Viver é correr riscos!
Quem nunca foi pego pela surpresa da fragilidade? Nós somos frágeis! Nossa
estrutura orgânica não resiste a uma ínfima bactéria, a um insignificante vírus.
Queda-nos uma gripe, uma dor de cabeça, um alimento vencido.
Fora o grande exército
de seres invisíveis, aí inclusos as ocorrência internas que explodem em
úlceras, células que se desviam de seu padrão e multiplicam-se em velocidades
espantosas gerando massas amorfas com alto poder de destruição, temos que
suportar outros ataques, oriundos de diferentes fontes, dentre elas, de outros
seres humanos, capazes de ações violentas, mutiladoras, aniquiladoras de
sonhos.
A ciência e a medicina
estão aí para resolver problemas relativos aos invisíveis, a estrutura social
para aqueles que limitam as ações humanas desordenadas. Agora, como fazer para
vencer outro mal, o mal do desânimo, da desconfiança, do orgulho ferido, da
baixa autoestima, das limitações que impedem voar bem mais longe?
Psicologia, terapias,
religiões, amizades... Existem muitos caminhos, que percorrem vias onde a
ciência e a boa-fé estão presentes, como também aqueles onde persistem a
maldade humana enganando, falseando realidades, gerando todo tipo de
desilusões, que só farão aumentar o desespero daqueles que lhes confiaram o
último fio de esperança.
O universo humano, belo
e terrível, capaz de ações comoventes e outras tantas desoladoras. Afinal, que
distância tudo isso está do universo corporativo? Nenhuma! Apenas dimensões
diferentes da mesma realidade. O homem é único, fora ou dentro desse universo.
Capaz de surpreender positiva ou negativamente, gerar novos conceitos ou
afundar grandes ideias, vencer terríveis desafios ou padecer ao menor
transtorno.
Incrível a tentativa de
catalogar a emoção como um estigma a ser isolado do lado de fora do limite
fronteiriço das empresas. Como se fosse possível um interruptor, liga e
desliga, bloqueando determinadas áreas do cérebro. Erro grosseiro! Uma coisa é
buscar o controle da emoção no ambiente de trabalho para evitar conflitos ou injustiças;
a outra, bem diferente, é a presunção de querer colaboradores sempre frios,
calculistas, objetivos, imunes às intempéries externas, resistentes aos vírus e
bactérias, indiferentes aos outros seres humanos que circulam nas mesmas áreas.
Não tem o menor sentido!
É preciso resistir a qualquer tentativa de querer robotizar as atividades
humanas no mundo corporativo. Para o bem de todos!
Trecho do livro "Pensar para sair do lugar"
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