quarta-feira, 6 de março de 2024

Ausência de cores

 

Ausência de cores

Querem que você desista, que nem tente, que nem arrisque! Inúmeras alegações atingem seus ouvidos, todas querendo minar sua essência desbravadora, sua força vital.

Cuidado! Entregar-se pode significar anular-se, apagar a luz e mergulhar na ausência de cores.

Resista! Concentre e canalize energias no combate à benevolência e contra o submundo do desânimo. Que seja de rápida permanência, para que as garras não finquem marcas profundas em sua vontade.

A vida é uma sequência de altos e baixos! A média foge da matemática fria dos números que apontam um comportamento, constatam um momento, dão consistência à estatística. A média é fornecida pela capacidade de superação!

Superar é ir além de uma visão irreal da própria capacidade, mas saber-se capaz. E todos podem atingir patamares bem mais elevados quando conscientes dessas perspectivas.

Inexiste o limite.  Existem: o trajeto, a aventura do risco, a resistência às tormentas e à dificuldade de encarar restrições plantadas na dureza dos dias.

Afinal, como anda a sua contabilidade nesse quesito? Aliás, você sabe o que é? Ou o confunde com ilusão, teimosia? Murro em ponta de faca só machuca!

Deixe disso! Saiba que superar é o enfrentamento dos demônios internos, sejam eles quais forem. Pode ser a penosa missão de perdoar, pode ser um grito calado, pode ser uma mão que se recusa a estender ao semelhante ou um negócio estratégico.

Tanto faz, porque você vence um dia ao dormir e você se prepara para triunfar sobre um outro ao acordar. A trilha é superação, um desafiar constante.

É para os fortes, no entanto também para os fracos, os deprimidos que esperam sedentos por transformações. É para os que vibram nas menores conquistas, não se apropriam das grandes vitórias. Ao contrário, a compartilham com cada um que fez parte da história.

É o último estágio do agradecimento, o maior gesto de gratidão possível para um ser exagerado em alternativas e tão frágil em seus conflitos.

É iluminação para uma alma desgastada, descolorida e infeliz. A porta que abre a passagem para sua verdadeira humanidade. Quase sinônimo de felicidade!

Trecho do livro "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida"





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