Quando a médica ou o médico lhe prescreve
medicamentos, você a(o) questiona sobre a existência de estudos randomizados, indicativos
da eficácia dos componentes das fórmulas no combate ao mal que lhe acometeu, ou
confia na competência da(o) profissional?
Minha visão de leigo entende que confiar é meio
caminho andado para início do processo da cura. Se ocorresse qualquer dúvida, a
mudança plausível seria a de médico, não em razão da indicação do fármaco, mas
pela inexistência desse fundamento.
Como pode alguém com sintoma de uma doença
conhecida por suas terríveis consequências, em fases mais avançadas, ser
convidado a permanecer em casa, até que o problema deixe de existir?
Cruzar os braços e só abri-los quando o
paciente, já debilitado, comprometido em seu respirar, quadro clínico
catastrófico, é levado à UTI, com chances bem menores de recuperação, é o mais
próximo do juramento hipocrático que se pode arriscar? Alguém consegue imaginar os prejuízos à
confiança?
Não se trata de menosprezar a ocorrência da
pandemia, mas de questionar quantas vidas poderiam ser salvas, se as medidas
implantadas, desde o início, dessem menos ouvidos aos sabichões de plantão, que
na maioria das vezes nem vivem a Medicina, e se voltassem para ações de
prevenção?
As covas abertas pelos burocratas que deveriam
defender o direito ao tratamento no início dos sintomas, mas que se conformaram
em dar assistência ao mal e não aos que dele foram acometidos, podem trazer consequências, quando tudo passar.
Quem estava do lado deles, quem não estava e oferecia
esperança no lugar do luto?
Assumam o lugar que é de vocês, o de protagonistas,
cuidem de seus pacientes, não aceitem que outros profissionais lhe digam o que
fazer. Vocês sabem o que tem que ser feito. Sempre souberam!
Com toda a sinceridade, o vírus não é mais letal
do que a hipocrisia, a falta de informação livre de mordaças, a inconsequente
disputa política, os interesses econômicos perversos, a incapacidade de ouvir
todos os lados envolvidos, o descaso com a população.
Essa sim, refém de egos inflamados, sem opção de
enfrentar com dignidade esse tortuoso período, prisioneira da arrogância,
convidada ao isolamento físico, ao terror psicológico, à rendição diante do
poder que conferiram à peste.
Queridos defensores da vida, reajam com coragem,
resistam com determinação aos cavaleiros do apocalipse, honrem o juramento realizado,
ofereçam seu amor, sua compaixão, seu conhecimento, sua fé na vida como legado
para a história ou para sua história ou para muitas histórias que deixarão de
ser perdidas.
Eu acredito na Medicina e nos profissionais que a representam!
Um comentário:
Texto excelente!!!
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