domingo, 14 de março de 2021

O que é importante, mesmo?

 


Entre a cruz e a espada, entre o desejo e a razão, entre a realização e a ética, entre o poder e a decência, como encontrar o limite das ações nessa tênue linha divisória?

Muitos dirão: os fins justificam os meios, o poder é inebriante, mais vale um pássaro na mão do que dois voando, tempo é dinheiro e ele traz felicidade, os ini­migos espreitam, não dê chances para suas investidas, destrua-os antes, “status” e riqueza são como mel para a sociedade, doces e saborosos...

Há razões para o embalo, a canção é suave para os ouvidos, toca a alma: poder, riqueza, reconhecimento, distinção, amigos importantes, apoio dos superiores, es­tabilidade, certezas!

Tem em um problema, porém! Num fugaz instante, a possibilidade de inver­são na posição das duas primeiras letras e a alma, repentinamente, torna-se lama, pegajosa, densa, escorregadia, suja, instável, um sufoco que leva do delírio eufórico a constatação de inutilidade, num passe da realidade!

Qual é, definitivamente, o legado, como pessoa e profissional, que se pretende deixar registrado nesta curta passagem pela vida?

Pense nisto, algo que escutei neste início de semana: esvazie-se do velho, car­comido, ineficaz, egoísta. Persiga novos ideais, acalente novos sonhos, evolua como ser humano, livre, comprometido com a verdadeira realização, onde o sucesso é ser feliz e a maior conquista é amar e ser amado.

Poder, dinheiro, fama, estarão presentes nessa trajetória, como coadjuvantes, re­sultados de atitudes justas, honestas, coerentes e de valores que dignificam a própria vida e a vida de muitos outros! Esse é o novo caminho, quem pretende segui-lo?


                                    Trecho do livro "Pensar para sair do lugar"

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