domingo, 4 de setembro de 2022

O que convém não se chama convencido

 

Realizou um excelente trabalho? Ótimo para você e para quem lhe contratou! Essa é a moeda de troca das relações trabalhistas, mensurada pelo desempenho e, em contrapartida, pela necessidade de distinção, o chamado reconhecimento.

Não se encabule, a atividade profissional exige o equilíbrio dessa relação e isso é, extremamente, saudável, necessário para engendrar as melhores práticas em qualquer companhia que preze por suas políticas, compromissos e objetivos.

É imprescindível mostrar a que veio, fazer com que o brilho próprio possa ser identificado por aqueles que tomam decisões, mas cuidado, o que convém é estabelecer os limites éticos para que as ações se validem, sem o peso desagradável do convencimento.

Sem ilusões! Qualquer colaborador contratado, ressalvando-se a classe dos inúteis por natureza, tem como meta o aprimoramento, a evolução, o progresso profissional, galgando outros patamares, procurando distanciar-se cada vez mais das atividades inicialmente solicitadas e que exigiam menor grau de qualificação.

Todos querem e merecem brilhar, mas o significado disso é ter um brilho próprio, visível, mesmo à longa distância. Um brilho gerado pela competência, comprometimento, colaboração, parceria, respeito e um constante reciclar conhe­cimentos. Nada semelhante a querer brilhar consumindo a luz do outro, ou explo­rando a energia alheia, ou sufocando a possibilidade de brilhar.

Seja como o sol, suficiente em si mesmo, evite a “síndrome da lua”, aquela dependência da luz de terceiros. O universo corporativo permite a convivência de milhares de estrelas. A intensidade luminosa irá determinar o lugar que cada uma deverá ocupar, sem atropelos, sem colisões, naturalmente.

É evidente, também se faz mister, a contrapartida de outras estrelas, as lideran­ças corporativas, sem as quais, o equilíbrio dessa constelação pode ter o destino das estrelas cadentes, o desaparecimento, antes mesmo de tocar o solo.

Trechos do livro “Pensar para sair do lugar – Crescimento pessoal e profissional”





domingo, 28 de agosto de 2022

A escolha do abismo

 


Aconselho lideranças a avaliarem sobre a possibilidade de enfrentar os eventos sérios, que tanto podem causar prejuízos pessoais como às empresas onde exercem os seus papéis, com a reflexão sobre abismos.

Imagine o esforço para se chegar ao topo de uma elevação geológica, e quando atinge seu pico, ao inclinar-se para admirar a paisagem, um escorregão faz o chão aproximar-se cada vez em maior velocidade.

O corpo levado pela lei gravitacional, sentirá o impacto da descida acelerada e, na remota possibilidade de ainda chegar com vida em sua base, entenderá o significado de estar em frangalhos.

Péssima opção!

Montanhas elevadas, abismos, são as crises instaladas, ou problemas a ser enfrentados. Tensão no ar, riscos evidentes, vento que sopra forte, possibilidade de desestabilização. Você nas alturas e o voo não tem asas para lhe dar sustentação. Final sempre dolorido.

Mas todos os abismos são iguais? Quem sabe optar por uma plataforma de lançamento menos dolorida? É possível estar no pico de uma montanha e mergulhar restringindo as hecatombes?

Experimente subir no pico de uma enorme montanha, com um pequeno cume, cercado de água marítima e imagina o mesmo escorregão. Pode até ocorrer algumas “raladas”, mas o impacto será absorvido pela natureza líquida, que amparará o corpo que cai.

O terreno inóspito estará presente, mas o ambiente permitirá apreciar a descida em baixa velocidade, observar e desviar de possíveis obstáculos, apreciar a vida aquática enquanto a respiração não exige o retorno imediato à superfície e, ao contrário da maçã de Newton, agradecer o efeito da densidade que lhe impulsionará para cima.

O tempo em que, na terra seca, seria dispendido em atos reflexos de proteção e tentativa de manter a esperança de vida, no oceano se tornaria um mergulho de pouca profundidade, nada que a competência de saber nadar, não solucionasse em algumas braçadas.

Quando o abismo criar sensações de vertigens, enfrente a dificuldade, mas escolha o abismo certo para estar, caso tenha a presença do inesperado. Despencar, com a queda amenizada e possibilidade de preservação da vida, é um excelente motivador para a decisão mais assertiva.

Aprenda a nadar, tenha mais tempo para encontrar as soluções com a certeza de que você jamais enfrentará o desgosto de se esborrachar na base do abismo, aliás, nem chegará a conhecê-la.




domingo, 21 de agosto de 2022

O umbigo é uma cicatriz

 

Há uma síndrome, a “síndrome do que os outros vão pensar”. Seu vírus não respeita nem o ambiente corporativo, ao contrário, nesse ambiente desenvolve suas potencialidades e apresenta quadros clínicos de intensa irritabilidade.

O paciente confunde seu “eu” com o “eu do outro”, passa a ter convicção que o “eu do outro” é o comandante supremo de seu cérebro e seu “eu” deve apenas obediência a ele.

Ao cair uma questão em suas mãos, faz a análise das razões pelas quais estão lhe questionando, será que estão duvidando de sua capacidade, o que estão pre­tendendo com isso, qual mensagem subliminar está presente nesse contexto, como meu superior gostaria que eu agisse, o que meus colegas vão imaginar?

Uma única questão transforma-se num turbilhão de dúvidas e a resposta deixa de ser, simplesmente, uma resposta e passa a ser a obsessiva necessidade de agradar alguém, sem querer desagradar ninguém.

Único antídoto para essa síndrome tem um nome gozado, até mesmo sarcás­tico, “olhe para seu próprio umbigo”. O umbigo é a marca indelével da dependên­cia que todos tivemos no início de nossas vidas. A partir de seu rompimento, as dependências foram diminuindo, e cada vez mais, passamos a utilizar de nossos próprios recursos para sobreviver.

“Olhe para seu próprio umbigo”, o cordão umbilical não está mais ali, é só uma cicatriz. A preocupação excessiva com a opinião dos outros, é uma tentativa de projetar novos cordões umbilicais em sua vida. Não há mais razões físicas para isso, basta assumir que o que os outros pensam ou deixam de pensar é um problema exclusivo deles.

A questão que precisa ser elucidada e esclarecida é a seguinte: você é você e ponto!

No momento da decisão, seja você; na dúvida pense por você, ao agradar, agra­de primeiro você. Isso não é egoísmo, é o primeiro passo para conhecer sua impor­tância e, nesse reconhecimento, entender a importância que o outro tem.

Lembre-se. as empresas necessitam de líderes e liderar significa olhar o próprio umbigo e nele observar uma boa cicatriz, de belas lembranças, mas só uma cicatriz.

Trechos do livro “Pensar para sair do lugar – Crescimento pessoal e profissional”.


domingo, 14 de agosto de 2022

Decisão

    O que nos leva a seguir em frente chama-se determinação. Uma ação determi­nada elimina a periferia que contorna o poder de uma decisão, dela tentando nos afastar. É preciso sempre avaliar, mas avaliar para decidir. Ficar em cima do muro é para partidos políticos, não para executivos. Executivos avaliam, todavia, decidem!

Iniciamos o processo de tomar decisões em tenra idade. A vida é uma prova de múltiplas escolhas. Sempre tem aquela que parece resposta correta e não é, aquela pegadinha, montada em cima de um alçapão que sempre atrai, confunde e aquela absurda, que nada tem a ver com a matéria, entretanto, o despreparo faz com que seja assinalada. Também existem respostas corretas, diversas alternativas, e precisamos a opção da dúvida.

Decisão! Um peso muito grande para muitos e, para outros, uma simples rotina, alguns se descabelam, outros, incólumes, agem com naturalidade, uns perdem a vida e outros nem perdem o sono. É assim, em cada fase da vida, uma bifurcação aguar­dando pela decisão. Vai ser festejada ou lastimada, mas o passo será dado, sob pena de retrocesso, de mesmice ou até de morte.

Ingrediente presente nas decisões: preparo! Sem ele, riscos, dos mais contunden­tes, dos mais variados, dos mais assustadores. Quem decide sem preparo não é líder, é aventureiro. A empresa que lhe confiou o poder da decisão está em maus lençóis, uma nau suscetível a problemas, passageira de uma aventura que poderá ser bastante desagradável, amarga mesmo.

Cuidado é pouco! Esteja preparado, vá atrás da informação, conheça à exaustão, avalie o ambiente, cenários, participantes. Busque subsídios que atenuem a possibi­lidade desses mesmos riscos, ampliando a de sucesso. Só não peque pela famigerada indecisão ou de meias decisões, após a escolha do caminho.

Aí seria ouvir a sentença condenatória: lamentável! Merecidamente!


Trechos do livro “Pensar para sair do lugar – Crescimento pessoal e profissional”.

domingo, 7 de agosto de 2022

Mais baixo

 


Existem situações em que a gritaria se espalha. Quem grita mais alto? Todos querem colocar seu ponto de vista sobre os demais. Reunião improdutiva, onde, sem muita cerimônia, assuntos de natureza particular, antigas rusgas, pontas de inveja ou ciúmes, despontam sem o menor constrangimento.

Relações interpessoais, quanta dificuldade para se obter o brevê de piloto que permita alçar voos com tranquilidade, respeitando opiniões contrárias e não deixando que o calor da discussão se transforme em fogo de paixões ou recanto das vaidades.

À medi­da que deixamos o espelho de lado e conquistamos a visão da realidade, o Narciso se afasta e dá lugar à possibilidade de entender o próximo através da compreensão das limitações próprias, sem distorções da realidade.

Não é um circuito que se faça como um bólido de fórmula 1, em alguns poucos minutos. Leva tempo, muito tempo, a vida toda. Sem essa de querer chegar, porque não há chegada, há evolução e melhoria, conquistas e muitas surpresas.

Os palcos chamados de corporativos conhecem bem a falta que faz artistas dessa estirpe, chamados líderes, em seus quadros. Muita gente despreparada, não pela formação acadêmica, mas pela ausência de diploma superior em sensibilidade diante das questões que envolvem relacionamentos humanos.

Simplesmente auxi­liam a perpetuar a gritaria, cerrando os ouvidos e todos os demais sentidos a tudo o que lhes possa parecer contrário.

Continuam os Narcisos de sempre, impressionados com a beleza e perfeição de suas imagens. Esquecem que no mundo, cada exemplar humano tem uma beleza própria, com inclinações para erros e acertos, bons e maus valores, entretanto, me­recedores da mesma atenção quando tentam colocar em debate seus pensamentos.

Trechos do livro “Pensar para sair do lugar – Crescimento pessoal e profissional”.


domingo, 31 de julho de 2022

Retira a armadura

 

Qual o mérito de se vencer sozinho? O primeiro, é a falta de humildade por não reconhecer a impossibilidade da vitória isolada. Muita gente deu seu apoio, sustento, ouvidos, carinho, afeto, dedicação, esforço para que brilhasse a sua conquista.

Você até aproveita a oportunidade, arregaça as mangas, vai à luta, tem empenho, determinação, mas ninguém vence sozinho, aliás, sozinho, nem sobreviveria à primeira infância.

 Acorda para um fato significativo, ao alcançar qualquer objetivo, muito antes dele, contou com a sustentação de uma rede imensa que proveu necessidades, das básicas às realizações pessoais.

A subida ao pódio, muito mais do que merecimento exclusivo, é consequência do movimento dessa rede espetacular, chamada relacionamentos humanos; sem ela, nada feito.

Construa a trajetória de sua vida alicerçada no fundamento de que é preciso doação para que haja realização, gratidão para ressonâncias, conhecimento para aprimoramento e determinação para atingir objetivos.

Quando elevado à condição de liderança, represente de fato o papel de líder. Conduza as pessoas para a compreensão sobre as razões do melhor desempenho, da melhoria constante, do respeito por seus pares.

Incentiva a disseminação das ações que elevam o espírito e acalmam a ansiedade, seja exemplo que provoca mudanças, nunca maresia que provoca enjoo.

Ao lidar com pessoas, retira a armadura, não são seus inimigos, apenas gente que pretende ser gente realizada, que se espelham em você ou no sucesso de tantos. Não as desanime.

Acompanha e incentiva a evolução de seus liderados até que o voo emancipador os leve às próprias conquistas, preparados para dar sequência à jornada do caminho sem volta, que só tem uma direção, a de seguir em frente.

Imagina que seu êxito se relaciona com o êxito deles e sua missão estará cumprida.


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domingo, 24 de julho de 2022

"Uni, dune, tê"

 

Escolher alternativas, não é tão fácil quanto o jogo infantil “uni, dune, tê” e o escolhido foi você. Todos os caminhos podem ser válidos, e ao ser o indicado, basta segui-lo. É mais complexo, exige competências.

Diverte a confusão existente entre capacitação e adivinhação. O “chutômetro” anda bastante ativado em muitos setores de recursos humanos, que fogem de suas atribuições, ou melhor, não sabem exatamente quais são, e se equivocam em escolhas desastradas, enquanto a empresa patina com a ausência de boas lideranças.

Indicações inoportunas ocorrem por falha, descuido, precipitação, mas ser a opção da falta de metodologia na escolha de profissionais adequados, para cada área, é um alerta estridente, precisa ser ouvido, antes que se transforme num ponto cego, dificulte a amplitude da visão daquilo que está por vir.

E não será nada bom, se ocupados por personagens desinteressados no enredo, incapazes de deixar fluir os temas tratados, interpretar de maneira convincente o papel que lhes foi atribuído.

Ainda não está claro, para um bom número de empresários, o quanto é importante a estrutura corporativa dispor, sem fazer confusão com departamento pessoal, de gente que entenda de gente, sensíveis às necessidades exigidas para captação de talentos valiosos.

É um diferencial, altamente competitivo, capaz de dar o equilíbrio aguardado, a tranquilidade para a escolha das melhores alternativas na busca pela excelência, participação e perpetuação da instituição, através de lideranças escolhidas com precisão, prontas para a missão de servir, preparadas para diminuir o percurso e aproximar realizações.

Invista no essencial, para que os resultados reflitam em qualidade, produtividade e lucratividade, evitando a síndrome do desespero, quando alguém despreparado começar a cantarolar “uni, dune, tê”, bem na sua frente. E você ainda achar bonito...


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