Entusiasmo é uma das
palavras admiráveis de nosso vasto vocabulário. Vem lá do grego, “inspiração
divina”, algo que ultrapassa o limite de nossa compreensão, mas se torna
visível nas ações humanas, distinguindo entre um e outro profissional, uma e
outra pessoa. Como separador de águas, aparta seus portadores do risco da
mediocridade.
Testemunhas apontam a
presença, a inveja lhe faz sombra, o desdém procura comprometê-lo, mas não tem
jeito, sua força aniquiladora parece indestrutível. Tranquila, distante dos
alvos comuns, arrebata seguidores e segue seu caminho.
Quanta felicidade poder
contar com colegas de trabalho impregnados de seu perfume. O pessoal da
diferença, que arregaça as mangas, que enfrenta os desafios, que aguarda com
tranquilidade pelas mudanças, que serenamente contribui para o sucesso do
outro, convicto que não se trata de atitude piegas, mas da percepção correta
daquilo que significa, realmente, sucesso.
Poderiam ser muitos, não
fosse o descuido de empresários e lideranças desatentas, que declinam do poder
de favorecer essa presença luminosa, agindo como abafadores de sua
manifestação. Talvez por desconhecimento, ou mesmo por despreparo, realizam
ações descomprometidas, evasivas, discriminatória, que fazem morrer na
nascente, rios que poderiam adubar seu negócio.
Talvez esqueçam dos
sonhos que acalentavam, o quanto de entusiasmo fez parte de suas próprias
histórias. Talvez por um lapso do destino, tenham confundido adjetivos e
decretado o divino como pecaminoso, perigoso para suas ambições. O fato é que
deixaram de lado uma ótima oportunidade de proporcionar mais luminosidade no
ambiente de trabalho. Paciência! O tempo, sempre senhor da razão, irá cobrar, a
qualquer momento, o preço dessa sandice.