domingo, 5 de setembro de 2021

Não seja pato

 

Preparo não é jogo de adivinhação. É estar seguro que a opção pelo conhecimento foi destaque na equação do desempenho. Um patamar longo, mas sempre acessível. Basta disponibilidade e um toque de humildade, evitando que se fechem diante de si as oportunidades do aprendizado.

Quanto maior o preparo maior a confiança! Quanto maior a confiança, maior o preparo. É como a antiga propaganda, vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Uma coisa leva a outra e ambas à realização.

Não dê trela quando lhe tacham de otimista excessivo, difusor da utopia ou de agitador inveterado. Prefira essas pechas que ser arauto de uma realidade sem esperança ou de um passivismo serviente. O mundo se transforma pelo conheci[1]mento, a pessoa se liberta pelo conhecimento. Não é mágica, é evolução!

Pense nisso, quando o olhar atravessado pela flecha do inconformismo, atravessa a razão e vê no sucesso alheio sinais de falcatruas, sorte, ações obscuras, sacanagem! Isso ocorre, mas não na proporção alucinante da imaginação coletiva. O maior pecado é não avaliar as razões pela qual alguém obteve o almejado sucesso. Surpresas podem desmitificar velhos conceitos.

Abra os olhos, livre-se da deprimente sensação de impotência que o sucesso alheio pode lhe causar e corra atrás do seu. O seu pode ser diferente, talvez não tanto dinheiro, mas mais realizações pessoais. Talvez não um carro importado, mas o status de estar bem. Talvez uma empresa espetacular, ou talvez uma família feliz. Não importa, o patamar cada um escolhe o seu.

O jogo impróprio é avaliar que você é o outro e sofrer porque o outro possui coisas diferentes da sua. Isso se transforma em patologia, e o maior pato da história será você mesmo, arcando com as consequências danosas e até perniciosas dessa opção.

Prepare-se! Inspire-se! Empenhe-se! Nada é fácil, nada é gratuito, mas tudo é possível, a partir do conhecimento. E conhecimento também é saber o que se deseja para este curto tempo de permanência na bola azul chamada Terra.

                                               Texto do livro “Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional”.


                                                    Novo livro da série "Pensar para sair do Lugar":                                                               



domingo, 29 de agosto de 2021

Duvide

Dê-se o direito da dúvida. Duvidar de uma ordem estranha, de uma atitude suspeita, de uma razão pouco esclarecedora, de um pedido sem sentido. A dúvida é mais esclarecedora do que a simples aceitação. Quando aceitamos, candidamente, deixamos escapar detalhes que vão além do comodismo da atitude, e podem trazer consequências negativas lá para frente.

Adote como estilo de vida, o questionamento libertador, aquele que enseja uma razão de ser, um sentido. Muito diferente da chatice, questionar quando necessário, é um belo diferencial, tópico que deve estar na agenda de qualquer pessoa, de qualquer profissional, de qualquer empresa. O interesse pelo questionamento é um divisor de águas entre a mediocridade e a excelência, portanto, não pode ser descartado.

Alguém me falou: “não adianta pergun­tar, aqui a coisa sempre funciona do mesmo jeito”. Como assim? Esse é o típico movimento do comodismo. Igual a história dos macaquinhos que nada ouvem, veem ou falam.

Utilize-se da ousadia. Ousadia não é peitar alguém, mostrar os dentes, puxar o tapete, isso é demonstração de força, poder e burrice. Ousadia é atrevimento, audácia, coragem, capacidade de vislumbrar a essência e dela obter transparência.

Acredite, o buraco negro, onde a luz não se reflete e onde todos os corpos ao entrarem em sua órbita ficam aprisionados, pode estar fazendo um mal danado à sua essência e você ainda não se deu conta disso. Nós precisamos da luz, de muita luz, para visualizar e vislumbrar os caminhos da realização e das grandes conquistas.

Não deixe de questionar, dissipe todas as dúvidas, para evitar a própria dissipa­ção. Deixe a vergonha, o medo, de lado, nada pode impedir seu entendimento, sua certeza, nada pode impedir você de ser livre, de ser compromissado com a verdade, com a justiça e com a decência.

Deixar, simplesmente, que as coisas aconteçam, é deixar de viver sua história e passar a ser um simples figurante na história de outros, sem nenhuma importância, sem nenhuma expressão, sem nenhum brilho.

Trechos do livro “Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional”.


Novo livro, o segundo da série "Pensar":


domingo, 15 de agosto de 2021

Aconteceu

 

Contrariando todos os prognósticos, aconteceu! Foi promovida! Imediata­mente teorias conspiratórias iniciaram o percurso sempre desconhecido. Sem au­tores, sem assinaturas, sem identificação, percorreram os meandros da empresa, à disposição de qualquer ouvido que lhe dessem atenção.

Uma delas dizia a respeito do parentesco existente entre a promovida e um parente que era primo em terceiro grau do diretor financeiro, dava conta do conluio costurado durante uma reunião familiar, onde prevalecera toda sorte de estratégia, inclusive, en­volvendo o diretor de marketing, em cujo departamento, a dita cuja iria atuar.

Outra lhe questionava a moral, dizendo que, por ser bonita, o diretor de marketing, mesmo casado, convidou-a para um almoço. O almoço foi pretexto, o motel era o destino. Uma aventura destinada a lhe dar condições e argumentos para cobranças. Ela havia usado esse poder para pressionar o pobre diretor, que cedeu, logicamente, mantendo-a como amante.

Mais incrível foi uma terceira teoria. Ela havia feito um trabalho! Macumbei­ra, de carteirinha, havia sacrificado uma galinha, uma garrafa de pinga e algumas velas, deixando o despacho numa encruzilhada, próxima do local de trabalho. O motivo era indiscutível, afastar o risco da outra colega assumir o cargo e, ao mesmo tempo, amarrar o diretor de marketing nos seus propósitos.

 O inconformismo era tanto, que a verdade se perdeu no meio das baboseiras e desatinos. Para muitos existe uma dificuldade fenomenal de aceitar as qualidades alheias. É sempre mais fácil especular negativamente, desqualificar um talento do que aceitá-lo.

No caso, a moça tinha um currículo invejável e uma vasta experiência no seg­mento da vaga. Fora isso, era de fato bonita, simpática, comprometida, alegre e capaz. Tudo o que era necessário para o desempenho da função, a melhor opção.

Ninguém comentou a respeito da entrevista sem escorregões, segura e deter­minante. Ninguém citou suas duas pós-graduações em excelentes instituições, nem as publicações em revistas especializadas, que foram a razão de sua participa­ção no processo de escolha que, aliás, justiça seja feita, não foi solicitado por ela, apenas atendeu a um convite do departamento de Recursos Humanos.

Apesar do pouco tempo de empresa, era merecedora da vaga, simples assim. Ela mesma, através de um trabalho de alto nível, tratou de desfazer as maledicên­cias. Provou que estava à altura do desafio, mais ainda, quando depois de dois anos, assumiu o lugar do diretor de Marketing, contratado por outra empresa.

Vieram outras teorias, nenhuma semelhante às anteriores. Igualmente sem sentidos e destinadas apenas a amenizar o sofrimento de alguns, que ainda busca­vam justificar a incompetência com ações desabonadoras. Inutilmente!

                                             Texto do livro "Pensar para sair do lugar - crescimento pessoal e profissional"

 Lançamento:



domingo, 8 de agosto de 2021

Compartilhar

 

Às vezes, vencer o mal não é nada! Vencer o medo de fazer o bem, esse é o grande desafio a ser vencido. Não tenha receio de transmitir ao seu subordinado, parente, amigo, colega, aluno, o assunto que você domina. Irá aprender muito mais ao se doar.

Maturidade é rever conceitos de superioridade, de arrogância e trocá-los pela mansidão do destemor em interagir com seu próximo, seja ele quem for, na busca pelo aprimoramento de ambos.

Compartilhar conhecimento é uma via de mão dupla, vai embora o egoísmo e retorna mais conhecimento, acompanhado de sorrisos.

Ofereça seu sorriso de gratidão ao ser emissor ou receptor de alguma informação valiosa, transformadora, alentadora.

A esperança se alimenta do incentivo, da disponibilidade de oferecer condições para o crescimento, amadurecimento, autorrealização.

Decida-se por viver intensamente o presente, crescendo e possibilitando crescimentos, de tal forma que o futuro possa ter um passado que o justifique positivamente.

Talvez nisso esteja contida a mais nobre das realizações, aquela que torna seres humanos íntegros, profissionais respeitados, cidadãos de bem, pessoas marcantes nos encontros da vida.




domingo, 1 de agosto de 2021

Muleta

 

Fora a eficácia estrutural, que pessoas privadas da capacidade de locomoção, parcial ou total, desfrutam do seu uso, muletas não são eficazes como opção de vida.

Ser “muleta” para alguém, ou permitir fazer do outro, “muleta”, são faces da mesma moeda: a incapacidade de aceitar a liberdade de alguém, ou da insegurança para seguir em frente pelos próprios méritos.

Quantas crianças poderiam ser poupadas dos sofrimentos psicológicos causados pelo excesso de proteção dos seus responsáveis? Quantas mais poderiam desfrutar de melhor equilíbrio emocional, se não recebessem presentes, quando as birras se escancaram, em nome da paz dos educadores?

Pais “muletas” criam filhos propensos a ser “muletas”, pelo exemplo. O que aguardar na fase adulta?

Certas coisas não deveriam ser objetos de barganha. Uma delas, com certeza, é a promoção do amadurecimento, capaz de se converter em plenitude, independência, segurança; ressonâncias para uma vida toda.

Apavora-me a ausência de percepção do quanto é prejudicial a insistência no papel de “muleta”.

Expressões como “coitadinho”, “frágil”, “incapaz”, tentam justificar, mas não convencem, apenas acentuam que a possibilidade de assumir a condução dos passos entrou em paralisia funcional, atrofiou, tirou de cena a capacidade de superação.

Uma muleta pode ajudar a andar, mas também pode criar problema para as axilas. Melhor não ser “muleta” para ninguém e andar com as próprias pernas.



domingo, 25 de julho de 2021

Despencou

 

Quem poderia imaginar que aquele sujeito, de tantos predicados, pudesse estar com a vida estagnada, sem rumo, sem direção?

Era tão inteligente, capaz, destacava-se nas conversas, nos estudos, representava o prenúncio de uma carreira brilhante.

Onde aquela luminosidade foi atacada? O que consumiu o seu brilho?

Transtorno psicológico, doença degenerativa, alguma decepção? Afinal, para onde foram aquelas expectativas todas?

Nada de excepcional, ele simplesmente murchou ao ser tomado pela intrigante ausência de autovalorização.

Começou por querer viver a vida de outro, não exatamente seguir o exemplo, mas projetar-se, vivê-la como se sua fosse, ou seja, anulou-se.

Passou a considerar-se desprovido de capacidade, incapaz de alcançar aquele estapafúrdio objetivo, quedou-se em depressão.

Esqueceu que tudo era possível: mudar de opinião, reavaliar conceitos, tomar outros rumos ou até continuar na mesma por escolha própria, jamais viver a vida de terceiro; essa não lhe pertencia.

Gerada a disfunção, logo veio a quebra da resistência, o golpe final: deixou de reconhecer as suas virtudes quando preterido na disputa por um cargo superior ao seu. Aí, despencou de vez!

Deixar de ser o que se é já é bastante triste, imagine perder o respeito por si mesmo.

Não ter o talento reconhecido por terceiros sempre será bem menos constrangedor do que não reconhecer o próprio talento.

Evite cair nessa armadilha!






domingo, 18 de julho de 2021

A esperança permanece

 

No início de 2020, os terráqueos foram surpreendidos pela presença assustadora de um vírus mutante.

As pessoas apavoradas, perdidas em meio à desinformação, acataram governantes acreditando na solução que parecia mais lógica, o isolamento social.

Nunca um vírus realizou a proeza de distanciar seres humanos, em expansão global, tão eficazmente.

Caos instalado e óbitos utilizados como ferramenta de pressão, para manter a população isolada.

O medo, ânimo “capenga”, o sofrimento alargado; além das sentidas mortes, desempregos, falências, depressões e gente assustada, acuada, desesperada.

O que veio de ensinamento? Certamente muitos, mas considero o principal, a constatação do hoje ser essencial. Não tenho a menor autoridade sobre o amanhã, apenas sobre o agora, ainda limitado às ações que eu pratico ou venha a praticar!

Uma coisa é preparar-se para o futuro, outra é viver o presente na certeza de ser, o futuro, um tempo administrável. O controle não existe, não temos essa possibilidade, felizmente!

Resta-nos a formidável consciência do poder do pensamento, que traz tranquilidade em ocasiões tão incertas, idênticas a essa; privilegia o arbítrio e o discernimento; amplia o conhecimento, expande a espiritualidade, afaga-nos com a perspectiva de dias melhores.

Pensar para sair do lugar é um tributo à lembrança desse poder libertador, confiante, destemido, revolucionário, que jamais está isolado ou submetido a um vírus de qualquer espécie ou natureza.

Prepare-se para o futuro, sem descuidar-se da atualidade. Pense para sair do lugar, contribua para a paz e para o equilíbrio no mundo. Tenha fé no amanhã e naquilo que você pode fazer, neste momento, por ele. A esperança permanece!

Texto da capa do livro (orelha) "Pensar para sair do lugar - As vertentes da vida". Peça o seu através do e-mail contato@alppalestras.com.br (aproveite a promoção de lançamento, R$ 45,00) ou pelo Mercado Livre, 264 páginas, R$ 49,90.