sábado, 2 de janeiro de 2021

Dinâmica da Inteligência

 

Provocação é uma bela palavra para ser incorporada ao nosso dia a dia. Devemos nos sentir provocados a mudar e mudar para melhor, enriquecendo a vida a cada novo desafio.

Se os avanços tecnológicos já não são capazes de nos causar perplexidade, em função da velocidade com que são apresentados, que tal causar perplexidade adotan­do novas posturas diante das provocações?

Utilizando a dinâmica da inteligência podemos verificar que um grande pro­fissional não é aquele que está ocupando lugar de destaque nos gráficos da empre­sa. Isso também é importante, mas o essencial é o que virá pela frente, contando sua história.

Atitude é a palavra-chave. O grande profissional não se curva diante da adversi­dade, não se encolhe diante do problema, não diminui diante da incerteza, não vacila diante da concorrência. Não deixa de sonhar, crescer, evoluir. Vivencia a ética e a compartilha com todos: colegas, clientes, adversários.

Essa é a razão de não conseguir se utilizar da dinâmica da inteligência sem um pretexto forte. A apatia de muitos está diretamente conectada à ausência de razões. É preciso ter por quem e por que lutar, com entusiasmo. É preciso cumprir um pro­cesso de satisfação, cada vez mais amplo e envolvente.

Um ser humano insatisfeito consigo mesmo não encontrará energia para de­senvolver ideias, criar e muito menos incentivar o desenvolvimento de outrem que, na essência, é o que mais nos traz satisfação. A insatisfação é a antítese do potencial expansivo do cérebro, onde nada se renova, onde se estabelece o inócuo, o vazio, o vácuo, a ausência de inspiração.

Optar por seguir um caminho ou outro é uma escolha individual, intransferível, mas é sempre bom avaliar, pesar até que ponto chega nossas pretensões diante do que virá. Poderemos nos tornar protagonistas de grandes mudanças ou renunciar a tudo isso, em nome da eterna mediocridade.

                                                                                          Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 27 de dezembro de 2020

Decisão

 

O que nos leva a seguir em frente chama-se determinação. Uma ação determi­nada elimina a periferia que contorna o poder de uma decisão, dela tentando nos afastar. É preciso sempre avaliar, mas avaliar para decidir. Ficar em cima do muro é para partidos políticos, não para executivos. Executivos avaliam, todavia decidem!

Iniciamos o processo de tomar decisões em tenra idade. A vida é uma prova de múltiplas escolhas. Sempre tem aquela que parece resposta correta e não é, aquela pegadinha, montada em cima de um alçapão que sempre atrai, confunde e aquela absurda, que nada tem a ver com a matéria, entretanto, o despreparo faz com que seja assinalada. Também existem respostas corretas, diversas alternativas, e precisamos marcar apenas uma delas, como se o examinador estivesse nos provocando, inserindo a opção da dúvida.

Decisão! Um peso muito grande para muitos e, para outros, uma simples rotina, alguns se descabelam, outros, incólumes, agem com naturalidade, uns perdem a vida e outros nem perdem o sono. É assim, em cada fase da vida, uma bifurcação aguar­dando pela decisão. Vai ser festejada ou lastimada, mas o passo será dado, sob pena de retrocesso, de mesmice ou até de morte.

Ingrediente presente nas decisões: preparo! Sem ele, riscos, dos mais contunden­tes, dos mais variados, dos mais assustadores. Quem decide sem preparo não é líder, é aventureiro. A empresa que lhe confiou o poder da decisão está em maus lençóis, uma nau suscetível a problemas, passageira de uma aventura que poderá ser bastante desagradável, amarga mesmo.

Cuidado é pouco! Esteja preparado, vá atrás da informação, conheça à exaustão, avalie o ambiente, cenários, participantes. Busque subsídios que atenuem a possibi­lidade desses mesmos riscos, ampliando a de sucesso. Só não peque pela famigerada indecisão ou de meias decisões, após a escolha do caminho.

Aí seria ouvir a sentença condenatória: lamentável! Merecidamente!

Texto do livro "Pensar para sair do lugar"

domingo, 20 de dezembro de 2020

A Luz está próxima!

 


Desde quando a comemoração do Natal necessita de aval sanitário, autorização governamental ou intervenção, de qualquer natureza, para ocorrer?

É hilária a preocupação em determinar o mecanismo de comemoração, o número de participantes, os detalhes do que pode ou não ser realizado.

A dimensão humana, quando afasta-se de sua essência espiritual, passa a cometer o desvario da soberba.

Independente da causa, a morte sempre nos causa preocupação. Luta-se pela vida!

Hemingway citou em uma de suas obras, trecho do poema de John Donne, que diz: “A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

Todos têm a sua importância; os sinos do amor, dos sentimentos afetuosos, dos relacionamentos que encantam, badalam em nossos corações e as perdas são sempre sentidas.

Mas equivoca-se quem confunde a morte com a comemoração da vida, e da vida em abundância, que nos é oferecida em memória Daquele que a venceu.

Não é o número de participantes que importa; é secundária a mesa farta; os enfeites, os presentes. Indispensável, mesmo, somente o espírito natalino, inspirado pela Divina presença do Menino Deus.

É preciso sentir a vida, na extensão humana e espiritual, para compreender o significado da Noite Santa, a dimensão da esperança, da fé, da salvação que representa.

São 2020 anos de exaltação ao Mestre dos Mestres. Como um vírus pode impedir sua celebração ou tolher a manifestação no sentido de diminui-la?

Não pode, não é capaz, impossível; o vírus é físico, o Natal é espírito e os sinos dobram por Ele: o Cristo Luz, o Cristo Vida, o Cristo Esperança, o Cristo Criança, o Cristo Amor.

Nada impede a comemoração, nem você de comemorar!

Feliz Natal! Cuide-se e não deixe de comemorar! Um iluminado 2021 aguarda por sua presença!

domingo, 6 de dezembro de 2020

Corneteiros

 


Custa admitir que um cidadão pode ser bem-sucedido por seus méritos. É menos doído “cornetear” os atributos negativos que, “imaginados”, contribuíram para esse sucesso.

Aí vem a ladainha: no trabalho, é “puxa-saco”, ou serviu a propósitos pouco elogiáveis, ou é parente, amigo, amante, qualquer coisa que o valha para curar a “dor de cotovelo”.

No casamento, é sempre o parceiro que não teve compreensão, sensibilidade, provocou a discussão ou deixou chegar ao fim, como se fosse possível esquivar-se da responsabilidade mútua pelo equilíbrio matrimonial.

Na política, melhor nem tecer comentários, já que discutir virou sinônimo de batalha e racionalizar tornou-se “palavrão”. O comportamento predominante é o de torcedor de futebol, que xinga, odeia o time e a torcida adversária, sem ter a menor ideia das razões desse comportamento.

Esse é o sentimento que fica quando projetamos em outros as impressões que são nossas. Uma olhada de viés; aquele disfarce ao olhar para alguém e que revela sua real intenção.

Imediatamente descoberta, sem graça, a preocupação é dissimular. Parece um “cachorro com o rabo entre as pernas”, após ser tocado de algum lugar onde sua presença incomodava.

E assim caminha a humanidade, até que fenômenos naturais, “choque de retorno”, em contínuo movimento circular, acabam atingindo, em cheio, os que teimam em definir o mundo através de seu raciocínio miúdo.

Quem percorreu essa estrada, sabe que não compensa apontar o dedo para o próximo e sim em sua própria direção. Dedicar-se à construção de um interior fortalecido, gerador dos estímulos necessários para conquistas diferenciadas, estimuladoras dos encantamentos profissionais e pessoais.

O resto é pura perda de tempo.

domingo, 29 de novembro de 2020

É sabedoria

 


Quando em situações extremas, de alguma maneira, a proposta da ação contraria suas crenças, seus valores e princípios, cuidado! A armadilha da aceitação, será causa de apreensão futura.

Você está a um passo de tornar-se prisioneiro do erro, escravo da atitude, compromissado com alguém que lhe trará a ruína da alma, negociada pela pechincha de ser aceito.

Jamais faça nada que possa se arrepender mais tarde. Melhor enfrentar o medo, as consequências da retidão, do que amargar os efeitos do desvio de comportamento.

Não há emprego, não há pagamento, não há relacionamento, que satisfaça uma essência destruída. Pensa nisso, quando a oportunidade estiver contaminada pela maldade.

É como estar confinado em uma ilhota, no meio de um rio, cercado por jacarés. A opção de pular na água deixa de existir, resta aguardar por ajuda, se acostumar com a solidão ou tornar-se mais um jacaré, e juntar-se a eles.

Quando “pintar” a dúvida, questione: Eu condeno alguém agir dessa forma comigo?  Eu acredito que é bom, justo e necessário? É a atitude que confirma a confiança das gerações que me antecederam e daqueles que em mim confiam?

Se a condenação, o acreditar e a confirmação não provocar dúvidas, olha nos olhos do proponente e diga sim, com convicção!

Caso contrário, um sonoro não deverá ecoar por sua história.

Basta a consciência serena, que transforma a ameaça de um tremendo pesadelo, em sonho de crescimento, satisfação íntima, realização pessoal, continuidade do processo evolutivo rumo à conquista da liberdade, da excelência profissional.

O melhor dos acertos!

domingo, 22 de novembro de 2020

Como implantar qualquer coisa

 

Atenção: afirmo que não existe outra forma de implantar, seja lá o que for, esquecendo-se que a informação deve fluir por todos os cantos, para todos os níveis de usuários e interessados! Todos, significa todos! Não há exceções. Qualquer descuido, e pronto, lá se vão horas e horas de planejamento ralo abaixo.

Quando todas as variáveis e possíveis problemas tornam-se resolvidos. Quando todos os estudos apontam que é hora e momento de ocorrer o tão aguardado instante mágico da implantação, o pulo do gato está em disparar as teias de uma enorme rede de contatos, até que ela atinja os últimos e mais distantes participantes.

Cada etapa deverá ser minuciosamente programada em linguagem simples e objetiva, facilmente compreendida e rapidamente absorvida por todos. Como a uma progressão geométrica, o engajamento, o comprometimento devem aflorar naturalmente. O conhecimento será um belo diferencial e a certeza de que se está fazendo parte do processo, aliviará a alma dos aflitos e estimulará a colaboração em níveis muito mais altos.

O jogo é simples, mas deve ser jogado com muito cuidado. E cada etapa vencida tem que ser, efetivamente, acompanhada de avaliações e agradecimentos. Elogios são estímulos e fazem uma diferença inacreditável, principalmente, quando auxiliar na solução de algum entrave, daí é imprescindível. Reconhecer o trabalho da equipe é direcionar uma energia vigorosa, capaz de oferecer um retumbante sucesso, muito maior do que o vangloriar solitário possa oferecer.

Coloque para liderar, o processo de implantação, alguém que conheça todos os meandros e caminhos que deverão ser percorridos. Não precisa ser, necessariamente, alguém que conheça tecnicamente todas as etapas, porém, que tenha duas qualidades básicas: bom articulador e estrategista na comunicação, além, é claro, de ser alguém respeitado por todos na empresa.

Dessa escolha, vai depender o sucesso da caminhada!

                                                                                         Texto do livro "Pensar para sair do lugar"


domingo, 8 de novembro de 2020

Ser forte

 

Caminhava cabisbaixo, acompanhando os passos que revezavam, à vista de seus olhos, direito e esquerdo, num ritmo pouco denso, marcado pela mesma apatia que impingira à sua vida. Acabara de sair de mais uma jornada frustrante de trabalho.

Sabia que o dia seguinte seria a repetição tediosa do hoje, do ontem, do sempre. Desde que fora preterido para um cargo de confiança, como o mundo desabasse, sobreveio-lhe a imersão na mais profunda apatia.

Seu brilho apagara naquele dia, de tal forma, que a simples menção sobre o assunto, lhe causava um profundo sentimento de impotência.

Os dias se arrastavam, vagarosos, desprovidos de emoções. Como chegou a esse ponto, alguém reconhecido como ótimo colaborador? Qual o atalho que se esqueceu de seguir para, rapidamente, escapulir dessa condição lamentável de caramujo arrastando lentamente seu pesado fardo?

Existem duas explicações: a primeira sobre a insensibilidade de lideranças na empresa e, a segunda, sobre a incapacidade pessoal de lidar com revezes. Uma ou outra causam quebra na frágil estrutura emocional, criada apenas para as não decepções.

O pecado das lideranças, não está no fato de preterir o candidato a uma promoção, de jeito nenhum. Guardados os critérios de avaliações corretos e profissionais, nada há de equívoco no fato de promover alguém melhor preparado para a missão.

O mal se instala na ausência de perspicácia na compreensão do clima e expectativas existentes, ou seja, dificuldade de se colocar no lugar do preterido e tentar entender como ele elaborava a questão.

Por outro lado, nada justifica, e até corrobora a escolha recair em outro colaborador, que alguém se deixe levar ao desespero, pelo simples fato de não obter algo que esperava, comportamento próprio do público infantil.

Decepções não são muletas para abdicação da luta. Ao contrário, deveriam constar na lista dos mecanismos de superação, dos incentivadores da resistência.

É preciso absorver o impacto da frustração, no menor tempo possível, e lembrar sempre: sua qualidade independe do cargo que ocupa, sua reputação vai muito além dos limites da empresa onde atua no momento.

Portanto, insira mais afinco em sua determinação, mais vigor em seu cérebro, mais energia em sua alma. É apenas mais um desafio, encare-o de frente e reverta o processo, ainda que isso ocorra em uma outra empresa.

                                                                                          Texto do livro "Pensar para sair do lugar"