domingo, 20 de novembro de 2022

Autocrítica


Autocrítica é importante. Erramos, sim, com frequência, do mesmo jeito acertamos. São derivativos da idêntica atitude: a das tentativas.

Só quem deixa de tentar, ou pereceu, fica livre disso!

Já que estou vivo, a autocrítica passa a ter o peso do tiro de misericórdia ou de salvação. Consiste na análise das implicações diretamente na fonte, onde surgem sentimento, consciência e coração. Pertencem ao autor!

Esse pertencimento permite comemorar ou aprimorar sucessos, rejeitar ou aceitar erros apenas como passo anterior ao novo sucesso ou como medida preventiva para que não se cometa igual deslize.

Maturidade é quando o equilíbrio acontece acima de qualquer compaixão autodestrutiva. Os únicos erros impraticáveis, nessa estatística, são os ceifadores de vida.  Resta torcer por continuidade em um possível e diferenciado plano.

Fora a circunstância extremada, tudo é passível de recomeço: há necessidade de humildade, disciplina, capacitação. Desenlaces ruins podem, simplesmente, ser precursores de belas novidades.

Portanto, fundamental é insistir nas tentativas, assimilar e aprender com cada uma delas.

Esse é o combate necessário e desafiador. Incomoda muita gente, provoca inveja, ciúmes; porém, é libertador. Quem combate faz, da dificuldade, uma aliada na solução dos problemas e tenta, tenta, tenta, até cravar o alvo.

Quando exigimos mais do que a estrutura interior suporta, geramos a ruína, a decadência dos princípios importantes, o abandono dos pretextos essenciais. Dessa forma, os conflitos se alastram, transformam potenciais em amontoados inúteis, amorfos, esfacelados, fossas fedorentas de lamúrias, alçapões de aspirações e de inspirações incríveis.

Urge o fortalecimento dos mecanismos de combate. É bom lembrar que, nem sempre, vitórias são vitórias, acertos são acertos, erros são erros. A vivência não entrega prato pronto, tampouco cogita facilidades, sequer presume regularidade, ao contrário, é imprevisível.

Lembre-se de que o acerto está longe do fim. É só um novo começo!

Trecho do livro “Pensar para sair do lugar – As vertentes da vida”.


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