Começa assim: “Eu não concordo”! A réplica: “Não
concorda? Acaso você está questionando minha forma de trabalhar?”.
Termina, assim: “Tá certo, tá certo!”. O certo distante
do certo, só vontade de pular no pescoço e dizer “poucas e boas”.
Pessoas incapazes tornam-se mudas ao menor sinal
de resistência, parta de onde partir. Mudas e perversas, aguardam o momento
para ir à forra. Se o momento deixa de presentear com a chance, fecham-se ainda
mais. Revoltadas, escondem-se em meio à frustração.
O que leva o desequilíbrio para o recinto de
trabalho passa, necessariamente, pela porta estreita das manifestações
reprimidas.
Evidencia-se, em ocasiões corriqueiras, o mal
estar camuflado pela incrível capacidade de “engolir sapos”, mesmo que perfaçam
tremendo mal, “é melhor não retrucar”.
Quando se estima o tempo perdido, normalmente,
já é tarde. O rompimento levou à desunião; a desunião, à indiferença; a
indiferença, à letargia; a letargia, ao tédio e o lugar de trabalho torna-se
local pesaroso, de extrema infelicidade.
Claro que bons líderes agem sem mesquinhez! Mas
se acontecer algo, nesse sentido, recorde-se de que o líder é um colaborador da
empresa, como qualquer outro, e que tem, obrigatoriamente, de expandir a teia
que une pessoas, processos e ações. Posicione-se, para seu bem e para
preservação futura de sua autoestima.
Diante da questão inicial, potencialize a
resposta e desarme as defesas, por exemplo, respondendo: Que razão teria para isso? Deixe a surpresa
jogar a seu favor, só lembre de responder, argumentar, insistir que o ouçam.
Não guarde interesses que podem ser prenúncios de desastres.
O ambiente organizacional consome mais do seu
dia do que qualquer atividade diária. Vale a pena mantê-lo arejado, limpo, leve.
Deixe de alimentar cenários macabros, cultivar
pressões desnecessárias. Com apreço, mantenha a dignidade, promova a harmonia,
exerça seu direito de ter qualidade de vida no âmbito profissional, custe o que
custar.
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