Assolam a humanidade catástrofes de todas as espécies. Enchentes,
doenças, tornados, clima insano, guerras, intolerância, exibicionismo, fome,
miséria, permeiam, próximas ou distantes.
Para nós, dotados de inteligência e raciocínio, os transtornos
causados desestabilizam o equilíbrio emocional, permitindo desilusões,
decepções, colapso mental, fadiga emocional, depressão, muito mais velozmente
do que se poderia prever quando, anteriormente ao avanço tecnológico, alguns
imaginavam o mundo como uma grande aldeia.
A informação, ilusão ou “fake news” chegam muito rapidamente, sem
delongas para reflexões, nas pontas dos dedos. Tudo é presenciado em instantes,
quando no passado levavam dias para que fossem distribuídos aos jornais e
rádios.
A grande aldeia já está instituída, dita regras, impõe estilos de
vida, faz o errado parecer certo e o certo se tornar duvidoso. Adoece muita
gente, que sofre por perder as referências.
Vive-se o faz de conta das redes sociais, onde sorrisos, sucessos,
bem-estar são premissas para uma vida feliz e realizada. São? Ou será que
ampliam o sofrimento da grande maioria, instalada no posto de receptores, atropelados
pela carga pesada de tantos estímulos sem controle?
Já que é algo inevitável e irreversível, fica a pergunta, como se
adaptar ou, pelo menos, não se perder entre tantos “bytes” que absorvem os
olhos e encolhem as mentes?
Acredito que o caminho passa, necessariamente, pela adequação do
tempo canalizado para a inserção digital. Enquanto a tendência for passar o dia
envolvido com a disponibilização de dados, sem foco, sem destaque aos reais
interesses, maior serão os transtornos.
Imagino que entremear tais atividades, com a disponibilização para
leitura de livros, conversas olho no olho, preocupação em dar atenção aos que
estão próximos de nós, seriam mecanismos interessantes para se manter a lucidez
e equilíbrio.
Mais importante, ainda, considero a capacidade de reflexão, discernimento,
sobre o que recebemos da panaceia digital. Desconfiar de fórmulas certas, que
se encaixam para todos; duvidar de sucessos imediatos, desprovidos de esforços;
checar com racionalidade assuntos polêmicos, permitem um pouco de paz em meio
ao tumulto.
São apenas sugestões. Cada um sabe onde dói seu calo e pode
encontrar caminhos para que as atividades digitais, além da importância impressionante
que possuem, passem a ser alavancadoras de consciências, saúde e estabilidade
emocional, não suas usurpadoras.
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Um comentário:
Parabéns pelo conteúdo. Trouxe uma luz ao oceano digital das incertezas.A grande dificuldade que sinto em relação aos meus clientes está no vício das ferramentas das redes sociais...
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