Instala-se uma armadilha aqui, outra ali, com a intenção de
justificar a indignação sentida diante de determinados fatos.
Pensamento do tipo: “Fulano não faz nada, porque eu tenho
que fazer a minha parte e ainda socorrer a dele? Beltrano sempre chega tarde,
porque recebo cobrança quando atraso um dia?”.
Ou “Nunca recebo bons presentes, também não vou caprichar,
sou sempre prejudicado! Só vou cumprimentar quem me cumprimenta!”.
E por aí vai...
Comum nas armadilhas é sempre a presença do outro, o outro
que, teoricamente, me passa para trás, tripudia, não me respeita, é mau
caráter, aproveitador.
Mais comum, ainda, são as sensações que o outro me provoca:
opressão, fadiga, raiva, tensão, estresse, degradando minha saúde física e
mental.
Acho que você já notou, mas se ainda não o fez, abro logo o
jogo: essas armadilhas, apesar de preparadas por nós, são arapucas, verdadeiras
ciladas que preparamos para terceiros, mas somos as próprias e únicas vítimas.
Uma constatação: quantas vezes você procurou o outro para
lhe dizer o que pensava?
Poucas pessoas têm essa atitude. A grande maioria só comenta
com conhecidos ou dissipa em frustrações esse desejo.
O sucesso, seja ele qual for, depende da capacidade de
priorizar a importância das pessoas, dos fatos e dos acontecimentos em sua
volta.
Depende da intensidade das ações, do preparo, da
sensibilidade e do direcionamento adequado das energias positivas.
Deixar de ser o que se é em razão do outro que lhe perturba,
é negar-se o direito a essa conquista.
Não reaja à ação do outro de maneira a tornar-se igual a
ele. Repudie com todo empenho essa maluquice.
Além do alívio de um peso desnecessário, deixar que cada um
carregue as consequências de seus próprios atos, irá canalizar esforços na
direção de seu próprio eu, esse fundamental, imprescindível para a jornada.
Quer um conselho? Execute com amor, realize com carinho,
esqueça as razões dos outros.
Quando o outro torna foco, seu foco desaparece. Faça sua
parte, preocupe-se com suas convicções, com os valores que só você pode
mensurar, identificar e praticar, o resto é a mais pura perda de tempo, um
envenenamento sem sentido, um mergulho autodestrutivo.
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