sábado, 7 de janeiro de 2023

A brisa

 


Como é preocupante estar sob o comando da inaptidão! Medo dos próximos passos, temor do atropelo, a indecência do recolhimento imaturo enquanto as oportunidades pululam.

A grotesca anomalia do desamparo, do se sentir no abandono, de estabelecer fronteiras instransponíveis, com a ampliação desmensurada dos parques de diversões, apelidados de zonas de conforto.

É esse o desejo? Permanecer sem movimento, operar a retroescavadeira interior para cavar o maior buraco possível e nele permanecer?

Então, uma notícia afável, alentadora para os propósitos embasados nessa letargia, é que tal cenário é muito mais acessível à conquista.

Bizarro, você diria. Mas pensa um pouco! O que é mais difícil, lutar pelos ideais ou aceitar, passivamente, o que está sendo oferecido? Ser golpeado pelas consequências de um risco ou evitá-los, para ficar de bem, com minguinhos grudadinhos, junto a seus pares?

O crescimento exige o abandono da passividade, coloca as rédeas curtas em suas mãos e você assume o controle da montaria, que muitas vezes empaca, outras vezes empina, derruba, dá seus coices, mas oferece a oportunidade deslumbrante de sentir a liberdade da cavalgada, apreciar a paisagem e chegar a um destino.

Contar com gente que inspira é uma ajuda imensa para percorrer o processo. A boa liderança é como brisa serena em manhã ensolarada. Refresca, anima, enxuga o suor, incentiva a prosseguir, com confiança redobrada, até a segurança do novo porto.

Desejo-lhe a sorte desse encontro!


Conhece?



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