domingo, 2 de agosto de 2020

Eu acredito na Medicina!



Quando a médica ou o médico lhe prescreve medicamentos, você a(o) questiona sobre a existência de estudos randomizados, indicativos da eficácia dos componentes das fórmulas no combate ao mal que lhe acometeu, ou confia na competência da(o) profissional?
Minha visão de leigo entende que confiar é meio caminho andado para início do processo da cura. Se ocorresse qualquer dúvida, a mudança plausível seria a de médico, não em razão da indicação do fármaco, mas pela inexistência desse fundamento.
Como pode alguém com sintoma de uma doença conhecida por suas terríveis consequências, em fases mais avançadas, ser convidado a permanecer em casa, até que o problema deixe de existir?
Cruzar os braços e só abri-los quando o paciente, já debilitado, comprometido em seu respirar, quadro clínico catastrófico, é levado à UTI, com chances bem menores de recuperação, é o mais próximo do juramento hipocrático que se pode arriscar? Alguém consegue imaginar os prejuízos à confiança?
Não se trata de menosprezar a ocorrência da pandemia, mas de questionar quantas vidas poderiam ser salvas, se as medidas implantadas, desde o início, dessem menos ouvidos aos sabichões de plantão, que na maioria das vezes nem vivem a Medicina, e se voltassem para ações de prevenção?
As covas abertas pelos burocratas que deveriam defender o direito ao tratamento no início dos sintomas, mas que se conformaram em dar assistência ao mal e não aos que dele foram acometidos, podem trazer consequências, quando tudo passar.
Quem estava do lado deles, quem não estava e oferecia esperança no lugar do luto?
Assumam o lugar que é de vocês, o de protagonistas, cuidem de seus pacientes, não aceitem que outros profissionais lhe digam o que fazer. Vocês sabem o que tem que ser feito. Sempre souberam!
Com toda a sinceridade, o vírus não é mais letal do que a hipocrisia, a falta de informação livre de mordaças, a inconsequente disputa política, os interesses econômicos perversos, a incapacidade de ouvir todos os lados envolvidos, o descaso com a população.
Essa sim, refém de egos inflamados, sem opção de enfrentar com dignidade esse tortuoso período, prisioneira da arrogância, convidada ao isolamento físico, ao terror psicológico, à rendição diante do poder que conferiram à peste.
Queridos defensores da vida, reajam com coragem, resistam com determinação aos cavaleiros do apocalipse, honrem o juramento realizado, ofereçam seu amor, sua compaixão, seu conhecimento, sua fé na vida como legado para a história ou para sua história ou para muitas histórias que deixarão de ser perdidas.
Eu acredito na Medicina e nos profissionais que a representam!

Um comentário:

Unknown disse...

Texto excelente!!!