. Repentinamente, o impacto doído, estarrecedor da traição, verdadeiro conto do vigário finalizado por um desvio de verba?

Situações decepcionantes, capazes de deixar cicatrizes abertas por muito tempo; afinal, parte de uma vida foi tolhida e esse tempo não volta mais, para tentar de novo, de uma outra forma.

Recuperar-se irá demandar tempo, paciência, serenidade e fé em seu próprio poder de superação. Passa, como tudo passa na vida, mas causa aborrecimentos que poderiam não ter ocorrido ou, com um mínimo de claridade, seriam evitados.

A claridade, aliás, é uma ótima companhia. Evitaria a escolha de uma parceria indesejável, uma paternidade irresponsável, um líder despreparado, um trabalhador sem escrúpulos.

Abriria a porta para o sucesso, em suas diversas manifestações, de acordo com o significado que cada pessoa lhe dá, diminuindo bastante as chances do fracasso.

Se acaso você vivenciou situações como as descritas, não se perturbe e deixe a resposta por conta do Universo, afinal, sucesso é uma conquista, não um assalto.

Aos conquistadores o reconhecimento, aos assaltantes a decadência futura, inevitável.

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