Provocação é uma bela palavra para ser
incorporada ao nosso dia a dia. Devemos nos sentir provocados a mudar e mudar
para melhor, enriquecendo a vida a cada novo desafio.
Se os avanços tecnológicos já não são capazes de
nos causar perplexidade, em função da velocidade com que são apresentados, que
tal causar perplexidade adotando novas posturas diante das provocações?
Utilizando a dinâmica da inteligência podemos
verificar que um grande profissional não é aquele que está ocupando lugar de
destaque nos gráficos da empresa. Isso também é importante, mas o essencial é
o que virá pela frente, contando sua história.
Atitude é a palavra-chave. O grande profissional
não se curva diante da adversidade, não se encolhe diante do problema, não
diminui diante da incerteza, não vacila diante da concorrência. Não deixa de
sonhar, crescer, evoluir. Vivencia a ética e a compartilha com todos: colegas,
clientes, adversários.
Essa é a razão de não conseguir se utilizar da
dinâmica da inteligência sem um pretexto forte. A apatia de muitos está
diretamente conectada à ausência de razões. É preciso ter por quem e por que
lutar, com entusiasmo. É preciso cumprir um processo de satisfação, cada vez
mais amplo e envolvente.
Um ser humano insatisfeito consigo mesmo não
encontrará energia para desenvolver ideias, criar e muito menos incentivar o
desenvolvimento de outrem que, na essência, é o que mais nos traz satisfação. A
insatisfação é a antítese do potencial expansivo do cérebro, onde nada se
renova, onde se estabelece o inócuo, o vazio, o vácuo, a ausência de inspiração.
Optar por seguir um caminho ou outro é uma
escolha individual, intransferível, mas é sempre bom avaliar, pesar até que
ponto chega nossas pretensões diante do que virá. Poderemos nos tornar
protagonistas de grandes mudanças ou renunciar a tudo isso, em nome da eterna
mediocridade.
Texto do livro "Pensar para sair do lugar"