Todos são unânimes: é preciso maximizar resultados, melhorar a
produtividade, entusiasmar as pessoas, fortalecer os vínculos com a inovação e
alavancar os números da companhia.
O assunto é tratado como algo indiscutível, quase lei. Quem ousa
dizer o contrário? Cuidado; há armadilhas! Nem tudo o que se diz,
comprovadamente, é eficaz. Existem muitas sugestões, num mercado sedento do
imediatismo.
Treinamentos, então, ao gosto do freguês! Se apresenta soluções,
aí a discussão é longa e provavelmente pouco conclusiva.
O fato é o seguinte: Alguém na empresa mensura os desfechos das
investidas na educação das lideranças ou dos colaboradores? O que surtiu boa
colheita, tornou incrível a equipe, privilegiou o rendimento e reverteu
aprendizagem em melhores atuações?
Pergunta difícil, não é mesmo? Será que compensou o investimento?
O que conta é atinar qual a pretensão, a clara percepção da situação do momento
e a consciência de onde se pretende chegar. A isso se denomina: criar condições para mensurações.
Se ao final de uma tentativa, na gestão dos recursos humanos, nada
saiu da estimativa inicial, foi mal. Avalia-se o que falhou, para evitar
repetir idêntico erro, e busca-se opção alternativa no mercado.
Certas coisas falham por inexperiência; outras, por equívocos.
Algumas falham por enganos ou pela “burrice patológica”, aquela que se faz
presente na base do raciocínio, que se revela assustadora quando alguém imagina
que a totalidade serve. Não serve!
Idêntico ao alfaiate no preparo de um terno, a decisão tem que ter
a caída exata no corpo a que se destina. Querer alcançar resultados
surpreendentes, ao contratar “mágicos”, é a mais pura ilusão. “Palhaços”? A
corporação não é “picadeiro”! “Comediantes”? Só se for para comemoração do
final de ano, quando é preciso desanuviar as tensões para preparar o próximo
período.
É necessário cuidado na contratação do profissional que suporta a
responsabilidade de harmonizar o clima organizacional, em variados aspectos, ou
tudo está fadado ao solene fracasso.
Passar conhecimento, conteúdo que vai além da ação inicial e torna-se
fonte de reflexões futuras, não é para qualquer um, muito menos para
aventureiros.
Antes de contratar, analisa-se o currículo, promova-se entrevista,
aplicam-se testes, pesquisam-se informações no mercado, subsídios
indispensáveis à admissão? Resposta sim: a melhor escolha! Não pode ser
diferente na descoberta de pessoas certas e essenciais.
Atenção ao detalhe primordial: clareza na necessidade! Busque ou
crie mecanismos que permitam saber os efeitos das ações contratadas. De zero a
dez, valeu a pena?