domingo, 18 de julho de 2021

A esperança permanece

 

No início de 2020, os terráqueos foram surpreendidos pela presença assustadora de um vírus mutante.

As pessoas apavoradas, perdidas em meio à desinformação, acataram governantes acreditando na solução que parecia mais lógica, o isolamento social.

Nunca um vírus realizou a proeza de distanciar seres humanos, em expansão global, tão eficazmente.

Caos instalado e óbitos utilizados como ferramenta de pressão, para manter a população isolada.

O medo, ânimo “capenga”, o sofrimento alargado; além das sentidas mortes, desempregos, falências, depressões e gente assustada, acuada, desesperada.

O que veio de ensinamento? Certamente muitos, mas considero o principal, a constatação do hoje ser essencial. Não tenho a menor autoridade sobre o amanhã, apenas sobre o agora, ainda limitado às ações que eu pratico ou venha a praticar!

Uma coisa é preparar-se para o futuro, outra é viver o presente na certeza de ser, o futuro, um tempo administrável. O controle não existe, não temos essa possibilidade, felizmente!

Resta-nos a formidável consciência do poder do pensamento, que traz tranquilidade em ocasiões tão incertas, idênticas a essa; privilegia o arbítrio e o discernimento; amplia o conhecimento, expande a espiritualidade, afaga-nos com a perspectiva de dias melhores.

Pensar para sair do lugar é um tributo à lembrança desse poder libertador, confiante, destemido, revolucionário, que jamais está isolado ou submetido a um vírus de qualquer espécie ou natureza.

Prepare-se para o futuro, sem descuidar-se da atualidade. Pense para sair do lugar, contribua para a paz e para o equilíbrio no mundo. Tenha fé no amanhã e naquilo que você pode fazer, neste momento, por ele. A esperança permanece!

Texto da capa do livro (orelha) "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida". Peça o seu através do e-mail contato@alppalestras.com.br (aproveite a promoção de lançamento, R$ 45,00) ou pelo Mercado Livre, 264 páginas, R$ 49,90.


domingo, 11 de julho de 2021

Sem covardia

 

Quando teme a resposta, o covarde evita a pergunta; o reticente pergunta evasivamente para confundir a si mesmo; o seguro pergunta diretamente para livrar-se da frustração de viver na ignorância.

Quanto mais pessoas se atrevem a questionar, no caso de dúvida, nova realidade desponta, surgem pessoas preparadas para desempenhar com qualidade, conhecimento, segurança, as suas atividades profissionais e sociais.

Liderança sem questionamentos é vazia, não empondera, não desperta entusiasmo, é frágil em sua proposta, carente em seu propósito, distante, cada vez mais, de seus liderados.

Existem os que paralisam diante de um questionamento, aqueles que têm fobia ao esclarecimento ou que se recusam a doar-se naquilo que dominam: um assunto, uma matéria, um conhecimento.

O chamado egoísmo comportamental, pautado pelo receio de oferecer ao outro a informação, mesquinhamente, tratada como capaz de ser bem utilizada pelo que a recebeu, em detrimento daquele que a cedeu.

Pura bobagem egocêntrica. A melhor forma de aprendizado é quando ensinamos. Virão novos questionamento, esses sim, fontes inesgotáveis de evolução, de sabedoria.

Se acaso tenha aversão por questionar ou responder a algum questionamento, comece a rever seus conceitos, antes que sofra o atropelamento angustiante das oportunidades perdidas.

Aproveita melhor a vida, quem compreende a diferença entre permanecer sempre no mesmo estágio e permitir-se avançar.

No primeiro caso, letargia; no segundo, plenitude. A escolha é sua!

 

Com muita satisfação informo a breve disponibilidade do meu novo livro: "Pensar para sair do lugar: as vertentes da vida". Trato de temas substanciais, para o amadurecimento pessoal e profissional, através de reflexões que promovem o cultivo daquilo que mais importa para uma vida saudável, plena, assertiva, conduzida por valores, com o foco nas virtudes. Conto com cada um de vocês para divulgação, aquisição dos exemplares e avaliação do trabalho.

domingo, 4 de julho de 2021

Destravar

 

Preparava-me para mais uma palestra, a ser ministrada no período noturno. Decidi, para evitar qualquer tipo de perturbação na concentração, que evitaria me envolver com outros assuntos não relacionados ao evento da noite. Necessitava de um pouco de tranquilidade para superar uma dura situação pessoal, envolvendo alguém, extremamente querida, que agonizava num leito hospitalar.

Meu anjo da guarda, minha incentivadora, a palavra de ânimo, preparava sua parti­da para dimensão desconhecida de nossa razão, ainda muito jovem. Cogitei em cance­lar a apresentação, mas com a empatia que desenvolvemos no decorrer dos anos, havia uma convicção sobre como agir diante de tal circunstância, de um lado e de outro.

Ela lutava com todas as armas disponíveis. Não tinha medo da morte, apenas um posicionamento firme que a morte não era o fim, mas o lado reverso da mesma moeda chamada vida. Por isso o empenho por ela, por sua plenitude até o último segundo. Não cogitaria abandonar qualquer tarefa que fosse para ficar de expec­tadora passiva.

Nada fácil, mas repassei com vigor toda sequência dos temas que seriam tra­tados, decidi que dedicaria a ela, por tudo que representou em minha vida, aquele momento único de superação. Era preciso dar um sentido, uma resposta positiva, em meio à angústia de um ciclo que estava prestes a ser concluído.

Fui à luta, senti que, mais uma vez, ela estava comigo, acreditando no meu sucesso, feliz por eu não ter desistido. Não sei se foi a melhor apresentação, mas foi a mais apaixonada, com certeza. Era um tributo à minha irmã querida! Eu, muito mais do que ela, precisava ter esse dever cumprido.

São essas experiências que nos aproximam do que acreditamos, e nos faz mais fortes. A fragilidade desperta do sono forças descomunais, que habitam a mesma morada, e muitas vezes nem abrem as portas, ficando ali, como coadjuvantes, sem manifestações. É preciso movimentá-las.

Quando penso nisso agitam, a lembrança, inúmeros fatos presenciados na vida social e na vida corporativa, onde o medo travou, o desconhecido travou, a rotina travou, a insegurança travou, o entusiasmo travou, o sonho travou. É preciso ter em mente a necessidade de destravar, encarar de frente os grandes desafios, porque são desafios da existência, possíveis de encarar.

Um pouco mais de vinte e quatro horas depois ela partiu da vida, mas não de minha vida.

                                  Trecho do livro "Pensar para sair do lugar, crescimento pessoal e profissional"

 Com muita satisfação informo a breve disponibilidade do meu novo livro: "Pensar para sair do lugar: as vertentes da vida". Trato de temas substanciais, para o amadurecimento pessoal e profissional, através de reflexões que promovem o cultivo daquilo que mais importa para uma vida saudável, plena, assertiva, conduzida por valores, com o foco nas virtudes. Conto com cada um de vocês para divulgação, aquisição dos exemplares e avaliação do trabalho.



domingo, 27 de junho de 2021

Mas está ali

 

Você guarda um segredo particular, daqueles cabeludos, que lhe causa constrangimento só em pensar no acontecimento que lhe deu origem?

Esconde-o apertado em suas entranhas, longe da zona de reflexão, distante das camadas conscientes do cérebro? Constrói argumentos que o isolam, fecha-o acorrentado dentro de um cofre, cujo segredo faz questão de esquecer; quer mais abandoná-lo, esquecer que existe?

Mas descobre que ele está ali, quando a audição capta uma frase que sacode, feito terremoto, o terreno onde se encontra? Quando os olhos apavorados registram a imagem que faz disparar o coração, secar a garganta, desequilibrar o passo seguinte?

Está ali, no sorriso forçado, no esforço para conter o tremor do corpo? Sente seu cheiro, toca-o em suas angústias, percebe o gosto amargo escorrendo, queimando seu paladar enquanto devora um alimento que não satisfaz a sua alma?

Cuidado! Ao fazer do segredo o altar de suas orações, a saúde se esvai, o que é importante deixa de sê-lo, o foco concentra-se na doença não mais na cura; tudo em volta enfraquece, empondera a fortaleza construída, você acaba refém da estratégia adotada.

As sombras provocam danos nos relacionamentos, distanciamentos, inconsistências que provocam no lar, no trabalho, instabilidades emocionais e regiões de conflitos.

Com afinco, faça um esforço para se livrar desse mal, antes que venha o colapso que resulte em estruturas abaladas, cada vez mais difíceis de reconstrução.

Coragem, o que lhe provocou essa necessidade de proteção, já aconteceu com incontáveis pessoas. Exponha o que lhe atormenta. Fale, chore, despeja as emoções e sentimentos, para não morrer por afogamento.

Quando o alívio vier, vai perceber que o compartilhamento, com a pessoa certa, com o profissional adequado, com a liderança sensata, era a chave para a libertação, era o verdadeiro segredo para a retomada de sua vida.

 

 Com muita satisfação informo a breve disponibilidade do meu novo livro: "Pensar para sair do lugar: as vertentes da vida". Trato de temas substanciais para o amadurecimento pessoal e profissional, através de reflexões que promovem o cultivo daquilo que mais importa para uma vida saudável, plena, assertiva, conduzida por valores, com o foco nas virtudes. Conto com cada um de vocês para divulgação, aquisição dos exemplares e avaliação do trabalho.



domingo, 20 de junho de 2021

Conforto ou medo?

Quem disse que zona do conforto está, previamente, condenada em meio aos inumeráveis apelos para abandoná-la? Isso é uma falácia!

Espanta a afirmação? Vamos ao questionamento:

Zona de conforto, ou seria zona de medo?

Evidente que entendo a manobra para demonizar o apetite exacerbado que a criatura humana adota para proteger-se de seus medos, dentre eles, o de mudança.

Observem que é “proteger-se de seus medos” e não de seus confortos. Confortos são áreas sensíveis, onde depositamos sonhos, alentos, buscas, estabilidade.

Ter uma casa para retornar após um exaustivo dia de trabalho, ter o pão na mesa, alguém para conversar, uma cama para relaxar, são exemplos de desejadas e necessárias zonas de conforto, não se confundem com o medo, mas com a segurança.

Tudo muda, quando uma carreira ou vida social são tolhidas pela acomodação:

“Prefiro ficar em silêncio, para evitar a dispensa.”

“Não vou arriscar-me a melhorar, está bom como e onde estou.”

“Aceito a humilhação, em troca do salário.”

“Trato meus subordinados como inimigos; neles sempre presente o desejo de estar em meu lugar.”

“Sucesso é manter-me na minha; o resto que se dane.”

“Para que ter amigos, se uma hora vão me decepcionar”.

“Trabalhar pelo outro? Por acaso alguém trabalha por mim?”

“Só podem estar pensando mal de mim.”

Nada diz respeito a conforto, ao contrário, são zonas de desconforto, de autodestruição, de crimes contra a autoestima, de desolação diante do potencial humano desperdiçado.

Zona de medo é bem mais condizente, indicativa que o medo faz perder a oportunidade de crescimento ou de melhorias.

Se quiser avançar para a felicidade, abandone a zona de medo, resgate o seu conforto e auxilie no conforto de outros.


Com muita satisfação informo a breve disponibilidade do meu novo livro: "Pensar para sair do lugar: as vertentes da vida". Trato de temas substanciais, para o amadurecimento pessoal e profissional, através de reflexões que promovem o cultivo daquilo que mais importa para uma vida saudável, plena, assertiva, conduzida por valores, com o foco nas virtudes. Conto com cada um de vocês para divulgação, aquisição dos exemplares e avaliação do trabalho.



domingo, 6 de junho de 2021

Fantasminhas nada camaradas!

 

Há duas formas de profissionais: os competentes e os incompetentes, entre eles a zona de conforto, sem expressão ou comprometimento. Essa faixa é a que mais desgaste oferece para as empresas. É fácil promover os primeiros; é fácil demitir os segundos, e o que fazer com os intermediários?

Normalmente não se faz nada! Explico: são os funcionários “bonzinhos” (para não utilizar medíocres), que dizem amém para tudo, não perturbam o chefe com novas ideias, só fazem aquilo que foi solicitado, concordam com tudo, se pudessem passariam invisíveis no decorrer do dia só sendo lembrados no momento do ponto, nas entradas e nas saídas, com os jargões comuns: bom dia, vou almoçar, boa tarde, até amanhã, e só!

Não se comprometem, não assumem posições, não buscam melhorias. “Gas­parzinhos”, criaturas que não assustam, mas que na “invisibilidade” promovem o que de mais perigoso existe no mundo corporativo: a ausência de inovação!

E quando o “Gasparzinho” é um supervisor, um gerente, um diretor? Aí os reflexos são ainda mais perniciosos. Vão levantar os cabelos dos sócios, esbugalhar seus olhos, paralisar seus músculos, principalmente, na apresentação dos resultados do balanço!

Caça aos fantasmas! Como? Avaliação de desempenho, participação no grupo, produtividade, metas e resultados. É assim que se faz, é assim que se enfrenta o perigo da estagnação.

Sempre bom lembrar: estruturar e investir num Departamento de Recursos Humanos, adequado às pretensões da empresa, pode significar a diminuição ex­pressiva dessa turma, com a consequente redução dessa “zona de conforto”.

Não parece, mas esses fantasminhas não têm nada de camaradas!

                                                                Trechos do livro “Pensar para sair do lugar”.

 

Com muita satisfação informo a breve disponibilidade do meu novo livro: "Pensar para sair do lugar: as vertentes da vida". Trato de temas substanciais, para o amadurecimento pessoal e profissional, através de reflexões que promovem o cultivo daquilo que mais importa para uma vida saudável, plena, assertiva, conduzida por valores, com o foco nas virtudes. Conto com cada um de vocês para divulgação, aquisição dos exemplares e avaliação do trabalho.

 


domingo, 30 de maio de 2021

Respeito?

 

Há diferenças entre respeito e passividade.

Deixar para lá, a fim de evitar o conflito quando a injustiça impera, é ceder ao conforto do não compromisso.

Todas as vezes que negamos uma intervenção necessária, equilibrada, ponderada, em meio a um fato relevante, diminuímos o que possuímos de humanidade e nos tornamos réus confessos da covardia.

É preciso reagir à tentação de se calar, não importa o interlocutor ou os presentes, desde que a reação tenha por base o princípio da racionalidade e do respeito aos ouvidos alheios.

Se há situações em que se calar é uma atitude positiva, há também situações na qual silenciar é promover a perpetuação de algo mau, ruim, deplorável.

Transitar entre uma ou outra, faz parte do potencial de experiências acumuladas e inteligência emocional equilibrada. Não saber distinguir o momento de sua aplicação é, no mínimo, alimentar o caos interior que leva à fadiga, que faz declinar o acesso ao próprio perdão.

Como perdoar-se, se na oportunidade oferecida para o bem, o som se transforma em silêncio?

Cuidado! A prática da ausência só se torna salutar se for a medida imperiosa para evitar o tumulto, ou a senha para acionar a chave do descontrole, que nada acrescenta.

Deixo, para reflexão, uma frase escrita no livro “Pensar para sair do lugar”, que remete ao tema:

“Lutar para que o respeito não se torne covardia diante daquilo que necessita ser mudado ou reinventado, não é uma missão fácil, nem agradável, nem para qualquer um. Virtude apenas dos que se destacam, dos que se tornam referências e têm a ousadia de enfrentar o medo do fracasso porque não suportariam o peso de não ter tentado.”