Não é sucesso a
todo instante, tampouco fartar-se de tantos elogios, de ter o passeio pautado
pelo engrandecimento, pela gratidão e por aduladores.
Trata-se de
observar a serventia que se dá à própria existência e o conteúdo que se pensa
usufruir. Trata-se de contemplar as infindáveis projeções e anuir percorrer os
caminhos pretendidos.
Decisões, quem
sabe tomá-las? Efetivamente, escolhemos ou somos escolhidos? Seguimos ou somos
atropelados; compreendemos ou a compreensão está, simplesmente, no seguir em
frente, em busca das alternativas menos doloridas?
Contrassenso: as
mais doloridas, nem sempre se revelam mais trágicas. As mais modestas podem
conter armadilhas sorrateiras, sutilmente, instaladas nas curvas do trajeto. As
mais tensas têm resultantes; o triunfo ou a desgraça. Pense nelas apenas como
alternativas, só isso!
Elas são, várias
vezes, tão simples, que chega a ser desagradável e chato concluir que, em
função do valor que lhes damos, foi fácil. Poderíamos sofrer menos durante o
processo; poderíamos decidir tranquilamente; poderíamos deixar que as
consequências fossem inseridas na linha do tempo. “Curtir” será um encargo seu,
único, exclusivo, intransferível e “não curtir”, também.
Preze por sua
paz. Se é você quem sofre, quem responde, quem recolhe os frutos, bons ou
ruins, a colheita e as conclusões são suas. Pondere, a colheita é só sua, mas
pode não ser a definitiva. O horizonte projetará diversas demandas e,
novamente, pedirá uma ação sua cuja conta lhe será cobrada. Você presta conta
de suas contas.
Portanto, se
estamos em constante contato com posicionamentos e, deles dependem os avanços e
retrocessos, por que postergá-los? Isso poderia desgastar relações, alterar
expectativas, anular possibilidades.
Acompanho a
angústia de lideranças, no dia a dia, que sofrem o ônus, sentem medo de
decidir. São lideranças “meia boca”, porque lideranças decidem naturalmente, e,
naturalmente, assumem aquilo que decidem.
Decidir é um
trato com a vida: eu admito o risco e ela me permite reconhecer o erro ou o
acerto. O que minimiza os impactos negativos? O conhecimento, a habilidade, os
bons juízos, a aceitação de nossa eterna condição de aprendizes.
Não existe saída.
Então, decida!
Trecho do livro “Pensar para sair do lugar – As
vertentes da vida”.
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