Há uma síndrome, a
“síndrome do que os outros vão pensar”. Seu vírus não respeita nem o ambiente
corporativo, ao contrário, nesse ambiente desenvolve suas potencialidades e
apresenta quadros clínicos de intensa irritabilidade.
O paciente confunde seu
“eu” com o “eu do outro”, passa a ter convicção que o “eu do outro” é o
comandante supremo de seu cérebro e seu “eu” deve apenas obediência a ele.
Ao cair uma questão em
suas mãos, faz a análise das razões pelas quais estão lhe questionando, será
que estão duvidando de sua capacidade, o que estão pretendendo com isso, qual
mensagem subliminar está presente nesse contexto, como meu superior gostaria
que eu agisse, o que meus colegas vão imaginar?
Uma única questão
transforma-se num turbilhão de dúvidas e a resposta deixa de ser, simplesmente,
uma resposta e passa a ser a obsessiva necessidade de agradar alguém, sem
querer desagradar ninguém.
Único antídoto para essa
síndrome tem um nome gozado, até mesmo sarcástico, “olhe para seu próprio
umbigo”. O umbigo é a marca indelével da dependência que todos tivemos no
início de nossas vidas. A partir de seu rompimento, as dependências foram
diminuindo, e cada vez mais, passamos a utilizar de nossos próprios recursos
para sobreviver.
“Olhe para seu próprio
umbigo”, o cordão umbilical não está mais ali, é só uma cicatriz. A preocupação
excessiva com a opinião dos outros, é uma tentativa de projetar novos cordões
umbilicais em sua vida. Não há mais razões físicas para isso, basta assumir que
o que os outros pensam ou deixam de pensar é um problema exclusivo deles.
A questão que precisa
ser elucidada e esclarecida é a seguinte: você é você e ponto!
No momento da decisão,
seja você; na dúvida pense por você, ao agradar, agrade primeiro você. Isso
não é egoísmo, é o primeiro passo para conhecer sua importância e, nesse
reconhecimento, entender a importância que o outro tem.
Lembre-se. as empresas
necessitam de líderes e liderar significa olhar o próprio umbigo e nele
observar uma boa cicatriz, de belas lembranças, mas só uma cicatriz.
Trechos do livro “Pensar para sair do lugar –
Crescimento pessoal e profissional”.
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