Problemas e soluções

 

Problemas as empresas têm, as famílias têm, você têm. Viver não é tarefa simples, céu azulado, flores perfumadas, sem sobressaltos, estável.

Está mais para um campo de incertezas, onde jogadores entram sem instruções técnicas, para enfrentar adversários desconhecidos e atentos à regra principal: "se virem".

Você chega ao local de trabalho na certeza de um dia lindo e recebe a péssima notícia da demissão. Para onde vai a alegria? Após uma noite especial, o casal enfrenta uma repentina doença da criança, que lhes furta o sono, e a vida prossegue no dia seguinte. Como ficam as rotinas de preocupações?

Claro, há compensações extremamente prazerosas, bem mais frequentes que as que não o são, mas elas não pesam, não desestabilizam, não fazem desmoronar, ou seja, os efeitos produzidos são bem mais amenos do que as que chegam como furacões, derrubando tudo.

Lidar com isso? Sim, por que não?

Primeiro, seja lá qual for o problema, ele já está na lista das probabilidades humanas e um pouco de estabilidade emocional fará menos incômodos os seus efeitos.

Isso não significa deixar de sentir ou de expressar sentimentos, frustrações, decepções, mas entender que tudo é passageiro, que o hoje é vivido e o amanhã encontrará os seus próprios rumos.

Não era bem o que esperava ou pretendia? Tudo bem! Quais as necessidades que devo suprir para superar essa questão e restaurar a harmonia estremecida? Como ou de quais elementos, físicos, intelectuais, espirituais devo me fortalecer para seguir em frente?

Essas atitudes incentivam soluções, diminuem o tempo de letargia, do susto tomado, do tempo perdido em autocomiseração. Você se torna proprietário de suas rédeas e cavalga para onde pretende chegar, num galope bem mais veloz.

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Capacidade cognitiva

 

Quem curte previsões futuras, busca por videntes ou se baseia em fatos, acontecimentos, indicativos que permitam alicerçar a construção de novos fundamentos.

Quem se prepara, tem que ter o conhecimento como balizador de toda a aventura que se seguirá. Sem ele, o desempenho pífio e as consequências desastrosas deixarão marcas doloridas, cicatrizes abertas, legado da imprudência e do desleixo.

Não significa inexistência de turbulências. Nenhum céu é de brigadeiro. Lidamos com a imprecisão dos desenhos da vida. Tudo pode acontecer, mudar totalmente o cenário ou até com ele desaparecer. Só não se admite a ausência deliberada do preparo.

Leia, acompanhe, avalie, entenda, ouça, veja, sinta, desfrute de todas as possibilidades enriquecedoras dos botões que acionam a percepção do conjunto, nunca do isolamento.

A obra de arte, necessita do artesão para lhe dar forma, colorido, emoção. Assim também o é na obra da sua vida, que tem você como protagonista, insubstituível na missão de criar o belo, imprescindível em sua execução.

Somos criaturas constituídas de múltiplas matérias. Carregamos em nossa estrutura corporal os elementos distribuídos no Universo, mas algo extraordinário dotou-nos da capacidade cognitiva. Dispensar esse presente é negar a própria condição humana.

Faça uso dele, abuse mesmo! Quanto mais acionar essa incrível capacidade, mais próxima estará a recompensa da colheita, e os frutos serão doces, saborosos, energizantes.

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RH, lobos e ovelhas

No sentido figurado, o lobo representa o facínora e a ovelha a vítima pacífica, sem chance de defesa. São figuras que propiciam reflexões abrangentes sobre os mais diversos tópicos dos relacionamentos profissionais.

Os “lobos” possuem inúmeras qualidades, muitas delas apreciadas, até desejadas ou mesmo necessárias em determinados ambientes, mas são “lobos”, devoradores de “ovelhas”.

As “ovelhas”, do mesmo modo, por seu comportamento pacífico, tranquilo, dócil, rotineiro, habitam o imaginário, como sendo criaturas inofensivas, cujo principal objetivo é o de se alimentar e oferecer lã (produtividade) aos dedicados pastores, mas são “ovelhas”, potenciais refeições dos “lobos”.

Nesse cenário hipotético, os “pastores” representam a segurança das “ovelhas” e o temor dos “lobos”. Sem “pastores” atentos, caminho livre para o ataque certeiro e evasão das “ovelhas” ou imolação de uma ou várias.

Pronto, definidas as identidades, as empresas (campos), seus proprietários e acionistas (pastores) atuam no sentido de ter ovelhas (colaboradores) sem a companhia desestabilizadora dos “lobos” (lideranças devoradoras de ovelhas)?

Lembre-se, a produtividade está na lã oferecida pelas ovelhas (seu suor, compromisso, dedicação) responsável pelos resultados obtidos pela empresa. Se na linha de produção, um “lobo” é instalado, as chances de melhoria na produtividade, aumenta ou diminui?

O mesmo ocorrerá em todos os departamentos onde os “lobos” assistem às “ovelhas” com a complacência de seus “pastores”: produtividade baixa, debandada constante de “ovelhas”, crises intermitentes, prejuízos, desgastes na confiança, lentidão na marcha, engessamento estrutural.

Uma das características dos “lobos” é a inteligência e astúcia. Para ter o privilégio de rondar as “ovelhas”, se desdobram em apreços aos “pastores” que, seduzidos, acabam por ignorar o “x” da questão e trocam as “ovelhas” e não “os lobos”.

Qual o papel deve desempenhar um bom departamento de Recursos Humanos na empresa? Evitar a chegada dos “lobos” ou ter olhos para ver, ouvidos para ouvir e boca para alertar aos pastores que os “lobos” estão fazendo a festa.

SERÁ UM PRAZER CONTAR COM A SUA PRESENÇA!

Procure a inspiração

 

Entusiasmo é uma das palavras admiráveis de nosso vasto vocabulário. Vem lá do grego, “inspiração divina”, algo que ultrapassa o limite de nossa compreen­são, mas se torna visível nas ações humanas, distinguindo entre um e outro pro­fissional, uma e outra pessoa. Como separador de águas, aparta seus portadores do risco da mediocridade.

Testemunhas apontam a presença, a inveja lhe faz sombra, o desdém procura comprometê-lo, mas não tem jeito, sua força aniquiladora parece indestrutível. Tranquila, distante dos alvos comuns, arrebata seguidores e segue seu caminho.

Quanta felicidade poder contar com colegas de trabalho impregnados de seu perfume. O pessoal da diferença, que arregaça as mangas, que enfrenta os desafios, que aguarda com tranquilidade pelas mudanças, que serenamente contribui para o sucesso do outro, convicto que não se trata de atitude piegas, mas da percepção correta daquilo que significa, realmente, sucesso.

Poderiam ser muitos, não fosse o descuido de empresários e lideranças desa­tentas, que declinam do poder de favorecer essa presença luminosa, agindo como abafadores de sua manifestação. Talvez por desconhecimento, ou mesmo por des­preparo, realizam ações descomprometidas, evasivas, discriminatória, que fazem morrer na nascente, rios que poderiam adubar seu negócio.

Talvez esqueçam dos sonhos que acalentavam, o quanto de entusiasmo fez parte de suas próprias histórias. Talvez por um lapso do destino, tenham confundi­do adjetivos e decretado o divino como pecaminoso, perigoso para suas ambições. O fato é que deixaram de lado uma ótima oportunidade de proporcionar mais luminosidade no ambiente de trabalho. Paciência! O tempo, sempre senhor da razão, irá cobrar, a qualquer momento, o preço dessa sandice.

Pronto!

Se existe algo capaz de ser diferencial, na busca por melhores desempenhos na carreira profissional, é a de ser ou estar sempre inconformado, como o incômodo dos calçados apertados, aqueles que perturbam os pés quando se caminha e a melhor parte do dia é o alívio, quando deles livramos os pés.

Não compreenda o inconformismo no sentido de insatisfação consigo, com o papel que desempenha ou de estar de mal com o mundo. Isso está para a Psicologia e não faz parte do sentido proposto.

A ideia é canalizar os esforços para deixar de ser apenas coadjuvante num processo que nada acrescenta, partir para ser destaque, despertar interesse, sem que isso signifique adquirir a pecha de “mala sem alça”.

Todas as empresas que foram constituídas têm um fundamento inquestionável, se for séria: o propósito de permanecer atuando por um longo período.

Isso significa que há um interesse ferrenho na permanência futura, dependente de inúmeros fatores, dentre eles, o da reinvenção constante, adaptações necessárias, inovações imprescindíveis.

Cenário dos mais propícios para prestigiar aqueles que não se conformam com a mediocridade e demonstram, por atitudes, ações, empenho, a vontade de contribuir para esse fim.

Como se dá a contribuição sem ser o “chato de galocha”, muito longe de ser o puxa-saco de plantão? Basta o discernimento e a coragem. Discernimento que ative a percepção do momento adequado e coragem para posicionar-se quando isso ocorrer.

Assim, nas oportunidades que surgirem, deixe a sua opinião, faça questionamentos pertinentes, demonstre interesse na busca por soluções ou melhorias, jamais seja o “zero à esquerda”.

Fora isso, cuide bem de sua conduta como profissional, honre os princípios fundamentais que destacam os bons dos maus, se esforce para servir da melhor forma possível e esteja com a disposição, sempre renovada, na busca por ser hoje melhor que ontem, pronto para o amanhã.

 

Líder?

 

Tanto se fala acerca de liderança! Inúmeras questões já foram e serão levantadas. Teorias bem elaboradas, outras nem tanto, acusam tendências, revelam características, buscam perfis. Qual o significado de tanta atenção ao tema?

Primeiro, é preciso compreender que liderança é um conjunto de atributos, harmônicos. Depende de relações humanas para sua contextualização e mensurabilidade. Qualquer pessoa pode ser líder? Vai depender da interpretação daquilo que se considera líder.

Às vezes, líder sequer é apontado como tal, mesmo sendo. Já ouviram falar a respeito de seguidores de alguém, sem que esse alguém soubesse que os tinha? Pois é; acontece! São os líderes que arrastam pelo exemplo; criam sinergias pelo modo de encarar as vicissitudes, despertam, ainda que rejeitem racionalmente, o desejo do apostolado.

Em contrapartida, aí, vem a confusão, despontam os falsos líderes. Aqueles que se apossam do título sorrateiramente e não da essência. Criam dependências nada naturais de relacionamentos, normalmente, mãos dadas com o poder financeiro ou com o poder outorgado por terceiros. Eles são opacos, desprovidos de luz própria, necessitam da luz artificial para projetar suas sombras nos indivíduos.

Há lideranças que se despontam naturalmente, sem o menor esforço, sem imposição, simplesmente, acontecem. São seres predestinados, que aguardam o momento exato da exposição de seus talentos. Existe, paralelamente, um universo de fatores que podem alterar a trajetória do mortal, fazendo-o um líder em ascensão.

Como a simpatia, que é natural e impossível de aquisição através dos ensinamentos, uma liderança efetiva, tende a uma característica bastante importante, a empatia, a percepção do próximo e, essa, pode ser desenvolvida.

Afinal, para você, o que é um líder?  Quem é seu líder? Quem é a sua materialização do conceito de líder? Já pensou nisso? Já se questionou se você é uma liderança? Para quem?

Antes de responder, lembre-se de que a noção de liderança é uma invenção humana para justificar o que não se justifica com o raciocínio, mas com a emoção. Somente quando ela é tocada, a liderança é revelada. É isso!

Para onde vai?

 

Já comentei sobre a importância da tecnologia, os cuidados necessários para dela não se tornar escravo ao se esquecer de exercitar o cérebro real, aquele mesmo, que concebeu avanços tão impressionantes nesse campo da atuação humana.

Preocupa-me a utilização desmedida, a atenção na desimportância, o tempo desprezado em futilidades que nada acrescentam, a não ser permitir o embotamento do raciocínio, que deixa de ser crítico e passa a ser leniente, sem a ousadia da reflexão.

Se me fosse permitido observar, de cada tela de usuário, quem é, o que faz, como utiliza os recursos maravilhosos da tecnologia, o que será que eu encontraria? Qual seria o propósito de cada um em sua utilização? Como o ambiente em que vivem, a educação recebida, os valores cultuados impactaram na rotina daquilo que recebem e transmitem? Missão quase impossível, mas que possibilita considerações genéricas.

Quanto mais entretenimento inútil os olhos capturam, maior o tempo destinado a esse fim e menor aquele destinado à ampliação da própria consciência, quase letargia, que impede o senso crítico e o raciocínio lógico.

A ausência de sinapses inovadoras, enquanto o tempo em “câmera lenta” persiste, causará prejuízos no trabalho e nos relacionamentos sociais, já que menor será o número de pessoas capacitadas para a inovação, consequentemente, menos dispostas a encarar ao convívio com as diferenças, com os conflitos.

A opção de estar em frente a tela autoriza ser aquele que não se é, como também aceita, passivamente, a realidade superficial de um mundo perfeito, onde todos são sorrisos, sucessos, destaques, enfim, a isca necessária para a continuidade do isolamento.

Nesse espaço de ausências, o que dizer sobre caráter e valores? Aí, a coisa pega, as máscaras atuam, o desrespeito é regra. Gente covarde, desprovida de humanidade, destilam veneno, opinam sobre o que não entendem, difamam, humilham, espalham mentiras, com uma vantagem competitiva: não têm rosto, raramente serão desmascaradas.

Não sou crítico da tecnologia, mas de seus maus usuários. Há muito mais coisas boas do que ruim, sei bem disso. Temos ferramentas sensacionais, tão desprezadas nesse espaço obscuro onde reside a “força do mal” e isso causa preocupação.

O alerta é para que as pessoas avaliem criticamente o que estão fazendo ou recebendo virtualmente, para que eliminadas as interferências, as ondas benéficas prevaleçam e a luz volte a clarear os cérebros hipnotizados.