Existem situações em que
a gritaria se espalha. Quem grita mais alto? Todos querem colocar seu ponto de
vista sobre os demais. Reunião improdutiva, onde, sem muita cerimônia, assuntos
de natureza particular, antigas rusgas, pontas de inveja ou ciúmes, despontam
sem o menor constrangimento.
Relações interpessoais,
quanta dificuldade para se obter o brevê de piloto que permita alçar voos com
tranquilidade, respeitando opiniões contrárias e não deixando que o calor da
discussão se transforme em fogo de paixões ou recanto das vaidades.
À medida que deixamos o
espelho de lado e conquistamos a visão da realidade, o Narciso se afasta e dá
lugar à possibilidade de entender o próximo através da compreensão das
limitações próprias, sem distorções da realidade.
Não é um circuito que se
faça como um bólido de fórmula 1, em alguns poucos minutos. Leva tempo, muito
tempo, a vida toda. Sem essa de querer chegar, porque não há chegada, há
evolução e melhoria, conquistas e muitas surpresas.
Os palcos chamados de
corporativos conhecem bem a falta que faz artistas dessa estirpe, chamados
líderes, em seus quadros. Muita gente despreparada, não pela formação
acadêmica, mas pela ausência de diploma superior em sensibilidade diante das
questões que envolvem relacionamentos humanos.
Simplesmente auxiliam a
perpetuar a gritaria, cerrando os ouvidos e todos os demais sentidos a tudo o
que lhes possa parecer contrário.
Continuam os Narcisos de
sempre, impressionados com a beleza e perfeição de suas imagens. Esquecem que
no mundo, cada exemplar humano tem uma beleza própria, com inclinações para
erros e acertos, bons e maus valores, entretanto, merecedores da mesma atenção
quando tentam colocar em debate seus pensamentos.
Trechos do livro “Pensar para sair do lugar – Crescimento
pessoal e profissional”.
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