O que nos leva a seguir em frente chama-se
determinação. Uma ação determinada elimina a periferia que contorna o poder de
uma decisão, dela tentando nos afastar. É preciso sempre avaliar, mas avaliar
para decidir. Ficar em cima do muro é para partidos políticos, não para
executivos. Executivos avaliam, todavia decidem!
Iniciamos o processo de tomar decisões em tenra
idade. A vida é uma prova de múltiplas escolhas. Sempre tem aquela que parece
resposta correta e não é, aquela pegadinha, montada em cima de um alçapão que
sempre atrai, confunde e aquela absurda, que nada tem a ver com a matéria,
entretanto, o despreparo faz com que seja assinalada. Também existem respostas
corretas, diversas alternativas, e precisamos marcar apenas uma delas, como se
o examinador estivesse nos provocando, inserindo a opção da dúvida.
Decisão! Um peso muito grande para muitos e,
para outros, uma simples rotina, alguns se descabelam, outros, incólumes, agem
com naturalidade, uns perdem a vida e outros nem perdem o sono. É assim, em
cada fase da vida, uma bifurcação aguardando pela decisão. Vai ser festejada
ou lastimada, mas o passo será dado, sob pena de retrocesso, de mesmice ou até
de morte.
Ingrediente presente nas decisões: preparo! Sem
ele, riscos, dos mais contundentes, dos mais variados, dos mais assustadores.
Quem decide sem preparo não é líder, é aventureiro. A empresa que lhe confiou o
poder da decisão está em maus lençóis, uma nau suscetível a problemas,
passageira de uma aventura que poderá ser bastante desagradável, amarga mesmo.
Cuidado é pouco! Esteja preparado, vá atrás da
informação, conheça à exaustão, avalie o ambiente, cenários, participantes.
Busque subsídios que atenuem a possibilidade desses mesmos riscos, ampliando a
de sucesso. Só não peque pela famigerada indecisão ou de meias decisões, após a
escolha do caminho.
Aí seria ouvir a sentença condenatória:
lamentável! Merecidamente!
Texto do livro "Pensar para sair do lugar"