A humanidade está doente. Alguém arrisca um tratamento?
Tudo é ciência e medicina, tudo pela ciência e medicina, desde que
a ciência e a medicina sejam seletivas, falem a minha língua, expressem as
minhas opiniões, defendam o lado que eu defendo.
As pessoas só se esquecem que não são cientistas ou médicos,
apenas usuários desses profissionais. Paciência!
Entendo ciência e medicina sob a égide do bem-estar humano, nada
além disso. Não defendo qualquer opinião a respeito de assuntos que não domino,
mas estudo com afinco. Tenho comigo que a capacidade de reflexão é um escudo
contra os maus profissionais que disparam teorias esdrúxulas, inconsistentes,
movidas por interesses difusos, muitas vezes indecentes, outras vezes,
ignorantes, próprias ou políticas.
Quando a ciência e a medicina se afastam da espiritualidade, tornam-se
egoístas, perversas, trágicas, desprovidas das suas essências, distanciadas de
suas finalidades. São reflexos do mal, roteiro seguro para o descaminho,
desencontros, mortes.
O Mestre dos Mestres jamais se furtou em acudir doentes num tempo
em que as bactérias, os vírus mais desprezíveis, poderiam ter consequências
terríveis. Ele se aproximava dos enfermos, do corpo ou da alma; curava-os, no
estado em que se encontravam, no lugar onde estavam, por amá-los.
Acredito que só a ciência e a medicina, alicerçadas no amor, foram, são e serão capazes de oferecer esperança, confiança, conforto, dignidade, às almas
necessitadas de suas proteções.
Respeito pela vida, talvez o mais urgente de todos os tratamentos.